segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

LENDAS DE PORTUGAL - 99ª - ALTER DO CHÃO

SALTAR SOBRE O BURACO

Entre o castelo de Alter do Chão e o castelo de Alter Pedroso - um lugar da freguesias, distando três quilómetros da sede do concelho - terá havido um túnel de ligação. Com um bocado de trabalho, ainda hoje se encontram vestígios dessa passagem. Ora, diz-nos ainda a lenda, ali perto havia a Cova da Moura Encantada. Aproximando-se desta, um homem ficaria preso para sempre aos seus encantos; caso fosse uma mulher, teria de submeter-se a um salto sobre o buraco -passando sem cair, seria feliz, caso contrário a vida amorosa transformar-se-ia numa desgraça! 
Mas o povo não deixava de acrescentar que junto do portão - portão gótico - do castelo de Alter Pedroso aparecia uma serpente, que atacava e matava quem se aproximasse de olhos abertos.
Bem, a verdade é que ainda hoje há raparigas que se dispõem a saltar ao buraco para saberem da sua sorte aos amores e também quem passe ao portão apenas de olhos fechados, não vá sair-lhes a serpente...

Na Rua de S. Sebastião, em Alter do Chão, fica a igreja do Senhor jesus do Outeiro, exactamente no lugar onde consta ter  existida a ermida do santo que dá o seu nome à artéria.
Nas Ordenações Afonsinas está exarado haver nobres que conseguiam viver à custa dos camponeses, chegando a suas casas e exigindo-lhes quanto de bom tinham para seu sustento. Muitos deles até se sentiam no direito de se hospedarem abusiva e gratuitamente em casa dos homens mais ricos das terras, quando andavam pelo país.
Ora isto ocasionava constantes queixas. E o mais grave destes casos refere-se a um fidalgo alentejano que se quis hospedar dentro de Alter e os homens bons recusaram permitir-lho. Vai o fidalgo, incomodado, apresentou queixa ao rei. Este não teve dúvidas em dar razão aos alterenses. Então, o fidalgo arregimentou uns quantos homens de armas e, de surpresa, caiu sobre Alter do Chão e matou os doze melhores que lá moravam - seja os lavradores mais abastados, que governavam o concelho. E não consta nenhum desfecho correctivo para este crime que terá ficado sem castigo.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

RAINHA ISABEL II DA INGLATERRA - 65 ANOS NO TRONO



A rainha Isabel II bateu um novo recorde entre os monarcas de todo o mundo, ao celebrar hoje o seu jubileu de safira, que marca os seus 65 anos no trono do Reino Unido. Isabel II subiu ao trono em 1952, aos 25 anos, depois da morte do seu pai, o rei George VI.
A rainha, que completou 90 anos em Abril, é pouco inclinada a festejar este tipo de aniversário e deverá passar o dia na sua propriedade de Sandringham, no leste da Inglaterra.
O aniversário deverá ser comemorado em todo o país, nomeadamente na Torre de Londres e no Green Park, em Londres, onde salvas de tiros serão disparadas em sua honra.
Várias moedas comemorativas e selos foram criados para esta ocasião.
Em setembro de 2015, a rainha bateu o recorde de longevidade no trono, anteriormente detido por uma das suas antepassadas, a rainha Vitória.

Actualmente, é a soberana com mais idade em exercício e a monarca viva com o mais longo reinado, depois da morte do rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, em Outubro.

PALHAÇOS na Igreja


Desde 1946 que todos os anos a All Saints Church, em Londres, se enche de roupas com cores vivas, maquilhagem carregada, balões e flores. No primeiro domingo de Fevereiro, centenas de palhaços, conhecidos como os Joeys, reúnem-se na igreja para a missa anual em honra da memória de Joseph Grimaldi, tido como "o pai" da profissão. Nascido em 1778, Grimaldi foi o primeiro profissional a usar a cara pintada de branco, exaltando olhos e boca com cores fortes, imagem de marca que vem sendo usada até hoje. Os seus espectáculos ficaram conhecidos pelas canções que inventava e por incentivar a multidão a aplaudir e a ter um papel mais activo. Quando abandonou os palcos, muitos acharam que a tradição da pantomima morreria consigo. Como se sabe, tal nâo acenteceu, mas Grimaldi continua a ser relembrado por quem ganha a vida a fazer rir. Morreu aos 58 anos e as suas memórias foram escritas por Charles Dickens.

Joseph Grimaldi


Notícias Magazine -12.2.2017-

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

JOSÉ SARAMAGO


É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

GOIVO

Classificação científica:
Nome Científico: Matthiola incana
Nomes Populares: Goivo, Goiveiro-da-rocha, Goiveiro-encarnado, Goiveiros, Goivo-encarnado, Goivos, Matióla
Família: Brassicaceae
Categoria: Flores Anuais
Origem: ÁfricaÁsiaEuropa



O goivo é uma planta semi-herbácea, florífera, nativa da região mediterrânea. Seu porte é pequeno, atingindo cerca de 45 cm de altura em média. Seu caule é ereto a levemente tortuoso e lenhoso na base. As folhas são lanceoladas a lineares, de margens inteiras e pubescentes, o que dá a folhagem uma coloração verde acinzentada. As flores surgem na primavera, em inflorescências eretas e terminais. Elas podem ser simples ou dobradas e de diversas cores, desde o branco, rosa, vermelho até o violeta, com diversas tonalidades intermediárias. Seu fruto é do tipo síliqua e apenas os espécimes de flores simples os produzem, mas das sementes se originam plantas de flores simples e dobradas (As plantas de flores dobradas são estéreis).
Própria para bordaduras e maciços, o goivo é uma planta graciosa e rústica, com folhagem e floração decorativos. Além disso suas flores são muito perfumadas e algumas variedades liberam seu aroma de maneira mais intensa à noite. As longas inflorescências também podem ser colhidas para utilização em buquês e arranjos florais, como flor-de-corte. Ainda podem ser plantadas em vasos e jardineiras, desde que bem drenáveis.

O goivo deve ser cultivado sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Recomendam-se adubações mensais durante o período de crescimento e floração. Prefere solos arenoso a argilosos. É capaz de tolerar curtos períodos de estiagem, mas não resiste a encharcamentos. Apesar de bienal, deve ser tratado como anual, pois perde a beleza com o tempo. A remoção das inflorescências velhas estimulam um novo florescimento. Aprecia o clima ameno, mas pode ser conduzido em estufas em regiões de clima temperado. Multiplica-se por sementes postas a germinar no final do verão e no outono.