quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO para todos os nossos visitantes e o público em geral!


glitter-graphics.com

SÃO SILVESTRE

São Silvestre era natural de Roma e governou a Igreja de Deus do ano 314 a 335. A conversão de Constantino e do Edito de Milão modificarão os destinos da Igreja. São Silvestre estabeleceu as bases doutrinais e disciplinares, que requeriam a Igreja em um novo contexto social e político em que o cristianismo se tornava a religião oficial do Império Romano. Os cristãos já não eram mais perseguidos e repudiados, podendo professar a sua crença abertamente. E mais ainda, o próprio Imperador tomava a iniciativa de construir as primeiras basílicas, onde o povo pudesse se reunir por ocasião das grandes solenidades.

Se, por um lado, a tolerância religiosa contribuiu para a consolidação do catolicismo, por outro empanou a figura de São Silvestre, abrindo um precedente e um difícil entrosamento entre a Igreja e o Estado. Esta aliança se explicava por força das circunstâncias do tempo, quando a Igreja saía de um período de perseguição que já se arrastava há 250 anos.

Foi sob São Silvestre que se realizou o primeiro Concílio Ecuménico da história da Igreja - o Concílio de Nicéia, em 325 -, onde se definiu a divindade de Cristo. E o curioso é que este concílio foi convocado pelo imperador Constantino, tal era a influência nos assuntos eclesiásticos. São Silvestre foi um dos primeiros santos não-mártires cultuado pela Igreja.

domingo, 27 de dezembro de 2009

EARTH SONG de Michael Jackson

O vídeo de 1996 foi o maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, mas nunca foi lançado como single nos EUA, por causa da imensa poluição que há neste país.
Mesmo para quem não é ou foi fan do Michael Jackson e em tempos da Conferência sobre mudanças climáticas de Copenhagen falhada, deve ver este vídeo até ao fim!

Para ver e reflectir

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NATAL

De sacola e bordão,o velho Garrinchas fazia os possíveis por se aproximar da terra. A necessidade levara-o longe de mais. Pedir é um triste ofício, e pedir em Lourosa, pior. Ninguém dá nada. Tenha paciência, Deus o favoreça, hoje não pode ser – e beba um desgraçado água dos ribeiros e coma pedras! Por isso, que remédio senão alargar os horizontes, e estender a mão à caridade de gente desconhecida, que ao menos não se envergonhasse de negar uma côdea a um homem a meio do padre-nosso. Sim, rezava quando batia a qualquer porta. Gostavam… Lá se tinha fé na oração, isso era outra conversa. As boas acções é que nos salvam. Não se entra no céu com ladainhas, tirassem daí o sentido. A coisa fia mais fino! Mas, enfim… Segue-se que só dando ao canelo por muito largo conseguia viver.
E ali vinha de mais uma dessas romarias, bem escusadas se o mundo fosse doutra maneira. Muito embora trouxesse dez réis no bolso e o bornal cheio, o certo é que já lhe custava arrastar as pernas. Derreadinho! Podia, realmente, ter ficado em Loivos. Dormia, e no dia seguinte, de manhãzinha, punha-se a caminho. Mas quê! Metera-se-lhe em cabeça consoar à manjedoira nativa… E a verdade é que nem casa nem família o esperavam. Todo o calor possível seria o forno do povo, permanentemente escancarado à pobreza. Em todo o caso sempre era passar a noite santa debaixo de telhas conhecidas, na modorra dum borralho de estevas e giestas familiares, a respirar o perfume a pão fresco da última cozedura. Essa regalia dava-a Lourosa aos desamparados. Encher-lhes a barriga, não. Agora albergar o corpo e matar o sono naquele santuário colectivo da fome, podiam. O problema estava em chegar lá. O raio da serra nunca mais acabava e sentia-se cansado. Setenta e cinco anos, parecendo que não, é um grande carrego. Ainda por cima atrasara-se na jornada em Feitais. Dera uma volta ao lugarejo, as bichas pegaram, a coisa começou a render, e esqueceu-se das horas. Quando foi a dar conta, passava das quatro. E, como anoitecia cedo, não havia outro remédio senão ir agora a mata-cavalos, a correr contra o tempo e contra a idade, com o coração a refilar. Aflito, batia-lhe na taipa do peito, a pedir misericórdia. Tivesse paciência, O remédio era andar para diante. E o pior de tudo é que começava a nevar! Pela amostra, parecia coisa ligeira, Mas vamos ao caso que pegasse a valer? Bem, um pobre já está acostumado a quantas tropelias a sorte quer. Ele então, se fosse a queixar-se! Cada desconsideração do destino! Valia-lhe o bom feitio.Viesse o que viesse, recebia tudo com a mesma cara. Aborrecer-se para quê?! Não lucrava nada! Chamavam-lhe filósofo… Areias, queriam dizer. Importava-lhe lá.
E caía, o algodão em rama! Caía, sim senhor! Bonito! Felizmente que a Senhora dos Prazeres ficava perto. Se a brincadeira continuasse, olha, dormia no cabido! O que é, sendo assim, adeus noite de Natal em Lourosa…
Apressou mais o passo, fez ouvidos de mercador à fadiga e foi rompendo a chuva de pétalas. Rico panorama!
Com patorras de elefante e branco como um moleiro, ao cabo de meia hora de caminho chegou ao adro da ermida. A volta não se enxergava um palmo sequer de chão descoberto. Caiados, os penedos lembravam penitentes.
Não havia que ver: nem pensar noutro pouso. E dar graças!
Entrou no alpendre, encostou o pau à parede, arreou o alforge, sacudiu-se, e só então reparou que a porta da capela estava apenas encostada. Ou fora esquecimento, ou alguma alma pecadora forçara a fechadura.
Vá lá! Do mal o menos. Em caso de necessidade, podia entrar e abrigar-se dentro. Assunto a resolver na ocasião devida… Para já, a fogueira que ia fazer tinha de ser cá fora. O diabo era arranjar lenha.
Saiu, apanhou um braçado de urgueiras, voltou, e tentou acendê-las. Mas estavam verdes e húmidas, e o lume, depois de um clarão animador, apagou-se. Recomeçou três vezes e três vezes o mesmo insucesso. Mau! Gastar os fósforos todos, é que não.
Num começo de angústia, porque o ar da montanha tolhia e começava a escurecer, lembrou-se de ir à sacristia ver se encontrava um bocado de papel.
Descobriu, realmente, um jornal a forrar um gavetão e, já mais sossegado, e também agradecido ao céu por aquela ajuda, olhou o altar.
Quase invisível na penumbra, com o divino filho ao colo, a Mãe de Deus parecia sorrir-lhe.
Boas festas! Desejou-lhe então, a sorrir também.
Contente daquela palavra que lhe saíra da boca sem saber como, voltou-se e deu com o andor da procissão arrumado a um canto. E teve outra ideia. Era um abuso, evidentemente, mas paciência. Lá morrer de frio, isso vírgula! Ia escavacar o arcanho. Olarila! Na altura da romaria que arranjassem um novo.
Daí a pouco, envolvido pela negrura da noite, o coberto, não desfazendo, desafiava qualquer lareira afortunada. A madeira seca do palanquim ardia que regalava; só de se cheirar o naco de presunto que recebera em Carvas crescia água na boca; que mais faltava?
Enxuto e quente, o Garrinchas dispôs-se então a cear. Tirou a navalha do bolso, cortou um pedaço de broa e uma fatia de febra e sentou-se. Mas antes da primeira bocada a alma deu-lhe um rebate e, por descargo de consciência, ergueu-se e chegou-se à entrada da capela. O clarão do lume batia em cheio na talha dourada e enchia depois a casa toda.
É servida?
A Santa pareceu sorrir-lhe outra vez, e o menino também.
E o Garrinchas, diante daquele acolhimento cada vez mais cordial, não esteve com meias medidas: entrou, dirigiu-se ao altar, pegou na imagem e trouxe-a para junto da fogueira.
Consoamos aqui os três – disse, com a pureza e a ironia dum patriarca – A Senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de São José.
( Miguel Torga)

sábado, 12 de dezembro de 2009

NOTÍCIA DA SEMANA

Vinte aldeias no Algarve mostram presépios
Cerca de vinte presépios tradicionais expostos em aldeias do interior algarvio vão poder ser visitados a partir de hoje (12.12.2009) ao abrigo de uma iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
A exposição acontece pelo sexto ano consecutivo em várias aldeias de região e visa estimular a criatividade e recuperação as memórias das tradições populares ligadas à época natalícia, diz a CCDR/Algarve em comunicado. A rede de presépios pode ser visitada em vinte aldeias localizadas em dez conselhos algarvios: Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Lagos, São Brás de Alportel, Monchique, Silves e Tavira. Paralelamente, estará patente em Faro a exposição fotográfica "Tradições natalícias e presépios nas aldeias do Algarve", da autoria de Jorge Murteira.
DN -12.12.2009-

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

LENDAS DE PORTUGAL - XIV - MONÇÂO

Deu-la-Deu e os figos de ouro

O brasão de armas de Monção tem a figura de uma mulher. Trata-se de Deu-la-Deu Martins e comemora um acto de coragem praticado no tempo das guerras de Fernando de Portugal com Henrique de Castela. Figura lendária da nossa História, registamos o seu feito.
Deu-la-Deu era casada com Vasco Gomes de Abreu, capitão-mor de Monção. Pois ausentando-se este da sua praça, em serviço do rei de Portugal, D. Pedro Rodrigues Sarmento, adiantado da Galiza e general do rei de Castela, entendeu que aquela era a melhor altura para cercar a fortaleza fronteiriça. Mesmo em tais circunstâncias, utilizou um grande exército para a conquista, tanto mais que pretendia que acção fosse rápida e eficaz. Monção tinha então poucos soldados e escassos recursos, pelo que teve de enfrentar um cerco terrível. Porém, Deu-la-Deu assumiu o comando da praça com invulgar saber e desenvoltura, travando os ímpetos dos sitiantes. Ela era comandante e enfermeira, parecendo estar em toda a parte, galvanizando a vontade de resistência dos monçanenses. Porém, a verdade é que tudo escasseava já dentro das muralhas e isso feria o ânimo dos sitiados. E foi precisamente num desses momentos mais agudos de desespero, que a castelã mandou recolher os restos de farinha e fazer pães.Os monçanenses rejubilaram porque iam matar a fome. Assim, lambiam os beiços quando os pães saíram quentes do forno....
Mas Deu-la-Deu mandou levá-los ao alto das muralhas e de lá começou a lançá-los aos inimigos, gritando bem alto:
"Já que não podeis conquistar-nos pelas armas e pretendeis render-nos pela fome, cuidado! Graças a Deus, estamos bem providos de pão e como me parece que estais com falta dele, aí tendes esses pães para matardes a fome. Se precisardes de mais, é só dizer."
E com estas palavras lançou-lhes o último pão que havia em Monção, acentuando no íntimo a desgraça em que se sentiam os sitiados.

Bem, a verdade, a fome até grassava entre os sitiantes. Ora os comandantes acreditaram naquela fartura apregoada e levantaram o cerco, seguindo para terras do Reino da Castela, que então já dominava a Galiza! E o estratagema de Deu-la-Deu tornou-se emblemático.
Nos arredores de Monção há penedos com formas singulares, alguns até bem conhecidos, como Penedo da Toca ou o Penedo da Ponte. Pois em Pias há dois penedos que fazem uma ponte entre si e entre ambos passa um carreiro para o monte, lá para os lados de Taias. Pois por esse carreiro meteram duas mulheres que iam trabalhar longe. Ao passarem, uma delas parou a olhar um campo. A outra quis saber o que era e ela mostrou-lhe uma esteira com qualquer coisa em cima. Foram lá. Eram figos. Olharam à volta e não viram ninguém, pelo que cada levou três figos.
Regressadas do trabalho meteram os figos numa gaveta e só se lembraram deles quatro dias depois. Estavam transformados em moedas de ouro. Pois em vez de andarem a contar, guardaram-nas, acreditando que fosse o tesouro encantado de alguma moura....

domingo, 6 de dezembro de 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

ANTÚRIO

Nome científico: Anthurium andraeanum
Nome popular: Antúrio
Família: Araceae
Divisão: Angiospermal
Origem: Colômbia


A flor do antúrio, na verdade, é bem pequena, alcançando o tamanho da cabeça de um alfinete. A parte colorida e exótica, que normalmente achamos que é a flor, na verdade é uma inflorescência, ou seja, o conjunto formado pela espádice - espiga onde brotam as minúsculas flores - e espata do antúrio - a bráctea colorida, ou a folha modificada. As verdadeiras flores do antúrio são os pontinhos amarelos que brotam na espiga
Esta peculiaridade é u, artifício da natureza: quando as flores são pouco significativas, a natureza produz folhas modificadas ou brácteas para atrair insectos e outros agentes polinizadores. Isso também ocorre com as flores do bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima) e da primavera (Bougainvillea spectabilis), por exemplo.Mas o antúrio não impressiona apenas pela beleza da inflorescência. Suas folhas em formato de coração (codiformes), que variam em tamanho dependendo da espécie, são extremamente exóticas. Em algumas espécies, podem ser até mais atraentes que as inflorescências, bons exemplos disso são o Anthurium crystallium e o Anthurium magnificum que apresentam as nervuras em tons contrastantes, resultando em verdadeiros desenhos nas folhas.Pertencente à família das Aráceas - que reúne cerca de 600 espécies, todas originárias da América tropical - o antúrio é uma das espécies mais famosas da família. Suas espatas podem apresentar cores que vão do mais puro branco até o vermelho intenso, incluindo vários rosa, salmão. verde e até marrom.

Algumas espécies são bem populares na Brasil, como Anthurium andreanum - chamado de "paleta-de-pintor" e o Anthurium scherzeranum, conhecido como "flor-de-flamingo", por apresentar a espádice recurvada, lembrando a formado flamingo.




RIR É O MELHOR REMÉDIO

O Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, ouviu tanto falar dos alentejanos, que decidiu convidar um grupo deles para visitarem os Estados Unidos.
Mandou o seu próprio avião buscá-los ao Alentejo e prepararam uma grande recepção no hangar presidencial, onde colocaram um grande palanque, com banda, passadeira e cartazes de boas-vindas.
Ao chegar o avião, a banda começa a tocar, os coros a cantar, abre-se a porta do avião, assoma-se a hospedeira e,... nada, dos convidados... nada.
O presidente, descontrolado porque eles não descem, manda o seu secretário investigar.
O secretário regressa, fala com o presidente e diz-lhe: "Senhor, os alentejanos não querem descer porque têm medo do Well"
O presidente não percebe nada e diz-lhe: "Mas... quem é o Well?"

Nos cartazes de boas-vindas dizia: " WELL COME ALENTEJANOS!"