segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NELSON MANDELA


Depois de escalar uma montanha alta, descobrimos que há muitas outras montanhas por escalar...!

sábado, 28 de agosto de 2010

NOTÍCIA DA SEMANA

O "Peixe-Médico"

Usado, com êxito, no ataque às doenças de pele, o garra-rufa será protagonista de um centro medicinal, no Algarve.


Rodrigo Capoulas, 30 anos, e as suas duas irmãs, mais velhas, herdaram uns terrenos em Alte, Loulé, Algarve, e não sabiam o que fazer com eles. Pensaram em vendê-los ou concretizarem projectos na área da agricultura tradicional ou ligados à terceira idade. Até que um familiar for à Turquia passar umas férias numa estância de turismo medicinal que trata problemas de pele recorrendo a ....peixinhos. A ideia de fazer algo semelhante em Portugal andou três anos a marinar. Mas foi só quando ganhou o prémio do concurso "Realiza o Teu Sonho", da associação Acredita Portugal, que se viu que o projecto tinha pernas para andar.

"Foi muito importante, sobretudo em termos de credibilização", diz Rodrigo, licenciado em Engenharia e Gestão Industrial pelo ISCTE. "Ganhar entre cerca de 700 candidatos e com um júri que tem nomes como o do professor Marcelo Rebelo de Sousa abre muitas portas." Já a Acredita Portugal venceu a aposta a que se propusera: mobilizar iniciativas, apesar da crise económica e também, diz Susana Bandarrinha, daquela associação, de "uma certa crise psicológica".
O prémio que Rodrigo ganhou - 10 mil euro em dinheiro e 30 mil em serviços de partners da Acredita Portugal - permitiu-lhe dar os primeiros passos de um sonho que deverá ver a luz do dia em três anos. Trata-se de abrir, num terreno com cinco hectares em Alte, na serra algarvia, uma estância de turismo medicinal que recorre ao peixe garra-rufa para aliviar eczemas, psoríases e outras doenças de pele. Como? O peixe alimenta-se das peles mortas do doente, aliviando-lhe assim os sintomas. "O tratamento já existe na Alemanha, na Holanda e em outros locais da Europa, mas não em Portugal." Em simultânio - e porque a ideia é a de que os utentes tragam a sua família -. o centro medicinal deverá também oferecer alternativas de entretenimento para turistas "normais".
Uma das ideias é a de se organizarem visitas aos locais de maior interesse de Alte, onde deverão nascer, graças a esta iniciativa, 20 postos de trabalho. O projecto ainda está no princípio e é assim mesmo que a Acredita Portugal o quer. "Há bons apoios, por exemplo do IAPMEI, na área da concretização das ideias", diz Susana Bandarrinha. "Nós queremos ajudar antes, na germinação."
O garra-rufa habita as bacias dos rios Jordão, Orontes, Tigre e Eufrates, no Médio Oriente. Existe também na Turquia e no Norte da Síria.

Visão Nº912

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O SAL DO LUDO / ALGARVE

LENDAS DE PORTUGAL - XXII - SERTÃ

A arma de Celinda


Viriato assassinado pelo longo e traiçoeiro braço de Roma, substituiu-o na defesa da Lusitânia um homem chamado Sertório, romano exilado. Sila odiava-o desde os tempos em que Sertório apoiara a causa de Mário, e perseguia-o a ele e aos seus amigos lusitanos. Mas das três ou quatro vezes que lhe mandaram legiões para o eliminarem, sempre a estratégia do romano, que sabia como os outros romanos pensavam, os esmagava com a maneira guerrilheira que os lusitanos tinham de lutar. E os Montes Hermínios eram território em que se moviam bem os valentes lusitanos.
Pois as tropas lusitanas atravessavam uma aldeia, Vinham vitoriosas, comandadas por Hirtuleio, questor de Sertório. Esperava-as um período de repouso para retemperar as forças e de novo caíram com gosto sobre os romanos, que não lhes largavam os calcanhares. E dentre os lusitanos que ali iam, o mais alto deles, um jovem de ombros largos, olhava para as casas com particular atenção. De repente, abriu-se uma porta e uma rapariga correu para ele gritando-lhe o nome:
"Marcelo!"
Abraçaram-se. Era Celinda, a namorada do militar. Ela queria que ele ficasse já na aldeia, que era deles, mas o rapaz tinha ordem de se apresentar pessoalmente a Sertório. Hirtuleio apreciara-o em combate e enviara uma mensagem ao chefe recomendando que lhe fosse dado um lugar de responsabilidade.
"Só aparecem coisas destas para nos afastar um do outro!", queixava-se a rapariga. "Quando acabarão estas lutas?"
"Quando corrermos com os romanos desta terra."
Nisso Celinda estava de acordo e o pé atrás que tinha contra Sertório não era só porque ele lhe afastava o namorado de casa, mas também porque se tratava de um romano. Amigo dos lusitanos, mas romano.
Daí a alguns dias, quando regressava à sua aldeia, Marcelo trazia a boa nova de ter sido nomeado governador do castelo de lá. Casar-se-ia com Celinda e ali ficariam como sentinelas da Lusitânia, com oficiais e soldados às suas ordens. E os meses seguintes foram calmos e felizes para os recém-casados.
Mas um dia os romanos aproximaram-se demasiadamente do castelo daquela aldeia e Marcelo saiu a combatê-los. Houve recontros sangrentos e Marcelo foi gravemente ferido. Celinda estava a cozinhar quando os romanos conseguiram entrar no castelo e havia lusitanos já descoroçoados. Mas ela, munida de uma sertã com azeite a ferver, deu-lhes combate directo, o que galvanizou de novo as forças defensoras do castelo que conseguiram expulsar dali os romanos.


Enquanto combatiam, Marcelo, muito ferido, foi introduzido na fortaleza por uma porta falsa e imediatamente tratado. Celinda estava na primeira linha de combate espantando os romanos por verem uma mulher assim enfurecida contra eles.
A arma da castelã acabaria por dar o nome à então pequena aldeia, hoje uma bela terra, Sertã.

sábado, 14 de agosto de 2010

DENTE-DE-LEÃO

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Subfamília: Lactucoideae
Género: Taraxacum

Dente-de-leão é o nome vulgar de várias espécies pertencentes ao género botânico Taraxacum, das quais a mais disseminada á a Taraxacum officinale. É uma planta medicinal herbácea conhecida no Brasil também pelos nomes populares: taraxaco, amor-de-homem, amargosa, alface-de-cão ou salada-de-toupeira. No Nordeste é conhecida por "esperança": abre as janelas e deixa a esperança entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde. O formato de sua folha sugere outro uso energético. Para aqueles que estão muito nas nuvens, esta planta pode ajudar a apontar uma meta clara.

Em Portugal também é conhecida por quartilho, taráxaco ou amor-dos-homens e as crianças conheçam a planta pela designação o-teu-pai-é-careca?, em resultado de um jogo infantil que supostamente mostraria se o pai de outra criança, a quem se faz a pergunta, seria careca ou não, depois de soprar os frutos desta planta que, ao serem levados pelo vento, deixam uma base semelhante a uma cabeça careca.
Consta que nos Estados Unidos colhiam-se as flores que infestavam o campo para a elaboração do licor de dente-de-leão. Os indígenas deste país chamavam-no de "pegadas-de-homem-branco", pois, onde chegava o homem branco, chegava o "dandelion", como é chamado em inglês.
Planta da família das compostas (como a serralha e muitas outras), tem inflorescências amarelo-brilhantes ou mesmo brancas. Tem um alto potencial biótico devido à facilidade com que as suas sementes se disseminam: com a forma de pequenos pára-quedas, são facilmente levadas pelo vento.

Usos Medicinais
A planta inteira é usada como diurético, purificador do sangue, laxativo e para facilitar a digestão e estimular o apetite; pode também ser utilizado em casos de obstipação. Além disso, contribui para aumentar a produção de bílis por isso é adequado para os problemas de fígado e vesícula biliar. A raiz é indicada para reumatismo. Faz-se óleo de massagem, também para artrite.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

NOTÍCIA DA SEMANA


Desempregados procuram trabalho no sal

Dezasseis desempregados do concelho de Rio Maior procuram no sal uma nova oportunidade de trabalho, num curso com equivalência ao nono ano, que lhes dará competências para recuperar salinas tradicionais e inovar produtos. Aproveitando a presença no concelho das únicas salinas que existem no interior do País, a Cooperativa Terra Chã, que aposta na valorização dos produtos locais, decidiu realizar um curso de formação de adultos que visa a criação de emprego e de produtos que promovem o desenvolvimento local.
"Estamos a tentar conjugar a vertente da produção artesanal de sal com a componente do turismo", disse Júlio Ricardo, dirigente da Terra Chã. O curso, que começou a 14 de Junho e tem a duração de um ano, permitiu introduzir uma inovação, a recolha de flor do sal, tendo os formandos começado também a misturar o sal com plantas aromáticas e condimentares recolhidas nas serras d'Aire e Candeeiros.

DN -8.08.2010-