domingo, 30 de novembro de 2008

NOTÍCIA DA SEMANA

"West Side Story" estreia esta semana no Politeama

Mais de meio século depois da estreia do original na Broadway, Filipe La Féria apresenta a sua versão de "West Side Story" sexta-fª, em antestreia no Teatro Politeama (em Lisboa). Durante uma semana, até 5 de Dezembro, a peça será apresentada a alguns patrocinadores, em sessões que ontem foram apelidadas de "estreias", numa conferência de imprensa. Contudo, também serão vendidos alguns bilhetes para estas sessões.
Transportar o clássico musical para os palcos portugueses não foi uma tarefa fácil. "Custou muito dinheiro", admite o encenador. "Para cima de 250 mil contos. Nem sei quanto é que isso é em euros", brinca, antes sublinhar, num tom mais sério, que apesar de ter gasto mais de um milhão e 250 mil euros "não teve quaisquer apoios do Estado". Esta independência económica distingue as produções de La Féria de outras peças, dependentes de fundos públicos.
Mas o encenador admite que não poderia ter feito esta peça sozinho. Também "vive de alguns patrocínios de empresas", apesar de ser "patrocinada pelos próprios criadores", ou pela jovem equipa de actores e figurantes. Como é habitual, o elenco foi escolhido após uma série de audições abertas a qualquer pessoa. Desta vez, "foram apurados 54 cantores, actores, bailarinos e músicos", de entre mais de quinhentos candidatos.
Ricardo Soler, um dos protagonistas, foi descoberto nestas audições. "Vim com uma amiga minha, só mesmo para a apoiar", explica. "Depois decidi tentar também. Entretanto ela desistiu, mas eu segui em frente". Quando conseguiu o papel, já tinha participado na Operação Triunfo e integrava o elenco de Chamar a Música, apresentado por Herman José, mas não tinha qualquer experiência como actor.
Na peça, Ricardo é um dos actores que encarnam Tony, o antigo líder dos Jactos, um gangue branco. Partilha o papel com Rui Andrade. Maria, a sua amada e a irmã de Bernardo, o líder dos porto-riquenhos Tubarões, é interpretada por Cátia Tavares e Bárbara Barradas. O conflito entre as famílias destas personagens está no centro da história deste musical, que transporta a acção do "Romeu e Julieta" de Shakespeare para a Nova Iorque da década de 1950.
A ligação ao escritor inglês, foi um dos factores que levou o autor a adaptar a obra, que também traduziu. "Era um sonho meu desde que interpretei o papel de Romeu, com perto de 18 ou 19 anos", admite. "Tive sempre este sonho de contar essa história, de fazer o "Romeu e Julieta" ou o "West Side Story"".
O sonho de Filipe La Féria traduziu-se num "grande espectáculo", que se estreia no final da semana no Politeama. Segundo o próprio encenador, o resultado final encontra-se ao nível de algumas produções internacionais. "No West End ou na Broadway raramente se vê um espectáculo com tanta qualidade".

Um fenómeno que esgota salas de norte a sul do País
Vários meses depois da sua estreia "Um Violino no Telhado" continua a lotar o teatro Rivoli.
No verão, quando "Jesus Cristo Superstar" chegou a Portimão, as sessões voltaram a esgotar, como já tinha sido no Porto. Uma situação que poderia parecer estranha, se não se tivesse repetido ao longo dos últimos anos com todas as peças do encenador. Desde "Passa por mim no Rossio", estreada ainda na década de 90. E apesar do êxito das suas produções, La Féria não recebe quaisquer fundos públicos. "Optei por dispensar os subsídios e apostar num teatro de qualidade a contar com o público, como existe noutros países", afirma.


Jornal Diário de Notícias - 26.11.2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O suave caminho de prata

Desde que saibamos não nos desviar das prateadas vias da
admiração,podemos ter a certeza de que um dia chegaremos ao céu.

Caiu a noite,o Sol se pusera majestoso por trás das ilhas numa bela praia e as trevas se estenderam como um longo manto sobre a terra, rasgado apenas pela cintilações de longímquos faróis a iluminar uma praia vizinha.
No momento mais inesperado, uma suave luz começou a surgir no escuro horizonte. Pouco a pouco, distantes ilhas, antes escondidas sob a impenetrável cortina de névoas noturnas, foram se recortando contra o céu que se pintava de um formoso azul-marinho, salpicado de estrelas. Quase de repente, a luminosidade fez-se mais intensa, o panorama tornou-semais claro e surgiu, como extraordinário disco de prata, a Lua cheia em todo o seu esplendor.
À medida que ela lentamente se elevava no céu, ia-se formando sobre a irrequieta superfície das águas um suave caminho de prata, que se perdia lá onde o firmamento e o oceano se osculam.
A extasiante beleza do panoroma levava a imaginar a estrada que conduz à Bem-Aventurança eterna. Pode acontecer que ameaçadoras ondas se levantem querendo deglutir a frágil embarcação da nossa alma... Mas, desde que saibamos não nos desviar das prateadas vias da admiração e naveguemos sob o olhar puro dAquela que é chamada Pulchra ut luna (bela como a Lua), podemos ter a certeza de que um dia lá chegaremos.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

LENDAS DE PORTUGAL - I - ALGARVE

Lenda das Amendoeiras

Há muito tempo, antes da indepedência de Portugal, quando o Algarve pertencia aos mouros, havia ali um rei mouro que desposara uma rapariga do norte da Europa, à qual davam o nome de Gilda.
Era encantadora essa criatura, a quem todos chamavam a "Bela do Norte", e por isso não admira que o rei, de tez cobreada, tão bravo e audaz na guerra, a quisesse para rainha.
Apesar das festas que houve nessa ocasião, uma tristeza se apoderou de Gilda. Nem os mais ricos presentes do esposo faziam nascer um sorriso naqueles lábios agora descorados: a "Bela do Norte" tinha saudades da sua terra.
O rei consguiu, enfim, um dia, que Gilda, em pranto e soluços, lhe confessasse que toda a sua tristeza era devida a não ver os campos cobertos de neve, como na sua terra.
O grande temor de perder a esposa amada sugeriu, então, ao rei uma boa ideia. Deu ordem para que em todo o Algarve se fizessem plantações de amendoeiras, e no princípio da primavera, já elas estavam todas cobertas de flores.
O bom rei, antevendo a alegria que Gilda havia de sentir, disse-lhe:
Gilda, vindo comigo à varanda da torre mais alta do castelo e contemplareis um espectáculo encantador!
Logo que chegou ao alto da torre, a rainha bateu palmas e soltou gritos de alegria ao ver todas as terras cobertas por um manto branco, que julgou ser neve.
Vede -disse-lhe o rei sorrindo- como Alá é amável convosco. Os vossos desejos estão cumpridos!
A rainha ficou tão contente que dentro em pouco estava completamente curada. A tristeza que a matava lentamente desapareceu, e Gilda sentia-se alegre e satisfeita junto do rei que a adorava. E, todos os anos, no início da primavera, ela via do alto da torre, as amendoeiras cobertas de lindas flores brancas, que lhe lembravam os campos cobertos de neve, como na sua terra.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

NOTÍCIA DA SEMANA

Vacina já evitou 42 mortes por cancro do colo do útero.

Mais de 30 mil mulhers vacinadas fora do plano nacional.

Pelo menos 42 mortes por cancro do colo do útero já terão sido evitadas com a vacinação. Entre Fevereiro de 2007 e Setembro de 2008, 30.100 mulhers optaram por receber a vacina que protege contra quatro tipos do papilomavírus humano. Tento em conta os dados da patologia em Portugal, é possível calcular os ganhos para a saúde. Além das mortes, terão sido evitados 216 casos de cancro.
Os dados foram divulgados pela Sanofi Pasteur, que produziu a vacina Gardasil, actualmente integrada no Programa Nacional de Vacinação, e que tem 97% do mercado. Mas estes dados apenas são referentes aos casos de mulheres que decidiram adquirir a vacina. Fonte do laboratório avançou que esta opção permitiu ainda prevenir "1951 condilomas genitais".
A vacina é gratuita para as adolescentes de 13 anos, esperando-se que a incidência de cancro venha cair entre cinco a dez anos. Graça Freitas, sub-directora-geral da Saúde, diz que foram vacinadas entre 18 a 20 mil jovens até agora, números abaixo das contas apontadas pela ministra Ana Jorge para a primeira semana, ou seja, cerca de 23 mil.
Antes do congresso de ginecologia, decorreu, em Nice, o Forum de apresentação da Women Against Cervical Cancer, uma plataforma composta por mais de 30 organizações europeias dedicadas ao cancro do colo do útero e que conta com a participação da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
Os objectivos são fundamentalmente informar as mulhers sobre a doença. Durante o forum concluiu-se que há cada vez mais mulheres a ter acesso a informação. No entanto, há ainda um longo caminho a percorrer.
Daniel Pereira da Silva, direcctor do serviço de ginecologia do IPO de Coimbra, disse que basta viver para se estar em contacto com o vírus. "Não é preciso ter comportamentos de risco, porque se transmite facilmente por contacto sexual". Se o preservativo não evita a transmissão, têm de se fazer citologias regularmente para que as lesões de baixo grau e pré-cancerosas sejam tratadas precocemente.
Campanha vai arrancar
Em Espanha, uma em cada cinco mulhers não sabe para que serve uma citologia e 50% não sabe o que é o papilomavírus humano. Apesar de ainda não haver números em Portugal, Vítor Veloso, o presidente da LPCC, diz que há muito a fazer para informar. E anunciou uma nova fase da campanha "Passa a palavra", que começa hoje a ser divulgada em vários meios.
"Já temos vacinação, mas entendemos que ainda há muito a fazer pela informação da mulher e ao nível do rastreio, que ainda não está generalizado". O responsável frisa que a ausência de um rastreio é a principal razão para que Portugal tenha o dobro dos casos de cancro do colo do útero (três por dia) e o dobro das mortes (uma por dia) de Espanha.

Esta notícia foi copiada do jornal Diário de Noticias do dia 17.11.2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

MIOSOTIS



Nome Científico: Myosotis alpestris
Família: Boraginaceae
Origem: Europa

História:
As flores Miosotis também são conhecidas como "não se esqueça de mim" ou "não me esquesas" em várias línguas; non-ti-scordar, na Itália, forget-me-not em inglês, vergiss-mein-nicht na língua alemã. São várias as histórias e lendas que explicam o seu nome. Conta uma antiga lenda alemã, que o nome está relacionado com a última frase de um cavalheiro que, tentando alcançar uma flor para oferecer á sua companheira, por conta do peso da armadura caiu num rio e afogou-se. Numa outra lenda, conta-se que o nome teria sido atribuído por Adão, ainda no Éden, que ao dar o nome ás flores do jardim, esqueceu-se desta, e mais tarde, ao constatar que essa planta havia sido esquecida, deu-lhe então o nome de Miosotis como forma de compensação pelo seu esquecimento. Uma terceira lenda, cristã e popular, conta que as flores dessa planta teriam ficado da cor azul quando a Virgem Maria lhes derramou lágrimas por cima.

Descrição:
Planta herbácea, vivaz, embora pertença a um vasto grupo de anuais, bienais e vivazes de curta duração. Esta espécie é cultivada como anual, pelas suas inúmeras e delicadas flores e folhas aveludadas. Planta de porte pequeno a rastejante, com cerca de 20-30 cm de altura, com caules muito ramificados de cor verde claro a azulado. Apresenta folhas basais, pequenas, delicadas, lanceoladas a ovaladas, pubescentes de cor verde a verde azulado. Aquilo que pensamos ser as flores do Miosotis, na verdade são inflorescências terminais que se assemelham a espigas, com formações de flores muito curtas, pequenas, brilhantes, com 5 pétalas e com o centro branco. As flores de Miosotis podem ser de cor azul, rosa ou branco.