domingo, 30 de setembro de 2012

LENDAS DE PORTUGAL - XLVI OLIVEIRA DO HOSPITAL -

O CASTELO DE AVÔ

Ante as ruínas do castelo de Avô, a primeira pergunta que é: que avô? Avô de quem? Quem se lembrará que o Avô será o velho Egas Moniz, educador e conselheiro de D. Afonso Henriques? E se há um avô, decerto haverá, ao menos, um neto. Quem é este? Pois é Pedro Afonso Viegas, o neto predilecto desse tal avô. Entretanto, para conhecerem a lenda queiram fazer o favor de entrar nos aposentos de Egas Moniz. E sentem-se.
Como devem calcular, estamos no reinado de D. Afonso Henriques e Egas Moniz, que o educou, atingiu provecta idade, mas deseja confiar o seu cargo de conselheiro a assessor do rei ao melhor dos seus parentes. Por isso o mandou chamar e com ele conversa. Inclusive mete-se com ela pelos amores que tem com D. Urraca, a filha bastarda dilecta do rei. Estão bem um para o outro, precisam é de marcar casamento.
-Daqui em diante, meu neto Pedro Afonso, andarás sempre comigo.
O Jovem mostrou-se muito agradado com a decisão do avô e soube encontrar palavras para lho transmitir e o tom chegou a comover o velho aio do Fundador. Porém, em dada altura, soaram as trombetas e começou um grande alvoroço. Pedro Afonso saiu a ver o que se passava, não tardando com a mais cruenta da novidades: a mourama estava de volta!
Egas Moniz deixa de estar alquebrado e pede logo a cota de malha e a sua poderosa espada, o escudo, o cavalo. Manda montar e sair toda a tropa para dar combate ao inimigo. O velho leão, na ausência do rei, encabeça a força e sai à peleja.
Foi uma batalha dura, mas galvanizada pela presença do neto Pedro Afonso a seu lado. Queria mostrar-lhe como era e também avaliar o jovem na luta. Ficou Egas Moniz satisfeito com ambas as prestações. No calor do confronto, adiantou ao seu sucessor que a terra ali conquistada aos mouros seria a sua prenda de casamento. Mas alto foi o preço pago pelos contendores, que muitos soldados ficaram para sempre estendidos.
E, mais tarde, quando D. Pedro Afonso foi dar à notícia a sua noiva, dizendo-lhe que já tinham terra para começar a vida, prenda do avô, a jovem estava emocionada não só pela batalha travada como pelo seu amado ter escapado de ser ferido. E prometeu que iria beijar as mãos a Egas Moniz em sinal de agradecimento. Depois, confessou a Pedro Afonso Viegas que passara o tempo da refrega em oração.
-Mas, dizei-me, Pedro Afonso, meu pai e nosso rei não se oporá ao nosso casamento?
O jovem cavaleiro sorriu e respondeu-lhe que se contavam com a benção de Egas Moniz, isso queria dizer que o rei Afonso Henriques já deveria ter concordado há muito tempo. Era o sinal d amizade que tinha muitas dezenas de anos!
E se Egas Moniz construiu o castelo que passou a ser designado, em sua honra, por castelo do Avô, para vigiar as terras conquistadas, o rei mandou fazer junto dele uma igreja expressamente para o casamento da sua bela bastarda. E assim se construiu a Terra do Avô.

sábado, 29 de setembro de 2012

ÁGUA EM MARTE

O robô enviado pela Nasa para explorar o planeta Marte descobriu fortes indícios de já houve água no planeta vermelho.
O Curiosity enviou fotografias do que parece ser um antigo curso de água que entretanto secou. Os aglomerados de seixos lisos com areia são para os especialistas provas muito fortes de que já houve água em Marte.
«O formato e o tamanho dos seixos encontrados são demasiado grandes para serem transportados pelo vento e consistem com a teoria de que foram sedimentos transportados por água», explicou à BBC Rebecca Williams, do Instituto de Ciência Planetária.
O robô da NASA aterrou no planeta vermelho há sete semanas e atualmente encontra-se num local que os investigadores acreditam ser uma rede de antigos fluxos aquíferos.
As provas de que existiu água ou outra espécie de liquido em Marte aumentam as esperanças de se encontrarem provas de vida que exista ou tenha existido no planeta vermelho.



sábado, 22 de setembro de 2012

BOSQUÍMANOS-O ÚLTIMO ELO DO HOMEM DAS CAVERNAS

São os seres humanos mais próximos da nossa ascendência. Os bosquímanos, como são conhecidos, guardam segredos insondáveis sobre a origem do homem. Segundo um estudo sobre a genética na África subsariana - território no qual se acredita ter nascido o Homo sapiens moderno -, estes são os povos mais antigos do planeta e descendem diretamente do último homem das cavernas.
A ideia de que os bosquímanos são dos povos mais antigos do planeta não é nova. Nos anos 70, um investigador norte-americano já a havia defendido. O curioso é que Joseph Greenberg, então professor na Universidade de Stanford, não era um especialista em genética, mas um linguista. E foi precisamente através da linguagem daquele povo - que não conhece consoantes nem vogais - que Greenberg concluiu o que agora uma investigadora sueca reafirma.

O trabalho de Carina Schelbusch, da Universidade de Uppsala, na Suécia, recupera seis genes-chave do desenvolvimento do crânio e da anatomia humana moderna, para analisar as variantes de 220 indivíduos de 11 povoações distintas da África do Sul. Entre pontos comuns e divergentes, os resultados apontam para um intervalo de cem mil anos que separa os bosquímanos de outros povos, fazendo desta comunidade a mais antiga da evolução do pós-Homo sapiens.
Os dados recolhidos permitem concluir que os bosquímanos se separaram geneticamente de outros povos da África subsariana, apresentando diferenças assinaláveis relacionadas com o desenvolvimento do esqueleto, o crescimento das cartilagens e dos ossos e até do sistema imunológico e neurológico.
Eternizados no cinema com o filme "Os Deuses Devem Estar Loucos", os bosquímanos ainda conservam grande parte das suas raízes e tradições. Alimentam-se como o que os homens caçam - andam sempre de arco e flecha às costas, embora o veneno que utilizavam para matar as presas se tenha perdido no tempo - e sabem ler come ninguém os vestígios que os animais deixam na terra árida do deserto do Kalahari. As técnicas ancestrais permitem-lhes sobreviver num território inóspito: durante a época das chuvas armazenam a água em ovos de avestruz, que são depois desenterrados quando chega a época de seca.
Os homens do bosque - na tradução literal - ocupam o território há pelo menos cem mil anos, de acordo com a datação de carbono em pinturas feitas nas rochas.

Recentemente, um grupo de investigadores recuperou artefactos com 44 mil anos, nos quais se incluem instrumentos e armas feitas de osso e setas com veneno na ponta. Apesar disso, o seu reconhecimento legal só aconteceu em 1996. Na África do Sul existem nove mil bosquímanos reconhecidos. Somando outros países onde estão presentes, o número cresce exponencialmente para cem mil. Resta saber por quanto tempo.

DN - 22.09.2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CRISÂNTEMO

Classificação científica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Chrysanthemum


Chrysanthemum, de nome vulgar crisântemo (em grego χρυσνθεμο transl. Krysanthemo), é um género botânico pertencente à família Asteraceae.É uma planta de tradição de cultivo milenar nos países asiáticos .Em grego, crisântemo significa "flor de ouro". Esta planta é cultivada há mais de 2.500 anos na China e é considerado uma das plantas nobres chinesas (as outras são o bambu, a ameixeira e a orquídea). Era o distintivo oficial do exército e uma exclusividade da nobreza. Foi levado ao Japão pelos budistas. Por sua semelhança com o sol nascente, acabou por se tornar um símbolo do país, inclusive o trono do imperador era conhecido como o "Trono do Crisântemo". Existia a lenda de que uma única pétala da flor, colocada no fundo de uma taça de vinho, traria vida longa e saudável. Foi levada para o ocidente no século XVII. O nome foi-lhe atribuído por Carolus Linnaeus, combinando o prefixo grego chrys-, que significa dourado (a cor das flores originais), e -anthemon, que significa flor. Existem mais de 100 espécies e mais de 800 variedades comercializadas no mundo. Seu porte é herbáceo e geralmente de 1 metro. Sua propagação se dá por estacas em estufas e sementes, e dá flores o ano inteiro. Precisa de muita luz, porém, não suporta sol directo. Prefere clima quente e húmido.






quarta-feira, 5 de setembro de 2012

NAPOLEÃO BONAPARTE

Do sublime ao ridículo não há mais que um passo.