terça-feira, 31 de julho de 2018

LENDAS DE PORTUGAL - 116ª - FERREIRA DO ZÊZERE

A MOEDA DE OURO

Para sustento da casa, onde muitos eram filhos, ele trabalhava em terras alheias e ela corria montes recolhendo o que pudesse para ajudar. E o que ela suportava nos seus magros ombros! Pois passando ela junto do Penedo da Bica, às pinhas, ouviu gemidos. Olhou em volta, aquilo só poderia vir de dentro do penedo! Mas nem teve tempo para pensar, pois apareceu-lhe uma jovem moura, que lhe disse: "Se pudesse dar uma ajudinha à minha irmã que está lá dentro a ter um filho... Por favor, estou cheia de medo..."
A boa mulher olhou as suas mãos cheias de terra, lembrou-se também dos filhos que tivera, ajudada pela velha da aldeia, que era a parteira e murmurou: "Vamos lá..."
Nesse momento, avançando por onde a moura lhe indicava, viu no penedo uma lindíssima porta. Depois havia um corredor ricamente decorado. Ouro e pedrarias por toda a parte. Então, a moura fê-la entrar no quarto da irmã. E eram tantas as riquezas que até teve dificuldade em ver a irmã da moura que a chamara! Pedia para lavar as mãos e trouxeram-lhe uma bacia de ouro. Aquilo era tudo tão rico que ela ficou intimidada e custava-lhe discorrer. Por fim, lá nasceu a criança, uma menina.
Entraram então no quarto muitas fadas que levaram a criança. E a irmã da moura, que parira nas mãos da aldeã, entregou a esta uma cafeteira cheia de brasas queimadas e levou-a para o lado de fora do Penedo.

Entretanto, enquanto reparava que a porta desaparecera e colocava o seu pesado fardo às costas, a aldeã não pôde deixar de pensar que se a cafeteira ainda lhe fazia jeito, que era bem bonita, as brasas queimadas não tinham préstimo. E deitou-as fora. Mas cada brasa era uma moeda de ouro. Quis recolhê-las do chão, mas elas desapareceram. Encolheu os ombros e lá foi andando para casa. Chegada, fechou-se com o marido no quarto e contou-lhe o que se passara. Ele desatou a rir, dizendo que ela sonhara aquilo. Então ela, inclinou  a cafeteira, a mostrar como fora e, eis senão quando, uma moeda de ouro saltou para o chão, rolando por todo o quarto até se imobilizar aos pés do casal!
                    

domingo, 8 de julho de 2018

MARK TWAIN


Não há tempo... tão curta é a vida,
para discussões banais, desculpas, amarguras, tirar satisfações.
Só há tempo para amar.
E mesmo para isso, é só um instante.
Uma vida boa se constrói com boas relações.

terça-feira, 3 de julho de 2018

CALENDULA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Classe: Eudicotiledóneas
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Calaendula



Calendula é um género de plantas pertencentes à família Asteraceae, vulgarmente chamadas calêndulas ou maravilhas. Calêndula é nativa da África central e foi trazida e disseminada ao Brasil nos meados do século XVIII.

Características básicas
Pertencente à mesma família das margaridas - Asteraceae - a calêndula (Calendula officinalis) é originária da Europa meridional e se relaciona intimamente com o sol. Curiosamente, essa flor abre suas pétalas assim que o sol nasce e as fecha na hora em que ele se vai. Aliás, seu nome é derivado de uma palavra latina - calendae - que significa "primeiro dia de cada mês", de onde se derivou também a palavra calendário (que, sabe-se, é baseado no ciclo solar).
No Brasil, a calêndula adaptou-se facilmente, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Hoje, ela é cultivada tanto para fins ornamentais como para a fabricação de medicamentos e cosméticos. A flor, de coloração amarelo-alaranjada, caracteriza-se pelo inegável perfume e as folhas são macias e aveludadas. Planta anual, a calêndula pode atingir até 50 cm de altura e apresenta caules ramificados em duas hastes. As folhas inferiores são espatuladas e as caulinares são lanceoladas e alternadas.
Atualmente, as flores cultivadas sem agrotóxicos ou aditivos químicos são comercializadas para consumo em saladas ou acompanhando outros pratos.
Uso medicinal
Muito utilizada na industria farmacêutica.
Conta-se que na guerra civil americana, os médicos que atuavam nos campos de batalha utilizavam as flores e as folhas da calêndula para tratar os ferimentos dos soldados. Anos mais tarde, a ciência comprovou os efeitos que aqueles médicos conheceram na prática. No Brasil o seu uso fitoterápico é aprovado pelo Ministério da Saúde.
A partir da calêndula, a medicina homeopática produz remédios que são usados oralmente, inclusive em períodos pós-operatórios, justamente pelos poderes já citados. Na medicina popular, a planta é muito utilizada para tratar problemas uterinos e cólicas menstruais, estimular a atividade hepática e atenuar espasmos gástricos. É claro que devem ser evitados exageros ou abusos na aplicação de plantas em tratamentos. No caso da calêndula, é importante esclarecer que, em excesso, a planta pode provocar depressão, nervosismo, falta de apetite, náuseas e até vômitos.
Uso cosmético
É na fabricação de cosméticos que a calêndula faz o seu reinado: os diversos princípios ativos da planta são responsáveis pelos eficientes efeitos no tratamento de pele e cabelos. A calendulina, por exemplo, um pigmento que dá a cor alaranjada às pétalas, presente em boas doses nas flores, juntamente com a resina e a mucilagem, são responsáveis pelos poderes regeneradores e cicatrizantes. Outros princípios engordam a lista de propriedades da calêndula, amplamente usada na fabricação de shampoos, loções, sabonetes e cremes. Aliás, ela é uma das bases mais utilizadas na fabricação de produtos indicados para cabelos oleosos e peles com cravos e espinhas.