terça-feira, 31 de janeiro de 2012

IMAGEM DO DIA

Em Vilnius, na Lituânia, um homem passeia o cão apesar das baixas temperaturas que se fazem sentir - -23º Celsius -

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

LENDAS DE PORTUGAL - XXXVIII - OURIQUE

A DONZELA QUE FOI À GUERRA


Garvão é uma freguesia do concelho de Ourique, e naquele tempo, o das lendas, havia lá o castelo de D. António de Azevedo. Ora este fidalgo tinha uma filha muito bonita chamada Vitória, a quem fazia todas as vontades. Porém, quando ela se fez mulher, decidiu casá-la com um fidalgo rico.

A beleza da Vitória provocava uma fila de pretendentes, mas ela amava um jovem chamado Florêncio, que ganhara fama de guerreiro em Granada, onde combatera os mouros. Só não era fidalgo nem rico, muito menos poderoso. No entanto, o pai, mesmo sabendo que ela amava outro, impôs-lhe como noivo um fidalgo a quem a tinha prometido.

E enquanto Florêncio regressava às lides militares, chegava o noivo oficial de Vitória e o casamento foi anunciado. A rapariga engendrou um plano e dele mandou recado a Florêncio. Queria que ele a raptasse em pleno altar. Assim, o casamento foi marcado e Vitória parecia concordante com tudo. Porém, a cerimónia realizou-se e Florêncio não chegou. O noivo levou-a para o quarto nupcial e disse-lhe que, como esposa, ela deveria obedecer-lhe cegamente! E assim a mandou despir e ir para a cama. Porém, Vitória que, nos seus caprichos de menina rica, sabia bem manejar armas, apanhando o marido longe das suas, desembainhou a espada e enterrou-lha no peito, matando-o. Depois vestiu-se com as roupas do marido, cabelo cortado e, bem armada, saiu do solar.

Depressa Vitória encontrou Florêncio, que se atrasara na viagem. Contou que matara o marido e desejava fugir com ele. Mas mal puderam falar, porque os guardas os cercaram julgando que ele matara o rival e raptara a antiga namorada com a conivência daquele jovem que estava com ela. Porém, era guardas a mais e Florêncio foi feito prisioneiro aos olhos da namorada. E condenaram-no à morte.

Vitória, vestida de militar, passou a ser Vitorino e, metendo-se à estrada, acabou por lutar com uns bandoleiros, dominando-os. E, dizendo-se oficial perseguido pela guarda, concenceu-os que a deveriam ajudar a assaltar a cadeia onde estava Florêncio. Conseguiu e num instante libertaram-no a ele e a todos os presos e incendiaram a prisão.

No campo dos bandoleiros, Vitória, vendo o ar abatido de Florêncio, que a não reconhecia como mulher de armas e a julgava morta, deu-se a conhecer. Depois tentou convencê-lo a fugir com ela. Mas ele achava que ela tinha as mãos sujas com demasiado sangue e resistia.

Não o podendo ter só para si, Vitória, perante os bandoleiros, matou o seu namorado e ela própria o enterrou. Os bandoleiros estavam atónitos, considerando que nem para eles ela servia. Foram-se embora. E ela alistou-se, como homem, para a guerra, onde teve um comportamento heróico.

Mas um dia, ferida de morte, os companheiros viram quem era. E ela morreu pedindo perdão pelos seus pecados.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

BARCOS

No azimute dos pensamentos, alinho a

incompreensão do meu olhar.

Vejo para além dos movimentos do mar

a confusão do horizonte

perdendo-se no infinito fugidio.

***

Cascos lavradores de rotas

Enredam a profunda ansiedade

Nas águas flutuantes

Guardadoras da fé

Da vida e da morte

Onde navega a saudade

Atravessando o Tempo e a Sorte.

***

Filhos da Terra

Em constante desafio

Aos tempos de ninguém

Ancorados no fundo

De salsos abismos.

***

Esperanças atadas

Com cordas de coragem

Nos parapeitos da aragem

Da partida e da chegada

Boiando

Com as vozes sempre alertas

Do bombordo e do estibordo.

***

Humildes vencedores

Da fome guardada

Nos submersos céus salgados

Onde os arco-íris

Também se alimentam.



Manuel Ribeiro

sábado, 21 de janeiro de 2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

NOTÍCIA DA SEMANA

NASCERAM TRÊS URSOS-PARDOS NO PARQUE BIOLÓGICO DA SERRA DA LOUSÃ



Pesam entre 300 e 400 gramas e são a nova atração do Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo (Coimbra). A fêmea "Berta" deu à luz, no dia 12 de Janeiro, três pequenas crias e é com especial cuidado que os responsáveis do parque estão a cuidar dos animais. "Nos primeiros meses é possível que nem todos estes bebés venham a sobreviver, uma vez que há uma elevada taxa de mortalidade", diz a nota de imprensa da fundação que gere o parque. "Os três ursinhos são cegos e não têm dentes, como é normal aquando do nascimento, e serão amamentados pela mãe até aos seis meses. Depois, a mãe ensina-os a procurar alimento e protege-os até aos dois anos", explicam. Os ursos-pardos são um "elemento importante da fauna ibérica nativa", que "atualmente já só podem ser encontrados nas montanhas da Cantábria (Norte de Espanha), onde se pensa viverem em liberdade pouco mais de 80 animais". Os responsáveis do parque acreditam que "o bom ambiente, mesmo em cativeiro", possa atrair ainda mais visitantes a este parque.



DN -19.01.2012-

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

KONRAD ADENAUER

Vivemos todos sob o mesmo céu, mas nem todos temos o mesmo horizonte.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A MAIOR BORBOLETA DO MUNDO



A maior borboleta do Mundo é a mariposa imperador, que pode chegar a medir mais de 30 centímetros da extremidade de uma asa à outra.

A mariposa imperador tem o corpo branco e acinzentado. As suas asas parecem ter recebido pinceladas de desenhos geométricos, pintados de preto, cinza e castanho. É o maior lepidóptero nocturno do Mundo, embora a sua hora "favorita" seja o crepúsculo.

Faz parte da fauna típica da América do Sul. A imperador foi encontrada pela primeira vez na Amazónia, mas também são avistadas nas matas do México.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

GLOXÍNIA

Nome Científico: Sinningia speciosa
Sinonímia: Gloxinia speciosa, Ligeria speciosa
Nome Popular: Gloxínia, Siníngia, Cachimbo
Família: Gesneriaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil


Pertencente à família das Gesneriáceas, a Gloxínia (Sinningia speciosa) é uma planta exótica que exibe em suas cores e formas toda a beleza e exuberância das matas tropicais. Intensamente colorida em tons avermelhados, rosados, alaranjados e arroxeados, a Gloxínia ainda pode ser encontrada em variações que alternam a cor vinho ou púrpura, por exemplo, com as bordas das pétalas esbranquiçadas. Sua origem tropical pode ser notada no tamanho e características de flores e folhas: as flores, aveludadas e graúdas, podem atingir até 10 cm de diâmetro e a folhagem, igualmente de tamanho considerável, apresenta folhas ovaladas e também aveludadas.Nativa do Brasil, é uma planta tuberosa, de fácil cultivo, que floresce praticamente o ano inteiro. Apesar disso, ela passa por um período de dormência, todos anos, quando parece ficar seca, sem produzir folhas ou flores. Durante esse período de descanso, recomenda-se diminuir as regas gradualmente, até que a planta seque por completo. Os tubérculos permanecerão em dormência pelo período de um a três meses, sendo que a terra deve ficar apenas levemente umedecida. Após esse tempo, pequenos brotos começam a surgir, dando sinais de que o descanso acabou e a planta está pronta para retomar o seu crescimento..

domingo, 8 de janeiro de 2012

NOTÍCIA DA SEMANA

UMAS PÉROLAS DE OSTRAS NO ALGARVE


Um grupo de cientistas do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) e do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR) encontrou pérolas em ostras do género Crassostrea.
O fenómeno é muito raro nesta família de bivalves, e algo que nunca tinha sido observado nos últimos dez anos em que este grupo se tem dedicado ao estudo destas espécies em Portugal.
Em mais de 750 ostras apanhadas em vários locais no Algarve, como a Ria de Alvor, a Ria Formosa e o rio Guadiana, foram encontradas pérolas em dois exemplares.

Num deles havia quatro pérolas com um diâmetro inferior a 2 milímetros e no outro foi descoberta uma pérola com uma dimensão razoável - cerca de 5 milímetros de diâmetro e 190 miligramas de peso.
Este fenómeno é frequente noutras espécies de bivalves, como as ostras perlíferas da família Pteriidae, podendo as pérolas atingir um elevado valor comercial.
As pérolas são produzidas por moluscos bivalves, resultando de uma reação defensiva do hospedeiro a corpos estranhos, tais como parasitas ou partículas inertes.
O corpo estranho é coberto por várias camadas constituídas essencialmente por carbonato de cálcio sob a forma de cristais de aragonite.
A investigação do IPIMAR e do CCMAR foi efetuada no âmbito dos projetos Seafare e Sharebiotech, apoiados pelo Programa de Cooperação Territorial Europeia Interreg Espaço Atlântico.