quarta-feira, 29 de junho de 2016

LENDAS DE PORTUGAL - 91ª - FRONTEIRA

EM S. BENTO DAS LAPAS

É uma lenda fatalista esta que toma o nome do seu cenário, S.Bento das Lapas, em Fronteira. E fala-nos de um jovem, extremamente solitário que, um  dia, saiu de casa. Para que não dessem com ele, dirigiu-se para junto da ribeira, onde sabia existir uma gruta passível de lhe servir de refúgio. Pois quatro anos viveu assim, ermitão, à beira das águas. E quando sabia que não se encontraria com ninguém, saía a apanhar frutos silvestres e outros vegetais, com que se alimentava. Mas tantas vezes vai o cântaro a fonte...
Certa manhã, uns caçadores pareceram repentinamente no local e deram com ele. Reconheceram-no e foram falar-lhe. Delicadamente, o jovem disse-lhes que apenas pretendia da vida que o deixassem viver apartado do mundo.
Claro, os caçadores, logo que chegaram à vila, avisaram a família que o tinham encontrado. Os pais, alvoroçados, dirigiram-se imediatamente ao local. Porém, a mãe,  ao ver o filho daquela maneira, morreu. E o jovem acabou também por se suicidar com  o desgosto. A gruta ainda é visível, mas ninguém se lá pode aproximar devido ao roseiral bravio que lhe tapa a entrada.

Mas como lenda pode ainda ser tida a história de um homem de Fronteira que, apesar de ter falecido com muita idade, não cumpriu em vida uma promessa feita em momento de apuro. E a voz do povo começou a dizer que ele aparecia no local pleonasticamente chamado palheiro da palha. Ora ele aparecia sempre à mesma hora e à mesma pessoa, um rapaz de catorze anos que acabou por lhe perguntar o que é que ele queria.
"Sou o Clisante e quero que digas à minha mulher, aliás à minha viúva que vá pagar uma promessa que eu fiz em vida e não cheguei a pagar ao senhor."
"E então, patrãozinho?"
"Ela que ofereça ao senhor o meu peso em trigo e a quantia de tantos escudos, mas que este dinheiro vá todo em moedas de níquel."
O rapaz fez das tripas coroação, anotou aquilo tudo e foi ter com a viúva. Contou-lhe das aparições, da vontade do seu defunto. Então ela dispôs-se a cumprir e a verdade é que o Clisante não voltou a aparecer, o que quer dizer que deve ter encontrado sossego no reino dos mortos.

terça-feira, 21 de junho de 2016

CONCERTO NO GELO EM DEFESA DO ÁRTICO



O pianista e compositor italiano Ludovico Einaudi deu um concerto de gelar, literalmente. O concerto organizado pela associação ambientalista Greenpeace aconteceu numa plataforma flutuante semelhante a um iceberg em frente ao glaciar de Wahlenbergbreen (na região de Svalbard, na Noruega). O objetivo é dar visibilidade ao problema da redução da superfície gelada do Ártico, devido às alterações climáticas.
Ludovico Einaudi compôs uma peça em especial para a ocasião a que chamou “Elegia pelo Ártico” e viajou até à região polar a bordo do navio Arctic Sunrise, da Greenpeace.
O concerto faz parte da iniciativa “Vozes pelo Ártico”, lançada na semana em que a associação ambientalista reúne no contexto da Comissão OSPAR (Comissão Internacional para a Proteção dos Meio marinho do Atlântico Nordeste), na ilha de Tenerife, em Espanha.O piano de Ludovico Einaudi junta-se assim, às vozes de cerca de oito milhões de pessoas em todo o mundo que se juntam à associação ambientalista no apelo pela proteção do Ártico.


domingo, 19 de junho de 2016

O "MILAGRE" DE CHRISTO PERMITE ANDAR SOBRE A ÁGUA DE UM LAGO ITALIANO


O artista búlgaro Christo, de 81 anos, criou uma instalação no Lago Iseo, em Itália, que permite andar sobre a água. "The Floating Piers" é o nome desta obra que reúne cerca de 200.000 cubos flutuantes. A passagem, de cerca de três quilómetros, liga a cidade de Sulzano à pequena ilha de Monte Isola e poderá ser visitada até 3 de julho.





terça-feira, 14 de junho de 2016

CALCEOLARIA HERBEOHYBRIDA

Classificação científica:
Nome Científico: Calceolaria x herbeohybrida
Nomes Populares: Calceolária, Chinelinho-de-madame, Sapatinho-de-vênus, Tamanquinho
Família: Calceolariaceae
Categoria: Flores Anuais
Luminosidade: Luz DifusaMeia Sombra
Ciclo de Vida: Anual



Calceolária é o nome popular de um grupo de híbridos, originários do cruzamento entre três diferentes espécies de Calceolaria: C. crenatiflora, C. corymbosa e C. cana, todas originárias do Chile. Ela é uma florífera perene, muito cultivada especificamente como planta envasada. Apresenta caule ramificado, de textura herbácea e pequeno porte, alcançando cerca de 30 cm de altura. Suas folhas são verdes, ovaladas, pubescentes, bastante rugosas, com nervuras bem marcadas e bordos denteados.
As inflorescências são retas e ramificadas, compostas por numerosas flores amarelas, vermelhas ou alaranjadas, além de misturas destas cores e pontilhados marrons. A flor é muito singular, com a pétala inferior inflada, semelhante a uma pequena bolsa. A floração estende-se pelo inverno e primavera. Sua utilização atual encontra-se concentrada na decoração de interiores, em vasos e floreiras durante o período de floração.
Deve ser cultivada sob meia-sombra ou iluminação difusa, em substrato fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica, com adubações regulares e irrigações freqüentes. Aprecia o clima ameno, podendo ser aproveitada no jardinismo em locais de clima subtropical e tropical de altitude, sendo adequada para a formação de bordaduras e maciços de renovação anual. Em locais de clima temperado, pode ser plantada em estufas, protegida do frio intenso. Apesar de perene é tratada como anual. Multiplica-se por sementes que germinam em 10 dias.