sábado, 3 de setembro de 2011

NOTÍCIA DA SEMANA

Cibercrime soma e segue

Portugal é o único país da UE considerado pouco seguro.

Durante o ano passado, em Portugal e Espanha, o cibercrime cresceu 337 por cento. Segundo dados da Kasperksy Lab., empresa de segurança informática, isto significa nove milhões de ataques. O cibercrime já afectou um quinto dos europeus. Cerca de 22 por cento dos sete mil utilizadores de PC inquiridos pela empresa de estudos de mercado ISPOS já foram alvo de ataques.

Os italianos são os que demonstram maior taxa de utilizadores afectados (32%), seguidos pelos britânicos (31%). O estudo mostra ainda que 34% dos inquiridos acreditam que é mais provável virem a ser alvo do cibercrime do que de serem roubados (25%), verem a sua casa invadida (22%) ou serem atacados (19%).

O presidente da AVG Technologies, J.R. Smith, refere que no espaço de poucos anos a natureza das ameaças deixou de ser uma "brincadeira" e passou a ser uma actividade criminosa de carácter profissional. Agora, o desafio levar aos utilizadores mecanismos que lhes garantam confiança nos serviços, algo não muito fácil tendo em conta que é muito ténue a linha que distingue as condutas online seguras das inseguras ou menos seguras. Phishing, pedofilia online e criminalidade informática pura (como o hacking, cujo objectivo é o mero divertimento do hacker) são os três tipos de crime informático que em Portugal mais queixas originam.

Portugal é, aliás, o único membro da UE que integra a lista dos dez países menos seguros para navegar na internet, segundo um relatório preparado pela empresa de software de segurança AVG. Em Portugal, uma em cada 43 ligações corre o rico de ataque informático. No extremo oposto, entre os países mais seguros, está o Japão.

Em todo o mundo, 65% dos utilizadores de internet já foram vítimas de cibercrime, diz um relatório recente da Symantec, outra empresa de segurança informática. Destas vítimas, 51% foram alvo de vírus ou outro malware, cerca de dez% envolveram-se em esquemas online e menos de dez% foram visados por phishing, fraude de cartão de crédito, entre outras ameaças.

O Brasil está entre os líderes mundiais do crime informático no que diz respeito à banca online. No ano passado, 38% dos trojans bancários em todo o mundo foram criados no Brasil. Os cibercriminosos brasileiros, que até aqui actuavam essencialmente no seu país, começam agora internacionalizar a sua operação, direccionando os ataques a banco portugueses e espanhóis.

NS - 3.9.2011 -

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