quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

29 DE FEVEREIRO

Nos últimos 120 anos nasceram a 29 de fevereiro 8976 portugueses. Hoje, apenas 7427 vão festejar a data. Destes, 3840 são mulheres e 3587 são homens. Os restantes 1549 já partiram.

ACONTECIMENTOS:
Em 1808, Napoleão Bonaparte toma Barcelona durante a Guerra Peninsular, também conhecida em Portugal como as Invasões Francesas, que aconteceram entre 1807 e 1814.
Em 1960, a cidade marroquina de Agadir é atingida pelo mais mortífero e destrutivo terramoto de que há registo naquele país. Um terço da população morreu.
Em 1988 tem início as emissões regulares "TSF-Rádio Jornal". "Paz no fisco durante três meses" foi a primeira frase dita por António Macedo.
Em 1996, o Supremo Tribunal de Justiça reduz a pena do ex-secretário de Estado da Saúde Costa Freire para cinco anos de prisão efetiva e 80 dias de multa. Tinha sido condenado a sete anos pelo crime de burla agravada contra a Estado, negócio ilícito e prevaricação.
Em 2004, o presidente deposto do Haiti, Jean-Bertrand Aristide, abandona o país, exilando-se na Nigéria. Chegam a Port-au-Prince as primeiras forças internacionais.
No cinema, O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei vence 11 óscares da Academia de Hollywood.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

LENDAS DE PORTUGAL - XXXIX - SERPA

A COBRA E O REI GORDO


É possível que já seja demasiado tarde, para se contar esta lenda. Está praticamente esquecida por terras de Serpa, talvez porque já não há razão para ser divulgada. Terá aparecido o tal homem sem medo? Eis o que devem saber. Tratava.se de uma dama chamada Ana, de beleza extraordinária, porém transfigurada em cobra, mas de farta cabeleira e olhos de fogo. Pois Ana vivia junto de uma figueira, na conhecida Quinta do Fidalgo, à entrada de Serpa, dos lados de Beja. E Ana aparecia sempre nas manhãs de S. João, mostrando um riquíssimo tesouro e dizendo:

"Eu não engano ninguém, e quem for corajoso que me venha desencantar, que terá todo este tesouro."

Bem, mas era preciso, de facto, ter muita coragem, para desencantar Ana. A primeira parte parecia não meter medo a ninguém, é verdade. Bastava chegar à Quinta do Fidalgo, junto da figueira e gritar bem alto o nome da dama. O pior é que logo a seguir a serpente se transformava em touro bravo. Quem passasse esta primeira prova, sentiria o touro transformar-se em Cão Preto, outra fera. Se, mesmo assim, o homem que queria desencantar Ana resistisse, então o cão voltaria a ser cobra que se enrolaria no seu corpo. E dar-lhe-ia um beijo na face. Porém, se o homem transmitisse medo ou repugnância, a cobra mordê-lo-ia mortalmente e Ana continuaria encantada. Doutro modo, ele ficaria rico para todo o sempre. Bem, mas come se disse atrás, esta lenda está quase esquecida. Quanto a nós é porque apareceu alguém que desencantou Ana e deve estar a gozar os rendimentos em qualquer ponto do globo. Ou, o que será pior, os homens perderam a coragem...
Ora alguma actualidade tem esta lenda. Trata de D. Afonso II que, gordo como era, teve por cognome exactamente isso, o Gordo. De qualquer modo, na linha de actuação de seu pai e de seu avô, procurava conquistar territórios que estavam sob o domínio mourisco. Assim, andando com as suas tropas pelo Alentejo procurou apanhar Serpa ao inimigo.

Estava calor, a armadura incomodava-o, era valente mas a gordura não lhe permitia dispor de si como gostaria. De qualquer modo, colocou as suas hostes da melhor maneira nas encostas do monte de S. Gens e depôs-se ao combate.

E o combate foi duro, que portugueses e mouros eram gente de força. E os primeiros impactos o desfecho, pois os mouros acabaram em debandada. Serpa e os seus arredores caíram nas mãos dos portugueses. Os chefes militares festejavam a vitória com os seus soldados. Porém, às tantas, ninguém sabia do rei. Procuravam-no e não aparecia. Encontraram-no caído, mas não morto nem ferido, apenas desmaiado. Do calor. Não resistira. Foram buscar água a um poço, junto ao Monte do Peixoto, que passou a chamar-se Poço-del-Rei. Recobrando os sentidos, o Gordo congratulou-se com a vitória. Mas vendo tantos guerreiros mortos, mandou ali erguer uma cruz em sua memória. Era de madeira, mas D. Dinis mandou substituí-la pela de pedra que lá está, a Cruz Nova.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MARGARET THATCHER

Em política, se quer alguma coisa dita, peça a um homem;

se quer alguma coisa feita, peça a uma mulher.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A ALDEIA MAIS CARICATA DE PORTUGAL




Está sempre a crescer, é de barro e fica em Arraiolos na Quinta das Canas Verdes. a Aldeia da Terra tem tudo o que as aldeias do interior deviam ter: ruas pavimentadas, praças, cafés, livrarias, escolas, carros e pessoas.

"Bem vindos à aldeia mais caricata de Portugal". A mensagem, escrita num painel à entrada, não engana. Do lado de lá do muro alto está uma aldeia construída por Tiago Cabeças e pintada pela mulher, Magda Ventura. Uma obra de amor. Com uma área de três mil metros quadrados, todos os dias surge uma coisa nova: uma casa, um habitante, um carro estacionado numa rua antes em movimento, uma árvore, um canteiro de flores. Tudo feito de barro.

Neste momento tem 1739 peças, das quais 677 personagens, 204 casinhas, 79 viaturas e 929 adereços. A contagem todos os dias é actualizada.



Além da Aldeia da Terra, que dá nome a este espaço de esculturas de terracota ao ar livre, existem aqui mais duas, a da Pedra e a de Baixo, muito próximas umas das outras, separadas pelo corredor de passagem destinada aos visitantes. E outras aldeias surgirão no espaço ainda disponível.

Está aberto todos os dias das 10h00 às 17h00 (no Verão fecha às 18h00).

sábado, 18 de fevereiro de 2012

CARNAVAL 2012

O Carnaval este ano acontece a 21 de Fevereiro e em Portugal existe uma grande tradição carnavalesca, nomeadamente os Carnavais de Estarreja, da Madeira (de onde saíram os imigrantes que haveriam de levar a tradição do Carnaval para o Brasil), Ovar, Loures (um dos mais antigos carnavais do país - remonta a 1934), Podence, Loulé, Sesimbra, Sines e Torres Vedras, que juntamente com o Carnaval de Canas de Senhorim é um dos mais antigos de Portugal.


Carnaval de Loulé 2012

O ano de 1906 foi o ano zero do Carnaval Civilizado de Loulé. Até aí, os festejos assumiam aspectos agressivos de pouca graça, monótonos e sensaborões.
Um grupo de louletanos decidiu alterar-lhe a feição, civilizá-lo, torná-lo mais asseado e elegante. A ideia foi bem recebida pelo povo louletano, que decididamente a acarinhou e pôs em prática. E numa hábil campanha de promoção daquilo que se pretendia levar a efeito, o povo recorreu aos mais diversos meios que tinha ao seu alcance.
Actualmente, o Carnaval foca outros temas, como a sociedade em geral, o sistema político e os eventos mais importantes previstos durante o ano, numa crítica cheia de bom humor, divertimento e muita gargalhada.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

GLICÍNIA

Nome Científico: Wisteria sp
Sinonímia: Glycine sp, Kraunhia sp
Nome Popular: Glicínia, wistéria-japonesa, wistéria-chinesa
Família: Fabaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: China e Japão
Ciclo de Vida: Perene




A Glicínia é uma trepadeira volúvel, lenhosa e decídua, de florescimento muito decorativo. Suas folhas são pinadas, alternas e compostas por 9 a 19 folíolos, de coloração avermelhada e pubescentes quando novas, tornando-se glabras e verde-brilhantes com o tempo. As inflorescências são longas, pendulares e carregadas de numerosas flores azuis, róseas, brancas ou roxas.
Das espécies de Glicínias, as mais frequentes no paisagismo são a Wisteria floribunda, nativa do Japão e a Wisteria sinensis, nativa da China. A espécie chinesa apresenta inflorescências mais curtas, porém mais numerosas que as espécie japonesa. Os frutos são vagens compridas e marrons com sementes de 1 cm. Ocorrem também variedades de porte diferente e de folhas variegadas.
Seu crescimento é lento a moderado e pode levar anos para que se torne adulta e inicie o florescimento, porém é muito longeva, vivendo até 100 anos. A época de florescimento varia de acordo com o clima e a região onde está estabelecida.
Cuidado, a Glicínia é uma planta tóxica e deve ficar fora do alcance de crianças pequenas e animais domésticos. Multiplica-se por estaquia e por sementes.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

IMAGEM DO DIA


A Europa está passando por maus momentos devido ao frio intenso.
Ao redor do Lago Geneva na Suíça ficou tudo congelado!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

QUE SECA!

O País pode chegar a uma condição extrema. Bragança e Alentejo estão debaixo de olho.

Só a esperança de que fevereiro traga chuva poderá alterar o cenário que se ergue à nossa frente - um país em seca cada vez mais severa. O Instituto de Meteorologia (IM) fez as contas: a precipitação nos últimos dois meses foi 85% inferior ao normal, pois a média de janeiro são 117 litros por metro quadrado mas desta vez caíram apenas 17 litros - só choveu nos dias 15 e 16. Agora, o País distribui-se por 13% em seca fraca, 76% em seca moderada e 11% em seca severa.



No final do inverno meteorológico - como se refere a gíria da especialidade aos meses de novembro, dezembro e janeiro - o IM ainda não fala em seca extrema, o grau mais grave da classificação, mas confere que "fevereiro irá ser de extrema importância", dado que grande parte da nossa precipitação anual decorre nesta altura.

A situação levou já à tomada de algumas medidas. No Instituto da Água (Inag), confirma-se que as regiões de Bragança e Alentejo estão a ser monitorizadas, para o caso de ser preciso transferir água de outras barragens, mas, insiste-se, serão situações que reportem a falhas estruturais - e no primeiro caso já se encontrou alternativa.

Rui José Rodrigues, da monitorização dos recursos hídricos, garante que há água para dois anos e frisa que até maio muito pode acontecer. Desvalorizando preocupações maiores, o responsável do Inag acrescenta: "Falta 'março marçagão...' e 'abril águas mil'". Ainda assim, já se ouviram queixas dos agricultores, a avisar que, se não chover nas próximas semanas, os prejuízos serão avultados - a sabedoria popular também diz que "quando não chove em fevereiro, nem prado nem centeio".

A última situação de seca data de 2004/05 e afetou todo o território continental. Nas duas últimas décadas do século XX, adianta o IM, observou-se uma intensificação da frequência de secas, sobretudo de fevereiro e abril. Mas há também quem diga que esta ideia do Portugal do clima ameno é um mito. Oiça-se Carlos da Câmara, climatologista da Faculdade de ciências da Universidade de Lisboa: "É como dizer que somos de brandos costumes. Tanto as cheias como a seca são características do nosso clima. Não vivemos é bem com isso."

As previsões meteorológicas para os próximos dias não apontam para chuva em parte alguma do País.
Visão Nº 987