quinta-feira, 30 de maio de 2013

LENDAS DE PORTUGAL - LIV - ALENQUER

ALÃO QUER E A MERCEANA

Eis a lenda da Merceana, tal como a contou o primeiro investigador na história local, Guilherme Henriques em 1873:
No centro de Alenquer está o templo majestoso em honra de Nossa Senhora da Piedade, objecto de um fervoroso culto durante quinhentos anos. Conta a tradição que em 1305 um pastor de Aldeia Galega, pastando seus bois nas charnecas vizinhas, notou que todas as tardes a certa hora lhe faltava um boi da manada chamado Marciano, tornando mais tarde a aparecer. Admirado do caso, espreitou o animal e, seguindo-lhe o rasto, foi achá-lo ajoelhado aos pés de um carvalheiro e entre a folhagem da árvore via-se uma imagem pequenina de Nossa Senhora.
O pastor apressou-se em  avisar o prior de Aldeia Galega e ele com os habitantes foram buscar a imagem, e a trouxeram para a igreja paroquial. Na mesma noite, a imagem desapareceu e foram achá-la novamente no carvalheiro. Entenderam que a Senhora assim queria mostrar desejos de estar para sempre naquele sítio e por isso lhe fizeram uma ermida ali mesmo, que logo se tornou muito concorrida pela fama dos milagres que por intervenção da Senhora se faziam.
O pastor que descobriu a imagem dedicou-se ao serviço da Senhora, servindo de ermitão da mesma ermida, e quando faleceu foi enterrado debaixo do altar dela. Nos anos posteriores os devotos vinham colher terra da sua sepultura para curar os padecimentos que os afligiam.
Seguindo a lição do mesmo cronista de Alenquer, eis a lenda do cão Alão Quer, donde terá nascida o topónimo:
Conta a tradição que na manhã do dia em que teve lugar o combate final, indo o rei cristão com o seu séquito banhar-se no rio e fazer as suas correrias, notaram que um cão grande e pardo, que vigiava as muralhas e que se chamava Alão, calou-se e lhes fez muitas festas. O rei, tomando isso como um bom presságio mandou começar o ataque dizendo: "O Alão quer!", palavras que serviram como futuro apelido à vila. A batalha foi sanguinolenta e renhida e os cavaleiros cristãos fizeram prodígios de valor. Especialmente no postigo próximo onde estava a igreja de Santiago, a luta foi renhidíssima, mas os portugueses inspirados pela fé que Santiago em pessoa pelejava na sua frente, venceram todos os obstáculos e tomaram a praça.

Há uma segunda tradição que diz que o cão Alão era encarregado de levar as chaves na boca todas as noites, pela muralha fora, até à casa do governador. Os cristãos, aproveitando os instintos do animal, prenderam uma cadela debaixo de uma oliveira à vista do cão que para lhe chegar galgou os muros, passando assim as chaves aos portugueses.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

MOHR KEET

Mohr Keet da África do Sul é o bungee-jumper mais velho do mundo.
Com 96 anos em 2010 conseguiu entrar no Guinnes-Livro dos Recordes.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PLANTA PORTUGUESA MUITO RARA SALVA DE EXTINÇÃO

A Leuzea longifolia é tão rara que nem nome comum tem, por isso lhe chamam apenas leuzea. Mas esta planta endémica de Portugal - não existe em mais sítio nenhum do mundo -, que apenas se encontra em três locais muito delimitados do território continental, está hoje, quando se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade, no centro de uma história com um desfecho feliz.
Em risco de extinção, esta planta de cores delicadas, que lembra uma pequena alcachofra, passa a ter a partir de hoje um espaço de reserva que lhe foi propositadamente dedicado. Trata-se da nova microrreserva da Quercus, criada na região de Leiria, na área designada Sítio de Importância Comunitária Azabuxo-Leiria, no âmbito da Rede Natural 2000 da União Europeia.
Mas para chegar a este final feliz, como lhe chama a Quercus, houve que passar antes pela boa surpresa da descoberta da planta naquela zona, mas também por momentos de alta tensão em que a população de leuzea poderia pura e simplesmente ter desaparecido do local.
"Foi um processo longo, que chegou a envolver a ação da GNR, para travar a plantação de um eucaliptal na zona", lembra Paulo Lucas, dirigente nacional da Quercus. Mas tudo desembocou num final feliz, no ano passado, quando a organização ambientalista chegou a acordo com o proprietário do terreno que acedeuvender a parcela onde agora nasce a microrreserva.
Trata-se apenas de hectar e meio de terreno, mas a garantia de preservação da flora ali presente assegura a sobrevivência de uma população de cerca de mil espécimes desta planta rara, da qual se conhecem apenas duas populações: uma na Ota, e outra perto de Loures. Daí a importância da preservação deste sítio em Azabuxo, Leiria.
Foi na segunda metade da década de 90, durante os estudos que precederam a criação da Rede Natura 2000 - a rede territorial da União Europeia para a proteção de habitats e espécies - que a Leuzea longifolia foi descoberta na região de Leiria, num pinhal perto da cidade, pela bióloga Dalila Espírito Santo, da Alfa-Associação Lusitana de Fitosssociologia e do Instituto Superior de Agronomia. Foi essa descoberta que deu origem à classificação do Sítio de Importância Comunitária Azabuxo, Leiria, que passou a integrar na Rede Natura 2000.
Ultrapassadas também as ameaças que chegaram a pairar sobre a população da planta, a microrreserva vem garantir que ela será gerida para assegurar a sua preservação. Por isso, hoje, a Quercus, a bióloga que a identificou, as autoridades locais, o secretário de Estado das Florestas e o anterior proprietário do terreno celebram no local o final feliz para a leuzea para a biodiversidade.

DN -22.5.2013-

domingo, 19 de maio de 2013

OSHO

Assim como os picos cobertos de neves são bonitos,
os cabelos brancos da velhice também tem sua beleza.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

MANDRÁGORA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Mandragora
Espécie: M. officinarum



O nome científico desta planta tão diferente e com muitas histórias é Mandragora officinarum
As mandrágoras são plantas silvestres que crescem nas sombras da noite e estão incluídas nas plantas venenosas.
Têm flores delicadas, muito exóticas, que vão desde o amarelo-claro até o lilás escuro.
Mandrágora é nome de uma planta que possui virtudes fecundantes e afrodisíacas, uma raiz medicinal cujo fruto, idêntico a uma pequena maça, exala um odor forte e fétido. A raiz da planta tem a forma humana e, de acordo com a crença popular, a mandrágora grita como gente quando é arrancada da terra.
São-lhe atribuídas propriedades medicinais: afrodisíaca, alucinógena, analgésica e narcótica.
O uso da raiz da planta é muito antigo, encontrando-se citado nos textos bíblicos em Génesis 30:14 e Cantares 7:13. Segundo lendas medievais, as raízes da mandrágora deveriam ser colhidas em noite de lua cheia, puxadas para fora da terra por uma corda presa a um cão preto; se outro animal ou pessoa fizesse esta tarefa, a raiz "gritaria" tão alto que o mataria.
Nunca foram consideradas plantas ornamentais,portanto não são usadas em jardim e paisagismo, porque são coleccionadas devido às suas raízes. Logo nos lembramos de pessoas que se dedicam à bruxaria, de poções mágicas e de rituais de magia pois as raízes bifurcadas lembram as duas pernas de uma pessoa, contém os alcalóides que foram usados pelos magos dos tempos primordiais e, depois, pelos da Idade Média para entrar em estado de transe.
Segundo o Horóscopo Floral da Atlântida as pessoas nascidas entre 13 de Dezembro e 5 de Janeiro pertencem a este signo.