sábado, 17 de outubro de 2015

OUTONO - ÉPOCA DOS COGUMELOS

UM TESOURO PARA QUEM SABE ACHÁ-LO.



Despontam por todo o lado com as primeiras chuvas. Segundo o Observatório Agrícola, em Portugal estão indentificadas trezentas espécies de cogumelos. 
"Todos são comestíveis, alguns deles apenas uma vez", ironiza uma velha máxima micológica.
Ainda assim , fora de brincadeira, há pelo menos quarenta variedades aptas para o consumo humano sem efeitos secundários indesejáveis - estando aqueles que podem ser considerados "desejáveis" também excluídos -, listadas no guia que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas  disponibilizada online. 
Apesar da quantidade de informação disponível, a colheita por conta própria continua a ser pouco recomendável. Porém, um pouco por todo o país há associações micológicas a organizar saídas de campo com especialistas bem informados sobre estes tesouros do bosque. É só perguntar às pessoas certas.

evacoes - # 29


domingo, 11 de outubro de 2015

PASTILHAS ELÁSTICAS NA ARTE



17625 pastilhas elásticas não mastigadas foram a matéria-prima que o artista Rob Surettte escolheu para  fazer um retrato da cantora Taylor Swift, de quem é superfã. O resultado foi tão bom que o autor ganhou um concurso de arte do programa de bizarrias Ripley's Believe It Or Not e dois mil dólares (perto de 1800 euro).

domingo, 4 de outubro de 2015

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS - 4 DE OUTUBRO -

O Dia Mundial dos Animais é comemorado todos os anos em 4 de Outubro. Tudo começou em Florença, Itália em 1931, em uma convenção de ecologistas. Neste dia, a vida animal em todas as suas formas é celebrada, e eventos especiais são planejadas em locais por todo o mundo. O 4 de Outubro foi originalmente escolhido para o Dia Mundial dos Animais, porque é o dia da festa de São Francisco de Assis, um amante da natureza e padroeiro dos animais e do meio ambiente. Igrejas de todo o mundo reservam o domingo mais próximo da data para abençoar os animais.

Também o Jardim Zoológico de Lisboa aproveita este dia para mostrar as novas crias das chitas (cinco) e dos órix-de-cimitarra (duas) aos visitantes.


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

DROLSOPYLLUM LUSITANICUM

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Drosophyllaceae
Género: Drosophyllum
Espécie: D. Lusitanicum


Drosophyllum lusitanicum, vulgarmente conhecido como pinheiro-orvalhado é o nome de uma espécie de planta carnívora da família Drosophyllaceae.
Drosophyllum lusitanicum é uma planta popular entre colecionadores, uma vez que é o único representante de seu gênero,Drosophyllum. Ela também é significativamente diferente das outras na medida em que as plantas carnívoras habita climas mais secos.
Distribuição
Unicamente se encontra em Portugal, sudoeste da Espanha e norte de Marrocos. Em Portugal encontra-se em toda a zona litoral ocidental. Em Espanha encontra-se nas províncias de Ciudad RealCádizMálagaCáceresBadajoz e Ceuta.
Cultivo

Infelizmente, esta planta tem uma má reputação de ser difícil crescer e manter. O principal problema é que os métodos de cultivo utilizados para outras plantas carnívoros pântano são letais para Drosophyllum. Os desafios específicos com o cultivo Drosophyllum incluem: sementes de germinação lenta, perturbação da raiz é frequentemente mortal e as plantas são propensas à podridão radicular.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 82ª - BAIÃO

FREI COMILÃO E O MOLEIRO

Entre comer e rezar, aquele frade do mosteiro de Ansede, Baião, inclinava-se pela primeira das práticas. Reinava João III e, se para o coro era o último, para o refeitório era o primeiro! E quando lhe ralhavam respondia:
"Muito comer, pouco rezar e nunca pecar leva a alma a bom lugar..."
E, um dia, os frades de Ansede decidiram ir comer uma boa merenda a Oliveira, mas evitaram dizê-lo a Frei Comilão. Porém, o nosso frade tinha um sexto sentido, e foi o primeiro a pôr-se a caminho.
Bem, Frei Comilão chegou junto do rio e não viu barca que o levasse para a outra margem, pelo que estendeu a sua capa sobre as águas e navegou, sendo o primeiro a chegar a Oliveira. E imaginem o espanto dos outros frades ao porem na relva a toalha das iguarias, dando de caras com Frei Comilão que sorria como quem dizia:
"Muito comer, pouco rezar..."
E como ainda há tempo, ouçam mais esta. Um moleiro foi nadar para ao Ovil, num poço entre os penedos do lugar do Giraldo. E quando quis sair da água, uma força oculta puxou-o e foi parar ao riquíssimo palácio de uma moura encantada! Ali esteve dois dias acordado e sem fome, queria ir-se embora, mas não podia.  Lembrou-se, então, de rezar um padre-nosso ao contrário, fórmula boa para quebrar alguns encantos. E resultou.
Os amigos já andavam à procura dele e contou-lhes o sucedido. Os outros revistaram o poço e não encontraram  palácio nenhum, chamando-lhe mentiroso. E ele disse que iria lá buscar uma prova. E foi, trazendo uma barra de ouro. Logo uma rapariga quis casar com ele, mas depois zangou-se dizendo que afinal ele não era. 

Ele desafiou-a a ir com ele ao palácio, mas ela teve medo. Tiveram dois filhos e um deles, chegando a adulto pediu ao pai que lhe comprasse um cavalo para correr mundo à busca de fortuna. O pai comprou também dois leões. E ele meteu-se a caminho, chegando a uma terra onde havia uma mata. Nessa mata havia uma bicha de sete cabeças que comia pessoas. Todos os dias se sacrificava gente daquela terra, até que calhou a vez à filha do rei. E quando o rapaz ia passar ao pé da mata viu uma linda menina a chorar. Não sabia que era a princesa, mas ela contou-lhe o que se passava. Ele agarrou nela e foi enfrentar a serpente. Ajudado pelos leões cortou as sete cabeças e as respectivas línguas embrulhando estas num pedaço de vestido da princesa. Depois despediu-se da jovem dizendo que mais tarde daria notícias. O rei ficou muito contente e deu uma grande   festa dizendo que casaria a princesa com o salvador. Um embusteiro encontrou as cabeças e levou-as ao rei. A princesa dizia que não era ele, mas o rei julgava que ela mentia. O filho do moleiro pegou na sua trouxa e foi ao palácio real. O rei não o queria receber, mas ela arranjou maneira de mostrar que às cabeças faltavam as línguas que ele ali tinha embrulhadas num bocado do vestido da princesa. E casou com ele. O outro irmão esse ficou como o pai  mais um moleiro do rio Ovil.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

50 CABELEIRAS

50 é o número de cabeleiras que a Liga Portuguesa contra o Cancro vai disponibilizar aos doentes oncológicos que necessitam, resultado das doações de cabelo e de um investimento de 20 mil euro. A instituição explica que de momento já não precisa de mais cabelo natural, uma vez que as 50 são suficientes para colmatar as necessidades dos doentes oncológicos apoiados pela LPCC e o objetivo é que sejam reutilizadas ao longo do tempo.



Notícias Magazine - 27.9.2015 -

domingo, 27 de setembro de 2015

DESCOBERTA NOVA ESPÉCIE HUMANA



Homo sapiens, Homo erectus, Homo neanderthalis... Já todos ouvimos os nomes dos nossos antepassados. Agora, descobriu-se outra versão da espécie humana, já batizada como Homo naledi. Os fósseis foram encontrados numa caverna conhecida como Rising Star, perto da Joanesburgo, África do Sul. O  Museu de História Natural de Londres já classificou a descoberta como extraordinária. 
De acordo com os investigadores, alguns aspetos do Homo naledi, coma as mãos, punhos e pés, são  muito semelhantes aos de homem moderno, mas o cérebro - bastante pequeno - assemelha-se ao grupo pré-humano chamado australopithecus. Os cientistas acreditam que o achado permitirá entender melhor a transição entre  o australopitheco primitivo e os primatas de género Homo, nossos antepassados diretos.

Notícias Magazine - 27.9.2015 -

domingo, 6 de setembro de 2015

AQUILÉGIA








A aquilégia é uma planta herbácea, perene, florífera e de aspecto delicado e gracioso. Sua ramagem é ereta, ramificada e recoberta por pelos finos e curtíssimos. Ela pode alcançar de 30 a 120 centímetros de altura, de acordo com a variedade. Suas folhas são trilobadas, com folíolos de margens recortadas e arredondadas, de cor verde azulada. A flores surgem na primavera, solitárias ou em pequenos cachos, são eretas ou pendentes, pentâmeras e apresentam cálice vistoso e corola em forma de sino, com um prolongamento afunilado e curvo, semelhante a um esporão em cada pétala. O conjunto de sépalas e pétalas é bastante curioso e bonito. As flores podem ser simples ou dobradas, em diversas cores uniformes, com degradeés ou mesclas. Em muitas cultivares a corola e o cálice têm cores distintas. O fruto é um folículo deiscente, com numerosas sementes negras.
No paisagismo, a aquilégia, ou erva-pombinha como também é chamada, presta-se para a formação de maciços e bordaduras, e confere um efeito romântico e delicado, ao mesmo tempo que lembra a beleza indomada das flores do campo ou da floresta. Ela aprecia canteiros drenáveis, porém humosos, como o solo de um bosque. A luz que passa filtrada pela copa das árvores também é aprazível a esta espécie, que não gosta do sol direto sobre suas folhas delicadas. Na falta deste habitat ideal, a luz da manhã ou da tardinha que bate na varanda ou pátio já lhe é suficiente. Pode ser plantada em vasos e jardineiras. As flores, assim como a folhagem, são utilizadas na confecção de arranjos florais e buquês.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

CURIOSIDADES DO OCEANÁRIO DE LISBOA

O Oceanário de Lisboa recebe três mil visitantes por dia.
Nos 7,5 milhões de litros de água salgada, dos quais 5 milhões no aquário central, moram mais de 500 espécies de animais e plantas.
A qualidade da água é uma das principais preocupações. Todos os dias são feitas mais de 200 análises.
No Oceanário moram 32 pinguins, todos com nome. Eles não comem nada que tenha caído no chão, têm de ser alimentados na boca.


Também as mantas são alimentadas na boca pelos tratadores que mergulhem no tanque.


Os animais do Oceanário consomem 550 kg de comida por semana. A alimentação tem horas certas e pode ser acompanhada pelos visitantes.
As plantas da exposição temporária "Florestas Submersas" são podadas de dois em dois meses.
O Oceanário foi inaugurado por ocasião da EXPO 98, cujo tema foi "Os Oceanos".

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 81ª - ALJUSTREL

O CALVÁRIO DE BEGUINA

No caminho de Beguina para Vale de Narizes, no concelho de Aljustrel, há uma cruz erguida sobre uma pedra. Como tantos outros calvários, este assinala que ali alguém morreu. Geralmente são mortes violentas, as mais dela por um raio ou por um assassínio. A lenda diz-nos que não foi uma coisa nem outra, apenas nos fazendo recuar até 1934. Pois por ali costumava trazer as suas vacas a pastar um homem que se chamava Sebastião Albino. Ora na sua manada ele tinha um touro que lhe obedecia como se fosse o mais esperto dos cachorros. E a amizade entre ambos era ao ponto do pastor partilhar com ele a merenda que trazia de casa.
E todos os dias era aquilo. Porém, por qualquer razão, Sebastião Albino, houve uma vez que não levou merenda, pelo que nada tinha para partilhar com o touro. Ora este enfureceu-se e arremeteu contra ele, desfazendo-o e comendo-o! Apenas ficaram os pés dentro das botas... 
Mas há outra lenda com touro em Messejana, a duas léguas da sede do concelho. Pois dois na,morados desta freguesia casaram-se e foram viver para a honra do Cabo. E eram muito felizes. Mas uma manhã, estava a Rosa a lavar roupa no tanque da quinta e ouviu alguém chamar por ela. Voltou-se e viu uma bela rapariga, com o senão de ser serpente da cintura para baixo. Naturalmente, esta parte estava enrolada numa árvore. A aparecida apresentou-se dizendo que era filha do alcaide que construíra o castelo cujos restos dali se viam, mouro esse senhor de todas aquelas terras. Ambos estavam encantados e precisavam da ajuda delas para lhes acabar o tormento. E a moura-serpente explicou à Rosa que o desencantamento consistia em ela, sem medo, limpar a baba a um enorme touro que dela se aproximaria, touro este que, afinal, era o alcaide encantado. Tendo medo Rosa, o encanto continuaria, nem sei se dobrado.

Nessa noite, Rosa contou tudo ao marido, que não se opôs, mas ficou muito triste. E no dia seguinte, junto ao tanque, lá apareceu a Rosa um enorme touro  negro, bufando, furioso, babando-se. Ela, coitada, não conseguiu vencer o medo e caiu desmaiada. Nunca mais recobrou o juízo e os dois mouros,. pai e filha, ficaram encantados para sempre!      

domingo, 30 de agosto de 2015

POLVO


33 mil genes são, na totalidade, os do polvo, com 3 corações e cerca de 500 milhões de neurónios distribuídos pelos 8 tentáculos. O polvo é agora o primeiro cefalópode  a ter o seu genoma sequenciado na totalidade através de um estudo liderado pelo Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa. Entre os 33 mil genes, há alguns distintivos, no cérebro, nas ventosas, na retina e os que permitem ainda a camuflagem.

sábado, 15 de agosto de 2015

PEÇA FEITA EM RENDA DE BILROS ENTRE NO LIVRO DE RECORDES



A maior peça feita em renda de bilros, com cinquenta metros quadrados, entrou no Guinnes Book of Records. Nasceu em Vila de Conde, tem 437 quadrados de 30 x 30 centímetros e gastou oito quilos de linha. 150 rendilheiras de todas as idades acabaram a peça no início deste mês. O júri do livro dos recordes validou como a maior do Mundo.
O projeto surgiu de um desafio feito pela autarca local, Elisa Ferraz.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

HERACLEION - CIDADE ENCONTRADA NO MEDITERRÂNEO

Esta cidade foi descoberta no ano de 2013.



Heracleion também conhecida como Thonis, era uma antiga cidade egípcia próxima de Alexandria cujas ruínas foram localizadas em Abu Qir Bay, a 25 quilómetros da costa, submersas no mar a uma profundidade de 10 metros. O seu legandário começo, recua aos princípios do século 12 AC e é citado pelos antigos historiadores gregos.
A sua importância cresceu especialmente durante os últimos dias da queda dos faraós  (quando era o principal porto egípcio  para o comércio internacional e cobrança de taxas).
Heracleion foi  originalmente construída sobre  os terrenos lamacentos das ilhas interligadas por canais, situadas no delta do Nilo. Tinham vários cais e ancoradouros,  era par da cidade de Naucratis e  tomava o lugar de Alexandria.

 Princípios legendários:
Acreditava-se que Paris e Helena de Troia foram ali  deixados  na sua fuga do ciumento Menelaus, antes do início da guerra troiana ou que Menelaus e Helena tinham lá estado, recebidos pelo nobre  egípcio Thon e Polydamn. Também se acreditava que Herakles a tinha visitado, tendo assim a cidade ganho o nome.

Referências antigas:
Até muito recentemente o local  tinha sido conhecido através  de algumas fontes literárias e epigráficas e  uma das menções de interesse do local , era como tendo sido um império, tal como Naukratis.
A cidade foi citada pelo antigo historiador Diodomus  (1.19.4) e Strabo (17.1.16). Foi dito a Herodotus que Thonis era o guarda da boca Canopica do Nilo. Thonis prendeu Alexander (Paris) o filho de Prian porque Alexander tinha raptado Helena de Troia e tomado posse de imensa riqueza.
Heracleion é também mencionada no padrão do Decreto de Nectanebo (conhecido  como  “Stele of Naukratis”) no qual é especificado que dez por cento das taxas sobre importações através da cidade  de Thonis/Herakleion, eram doadas ao santuário de Neith de Sais. A cidade é também mencionada no Decreto de Canopus honrando o Faraó Potolemy III.
A cidade de Heracleion era também o local em que todos os anos, no decurso do mês de Khoiak , se celebravam os mistérios de Osiris. O deus, no seu barco cerimonial, era transportado em procissão, do templo de Amun naquela cidade para o seu santuário em Canopus.
Arqueologia
                 O grande templo de Khonsou , filho de Amun, era conhecido pelos  gregos como Herakles.
                  Posteriormente o culto a Amun  tornou-se mais dominante.




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

HIPERICÃO-DO-GERÊS



O Hipericão-do-Gerês (Hypericum androsaemum) talvez seja a única planta portuguesa com o nome de uma região. Não deve ser confundido com outro hipericão (Hypericum perforatum), planta vivaz, com porte e aspecto distintos, muito utilizado como planta medicinal, sendo muito popular como anti-depressivo.

Também conhecido como androsemo, mijadeira, erva-da-pedra ou erva-do-gerês, esta planta surge espontaneamente na Europa Ocidental e Norte de África. No nosso país é espontânea em locais húmidos e sombrios e margens dos rios do Minho, Beiras e Estremadura.

É um arbusto vivaz, com caules erectos e folhas simples, produzindo uma toiça com rebentos folhosos, de crescimento abundante. Pode atingir facilmente 1 metro de altura e 60-80 cm de diâmetro. Floresce entre Junho e Setembro e apresenta inúmeras flores amarelas, que evoluem em frutos que podem apresentar várias cores distintas ao longo do processo de maturação. As sementes estão prontas a colher em Setembro.



Depois de esmagadas, as folhas libertam um cheiro forte e característico. Utiliza-se toda a parte aérea em infusão. Muito usado em doenças do fígado, cólicas e cistites. É um excelente diurético. Também pode ser utilizado externamente em queimaduras e contusões. Não tem contra-indicações nem efeitos secundários conhecidos. A infusão pode ser tomada 2 a 3 vezes por dia.

A propagação faz-se por sementeira, na Primavera ou por estacaria durante toda a Primavera/Verão. Curiosamente, nalguns anos a semente apresenta elevada percentagem de germinação, noutros essa baixa consideravelmente.

É particularmente afectada por pragas e doenças, sobretudo a ferrugem e os afídeos, que podem provocar estragos consideráveis. Costumo colher a planta assim que apresenta os primeiros sintomas da doença, minimizando assim os seus estragos. Quanto aos afídeos, uma solução de sabão de potássio costuma resolver o problema.

A colheita faz-se cortando a planta próximo do solo, promovendo assim nova rebentação em abundância. Podem ser realizados 2 a 3 cortes/ano.

Muito colectada na região do Gerês, infelizmente tem vindo a desaparecer, fruto desta apanha intensiva e desregrada. Poderá mesmo vir a correr risco de conservação se o ritmo da apanha continuar, sem qualquer tipo de preocupação pelas populações silvestres, apesar de existirem regras estabelecidas pelo Parque Nacional, que determinam quantidades máximas por colector e outras regras que visam a manutenção das populações espontâneas.

Poderá representar uma boa opção como planta de cultivo em pequenas e médias áreas, dada a sua procura no mercado nacional, graças ao seu comprovado interesse como planta medicinal.  

quinta-feira, 30 de julho de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 80º -ABRANTES

O SENHOR DOS AFLITOS

Pois nos arredores de Abrantes, num largo à saída da Estrada Velha, quando esta entronca com a Estrada Nova, a caminho de Alvega, há uma pequena capela, propriedade particular, sempre fechada a sete chaves, conhecida como do culto do Senhor dos Aflitos. Esmolas de azeite e em dinheiro afluem com certa regularidade e muita devoção. E a lenda não terá ainda um par de séculos. Pois diz-se que um homem dessa família - infelizmente, não lhe descortinámos o nome - passando a cavalo e com a sua matilha por aquele lugar foi assaltado por uma alcateia. Os lobos seriam muitos e esfaimados, a ponto de terem acabado com os cães do viajante. Este, impotente para enfrentar as feras, apelou ao Senhor dos Aflitos e a alcateia afastou-se, deixando-o incólume. Emocionado e grato, o cavaleiro logo ali mandou erguer aquele templozinho - quadrangular, três metros de cada face, cobertura de telha, porta com cruz sobranceira. Esta cruz foi inicialmente de pau e agora ou é de pedra ou de cimento, pois não se tem aguentado muito tempo. Dentro é a mesma simplicidade do exterior, tendo quatro imagens, não se sabendo bem qual delas é a do patrono, pois as outras não estarão identificadas. Diz o povo que as gentes com problemas nos negócios, dinheiro, mas também de saúde e de amor - aflitos de um modo geral! - ali acorrem a fazer e a pagar as suas promessas. Falámos em Alvega, e vamos agora a Areia-Casa Branca, na margem esquerda da ribeira da Represa, um pouco abaixo da ruínas do pequeno monumento romano, perto da ponta da estrada 118. Passava ali a via romana, que de Abrantes ia para Alvega, Gavião, Arronches, até Mérida. Ora naquele sítio é a Buraca da Moura, seja uma fenda que não escapa à lenda!

E a lenda conta que naquela buraca viva, escondida, uma bela moura, naturalmente encantada. Apenas saía de noite, para cantar as suas tristezas. Ora também é voz corrente que naquela buraca começa um túnel que, passando sob a ribeira, alcança a margem direita da Represa e vai dar a algures, a alguns quilómetros dali. Só que a memória popular perdeu a localização dessa saída e já ninguém se arrisca a fazer o túnel por dentro. Uma vez, um pastor terá dito que alio, junto à Buraca da Moura, lhe desapareceu uma cabra e só deu com ela bastante longe, lembrando-se do túnel. Mas também não deu com a outra saída - ou entrada! Num livro sobre monumentos militares, fala-se de um túnel devido à engenharia romana, para passagem directa  de água da barragem para campos agrícolas, mas a verdade é que a orientação dada na obra não corresponde à orientação do túnel da lenda. Também por isso é lenda e tem uma moura encantada de serviço...
E, já agora, será que ainda está na igreja abrantina de S. Vicente essa relíquia que é o dente de S. Vicente? Se está, saibam quantos que quem para lá a levou foi Pedro Afonso, irmão bastardo de D. Afonso Henriques. Outras relíquias do mártir estão em Lisboa na Sé e, ao que parece, também na igreja de S. Vicente de Fora.

domingo, 19 de julho de 2015

MICKEY MOUSE - 87 ANOS



87 anos é a idade de Mickey Mouse, uma das primeiras personagens criadas por Walt Disney que surgiu pela primeira vez em 1928,  no filme animado Steamboat Willie. Walt recebeu 59 nomeações e ganhou 22 Óscares. É o homem mais premiado da história dos galardões da academia.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A GRUTA DE BENAGIL

A gruta de Benagil/Lagoa é património natural global e destaca o Algarve como destino turístico de natureza.

Depois de, em 2014, o jornal norte-americano Huffington Post ter destacado a praia da Ponta da Piedade, em Lagos, como a mais bonita do mundo, no passado dia 1 de junho o prestigiado jornal britânico The Guardian nomeou a Gruta de Benagil, concelho de Lagoa, como uma das 10 maravilhas naturais do mundo ainda desconhecidas por muito turistas.
Tal distinção é importante para o destaque internacional da região algarvia como destino turístico de natureza e não apenas de praia, diz fonte da Região de Turismo do Algarve.
integrada no passeio pedestre dos "Sete Vales Suspensos". no qual se pode observar o algar que ilumina o seu interior, a gruta fica localizada a 150 metros a nascente da praia da aldeia piscatória de Benagil. O acesso à gruta faz-se por mar, podendo, em dias de reduzida agitação maríitima, ser feito a nado ou, tal como destaca o The Guardian, através de passeio em "paddleboard". Mas o meio mais seguro para visitar esta gruta e as muitas outras que compõem todo o maciço rochoso da costa do barlavento algarvio é o barco, disponível através de empresas especializadas neste tipo de passeios ou por pescadores que disponibilizam as suas embarcações tradicionais de pesca.
Segundo aquele artigo do  jornal britânico, a formação rochosa que dá origem à gruta é incomum e surpreendente: "Entrar na gruta provoca sentimentos de outro mundo", descrevem. 
Dotada de uma pequena praia interior e com formação circular, a gruta é desenhada por arcos naturais de pedra de várias cores, esculpidos pela ação milenar do mar e dos ventos. A iluminação natural, que entra pelo algar, produz um leque de efeitos de luz ao longo do dia, criando uma atmosfera mágica que faz as delícias dos amantes da fotografia. 

Dica da Semana -16.7.2015-

sexta-feira, 10 de julho de 2015

ALFARROBA - O REGRESSO DO SUPERALIMENTO



Ainda hoje muitos portugueses não sabem o que é uma alfarroba, nem distinguem uma alfarrobeira - e Portugal chegou a ser o segundo maior produtor mundial deste fruto, a seguir à Espanha. Como muitas outras coisas, estas vagens foram trazidas pelos árabes para a Península Ibérica e para o Norte de África a partir da antiga Mesopotâmia - uma origem não tão consensual como isso devido à grande amplitude de temperaturas nessa região, que não será, defendem alguns estudiosos, muito adequada ao desenvolvimento das alfarrobeiras. Com as alfarrobeiras vieram lendas como a de Silves, que falam de mouras encantadas ao seu redor. Os romanos também não foram insensíveis aos atributos da vagem, e iniciaram uma prática, detalhe curioso, que perdurou até há poucas décadas no Algarve mais rural: mascá-las secas, com uma concentração de açúcar de 60 por cento, como uma espécie de guloseima. No Novo Testamento poderá estar parte da explicação, por associação a João Batista, para as alfarrobeiras também serem  chamadas de pão-de-joão ou pão-de-são-joão.
No barrocal algarvio, entre a serra e o litoral, estas árvores de sequeiro - tal como a oliveira, a amendoeira e a figueira - acharam condições ideais para proliferar, mas nos últimos 20 anos a sua área de cultivo tem vindo a diminuir (algo em torno dos cinco mil hectares) e o preço da arroba passou dos 10 para cerca de cinco euro. Não é cenário muito animador para os produtores, que mesmo assim estão atentos às novas modas. Há várias indústrias de transformação da alfarroba em farinha. Alimento de homens e animais, este com poste foi recuperado pelos arautos da vida saudável, que vieram dar-lhe um segundo fôlego - em tempos de intolerâncias e substitutos, a alfarroba é um superalimento graças à presença das vitaminas A, B1 e B2, cálcio, magnésio, potássio e diversos minerais. E tem menos 17 por cento de gordura e menos 33 por cento de calorias que o chocolate.
É um mercado apetecível que levou a Faculdade de Engenharia Alimentar da Universidade do Algarve a desenvolver e a comercializar, desde março duas barras energéticas (uma de 25 gramas, com 100 kcal, e outra de 50 gramas, com 200 kcal) que têm na sua base o figo, a amêndoa e a alfarroba. A única dificuldade é fazer a separação da semente (com maior valor devido à existência de LGB, um espessante  natural muito procurado internacionalmente) da polpa (menos valiosa).
Muito resistentes e pouco exigentes, as alfarrobeiras são, por outro lado, um investimento a longo prazo. Demoram anos a crescer e o lucro não vem fácil. Há, felizmente, quem veja nisso um contributo para as gerações  futuras - muito frondosas, elas fazem sombra  permitindo baixar a temperatura e o aparecimento de outras plantas num processo de regeneração dos solos esgotados. É um processo demorado, que pode levar até cem anos. Bastam apenas uns dias para percorrer alguns dos pontos turísticos a ela associados. E aborear um Algarve que foge aos estereótipos.

evações - 10.7.2015

quinta-feira, 9 de julho de 2015

CHAPINS EM ALBUFEIRA



Já passou por um pinhal e reparou nuns estranhos tufos de seda que coroavam a copa dalguns pinheiros? São os ninhos da lagarta processionária, o segundo maior flagelo da floresta portuguesa, logo a seguir aos incêndios.
Mas não só o pinhal é vítima potencial desta praga: a lagarta, ao descer destes ninhos para buscar abrigo no subsolo para aí se transformar em crisálida, desloca-se em procissão. e daí o seu nome mais comum, processionária. É nesta altura que se torna perigosa para os humanos e para os animais, selvagens ou domésticos, que com ela se cruzem. A forma que a lagarta tem para se defender dos predadores são os pêlos urticantes que a envolvem, e que provocam inchaço nas mucosas da boca e vómitos e, em última instância, asfixia.
O Município de Albufeira apostou num  projeto inovador, ecologista e sustentável, que pretende travar o alastramento descontrolado da praga da forma mais correta e menos invasiva possível, introduzindo no ecossistema o seu predador natural, o chapim. Por razões várias, o número destes tem diminuído consideravelmente, em grande parte devido à destruição dos pontos da sua nidificação natural.
O Município tem vinda a colocar ninhos artificiais para atrair os benfazejos passarinhos; a Câmara dá a casa, a Natureza o almoço. Em 2014, dos 56 ninhos colocados inicialmente, 21 foram ocupados por chapins, com alguns a regitarem mais do que uma postura, o que resultou numa média de 6 novas crias de chapim por ninho.
Este ano, os ninhos são já 76, muitos logo ocupados com bem-vindos comensais. O projeto tem também uma vertente pedagógica: os alunos que se inscrevem na atividade recebem uma palestra para conhecer o chapim e a sua importância na Natureza. Além disso, aprendem também a construir os ninhos e comedouros.


Dica da Semana - 9.7.2015-

segunda-feira, 6 de julho de 2015

EDELVAIS

Classificação científica:
Reino: Plantae
Clado: Angiospérmicas
Clado: Eudicotiledóneas
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Leontopodium
Espécie: L. alpinum
Nome binomil: Leontopodium alpinum



A edelvais (Leontopodium alpinum) é uma espécie vegetal da família Asteraceae, também chamada pé-de-leão.
Existem muitas lendas relacionadas à flor: numa delas, por exemplo, a flor nasceu das lágrimas de uma jovem virgem.
Dizem as lendas da Áustria ser uma prova de amor quando o rapaz sobe os Alpes para buscar a linda flor para sua amada, pois é um percurso muito perigoso e somente com muito amor para se arriscar dessa maneira.
Foi usada para título de uma canção no filme A Noviça Rebelde (The Sound of Music) como símbolo patriótico contra a ocupaçãonazista.
A edelvais é uma planta protegida por lei.
Simbolismo
Surge nas moedas de euro austríacas (0,02 €)
É a flor nacional da Áustria e Suíça
Os generais suíços exibem edelvais em vez de estrelas para assinalar o seu estatuto
É considerada o "supremo talismã do amor"
Palavra alemã que significa "branco nobre".
Edelweiss tem uma referencia no Game Valkyria Chronicles, a imagem da flor e pintada na parte esquerda da torre do veiculo. Provavelmente uma referencia a ocupação nazista onde a historia do jogo e baseada.