sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

LENDAS DE PORTUGAL - 109ª - CAMPO MAIOR

O TAMBORZINHO E A PEDRA

Os campomaiorenses contam que numa guerra, não se sabendo a guerra que fosse, estando Ouguela  cercada pelo inimigo, não havia possibilidade de mandar pedir reforços à praça de Campo Maior. Foi então que um rapazinho, que tocava tambor na guarnição daquele castelo, se ofereceu para ser o mensageiro.
Sabia que arriscava a vida, mas também estava na sua habilidade para enganar o inimigo a salvação dos seus amigos de Ouguela. Assim, da muralha saltou para os ramos da velha figueira que ainda hoje está quase encostada ao castelo arruinado. Levava consigo uma bandeira e a mensagem esc ritsa com o pedido de socorro. E assim aconteceu.
O rapazinho atravessou as tropas inimigas, que cercavam Ouguela, e foi ter a Campo Maior, onde entregou a mensagem no hospital.
Bem, isto é o que resta da lenda do tamborzinho e decerto por detrás disto deve haver um episódio real, mas esse caiu no absoluto esquecimento...

Mas há duas outras lendas respeitantes à mesma pedra que ainda hoje podemos observar no pequeno templo dedicado a Nossa Senhora da Enxara, em Campo Maior.
A primeira conta-nos que estava uma mulher a lavar roupa acompanhada de uma filha pequena. A miúda, irrequieta, de um lado para o outro, desapareceu da vista da mãe durante algum tempo. Quando regressou, vinha toda contente. Trazia um brinco de ouro. A mulher ficou surpreendida e quis saber como é que ela o tinha arranjado. E a pequena respondeu que tinha sido uma senhora muito bonita. A lavadeira achou que a história não tinha pés nem cabeça e disse à filha que lhe fosse mostrar a senhora. E lá estava ela numa clareira, sobre uma pedra redonda, como uma mó, a Nossa Senhora.
Espalhada a notícia, a população da Campo Maior, muito devota, quis logo fazer uma capela na margem direita do rio, a meio do caminho entre a vila e o lugar em que tinha aparecida. Mas os materiais anoiteciam aqui e amanheciam na tal clareira onde aparecera a imagem. Tudo isto como um sinal, ali decidiram levantar a capela.
Ora com esta Nossa Senhora da Enxara há ainda uma lenda que diz que quando não havia água nem chovia em Campo Maior, se fazia uma cerimónia em que os campomaiorenses, rezando, atiravam a pedra onde se encontrara a santa ao rio, para que a Senhora fizesse chover. Depois, como quase sempre chovia mesmo, o ritual era inverso para a recolocação da pedra na capela sob a santa.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

FRANCISCO ASSIS


Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente estruído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão.

domingo, 10 de dezembro de 2017

AS PRIMEIRAS LUZES DE NATAL

Se Thomas Edison criou, em 1880, as primeiras lâmpadas dignas desse nome, dois anos depois houve alguém, também nos EUA, que usou essa invenção para lançar as primeiras luzes festivas. Edward Johnson, amigo e colega de Edison, instalou oitenta lâmpadas vermelhas, brancas e azuis (as cores da bandeira), na sua árvore do Natal de 1882. 


A tradição só pegou em 1923, depois de o presidente Calvin Coolidge ter acendido três mil lâmpadas em torno da gigante árvore de Natal da Casa Branca.

Notícias Magazine Nº 1332

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

OS PRIMEIROS POSTAIS DE NATAL


A tradição de enviar cartas pelo correio já não é o que era. Mas os postais de Natal continuam a circular e a ser populares.
Tudo começou em 1843, em Londres. Os primeiros postais, nada religiosos, foram encomendados pelo inventor britânico Sir Henry Cole e tinham uma imagem de três gerações de uma família a brindarem com vinho, o que fez dele um postal polémico na época.
Depois disso, até a rainha Victoria passou a enviar postais oficiais de Natal e no século XX tornaram-se um negócio de milhões por todo o mundo.
Um dos postais de 1834 foi vendido num leilão em 2001 por 25 mil Euro.

Notícias Magazine No 1332

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

PRESÉPIO



Francisco de Assis é conhecido como o criador do presépio porque no século XIII celebrou a Missa de Natal com os cidadãos de Assis numa gruta, em vez de no interior de uma igreja. E nessa gruta colocou um boi e um burro reais, feno e imagens de Menino Jesus, da Virgem Maria e de São José. O objectivo era permitir aos crentes visualizar o que se passara em Belém.

sábado, 2 de dezembro de 2017

BARDANA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Arctium
Espécie: A. Lappa

Bardana (Arctium lappa) é uma planta originária da Eurásia e difundida na América. Prolifera em baldios, bermas de caminhos, e próxima de zonas habitadas.
A fama da bardana vem de muito tempo: os gregos a utilizavam como medicamento, e na Idade Média era incluída em várias formulações destinadas à cura. Algumas referências sugerem que o seu nome científico Arctium lappa deriva do grego "arctos" (urso) e "lambanô" (eu tomo), em alusão ao aspecto peludo que apresenta.
Valorizada como medicinal desde a Antiguidade, a bardana nunca teve essa fama contestada. Todas as partes da planta eram usadas de alguma forma como medicamento: as folhas, por exemplo, eram bem amassadas e aplicadas em cataplasmas para tratar inúmeras doenças de pele, em razão de sua ação bactericida. O uso atualmente tem respaldo científico: estudos comprovam as suas propriedades antisépticas. Também foram bem difundidos seus poderes contra picadas de insetos e aranhas por sua propriedade de acalmar a dor (ação anestésica) e evitar a tumefação do local (ação anti-inflamatória).
No Brasil, especialmente no Sudeste e no Sul, devido à influência dos imigrantes japoneses, a bardana é utilizada também na culinária, podendo ser encontrada em algumas feiras livres, embora ainda não tenha sido muito difundida. No Japão é mais utilizada que a própria cenoura na culinária do dia-a-dia. Podemos preparar tempurás, sopas, refogá-la apenas em óleo de soja, cozinhá-la junto com arroz, colocá-la em refogados de carne, etc. Uma preparação particularmente interessante é uma espécie de conserva: descasque a raiz crua, raspando com a faca, lave, corte em bastonetes ou em filetes e mergulhe em pasta de soja (missô) e coloque na geladeira. Fica pronto no dia seguinte e mantém-se próprio para consumo por vários dias, como qualquer conserva. Ótimo para complementar o arroz branco, e excelente tira-gosto.