Até há bem poucos anos o atum era um peixe pouco utilizado pelos profissionais de cozinha, com excepção de algumas regiões, como a Madeira, os Açores e o Algarve. Nesses locais, fazendo jus às tradições, existem algumas especialidades como os célebres bifes de atum em cebolada, a salada de estopeta, os bifes de atum com tomate do Algarve e alguns pratos tradicionais como o atum assado, atum de escabeche, atum salpresado, atum de São João ou muxama (lombos de atum salgados e secos), chouriço e ova de atum, estopeta (tiras salgadas sujeitas a lavagem na altura do consume), tarantelo (faixa longitudinal acima da barriga) ou salame de atum.

Sem dúvida alguma que nos nossos dias o atum é um peixe nobre e nos últimos anos está a ser cada vez mais inserido na cadeia alimentar pela mão dos chefes de cozinha nacionais e estrangeiros.
O atum fresco está a ganhar cada vez mais adeptos, baseando-se nas receitas tradicionais portuguesas e nas novas tendências das cozinhas japonesa e coreana.
O Algarve chegou a ter cem fábricas de conservas de atum, mas hoje as que estão activas contam-se pelos dedos de uma mão.
O Algarve acolhe com orgulho o Museu da Pesca do Atum, em Tavira, localizado no interior do Hotel Vila Galé Albacora, a funcionar desde o ano 2000 no antigo Arraial Ferreira Neto (estrutura de apoio às armações de pesca, nomeadamente do atum, localizada nas Quatro Águas).

Viva o Thunnus thynnus!