sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O suave caminho de prata

Desde que saibamos não nos desviar das prateadas vias da
admiração,podemos ter a certeza de que um dia chegaremos ao céu.

Caiu a noite,o Sol se pusera majestoso por trás das ilhas numa bela praia e as trevas se estenderam como um longo manto sobre a terra, rasgado apenas pela cintilações de longímquos faróis a iluminar uma praia vizinha.
No momento mais inesperado, uma suave luz começou a surgir no escuro horizonte. Pouco a pouco, distantes ilhas, antes escondidas sob a impenetrável cortina de névoas noturnas, foram se recortando contra o céu que se pintava de um formoso azul-marinho, salpicado de estrelas. Quase de repente, a luminosidade fez-se mais intensa, o panorama tornou-semais claro e surgiu, como extraordinário disco de prata, a Lua cheia em todo o seu esplendor.
À medida que ela lentamente se elevava no céu, ia-se formando sobre a irrequieta superfície das águas um suave caminho de prata, que se perdia lá onde o firmamento e o oceano se osculam.
A extasiante beleza do panoroma levava a imaginar a estrada que conduz à Bem-Aventurança eterna. Pode acontecer que ameaçadoras ondas se levantem querendo deglutir a frágil embarcação da nossa alma... Mas, desde que saibamos não nos desviar das prateadas vias da admiração e naveguemos sob o olhar puro dAquela que é chamada Pulchra ut luna (bela como a Lua), podemos ter a certeza de que um dia lá chegaremos.

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