quinta-feira, 25 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

NOTÍCIA DA SEMANA

ÓPERA NA PEDRA

Em Vila Viçosa, Alentejo, uma pedreira irá dar lugar a um teatro ao ar livre, com projecto da autoria dos arquitectos Pedro Gameiro e Marta Sequeira. O principal objectivo da reconversão da pedreira e criação do teatro ao ar livre é o de uma vez por ano e durante o Verão, um festival de ópera promovido pela Universidade de Évora.
Situada a sudoeste de Vila Viçosa, e pertencente à empresa de extracção de mármores Solubema, a pedreira integra o relevo mais importante da região, a Serra D'Ossa, território que correspondente à faixa denominada Anticlinal de Estremoz, onde se encontra a maior jazida de mármores continental e a maior exploração moneira do país.


"Em resultado destas características, a original topografia da zona foi sendo alterada ao longo dos anos através de enormes crateras criadas pela incessante procura de pedra. São feridas violentamente abertas que contrastam, com especial evidência, com a paisagem envolvente. No entanto, e paradoxalmente, o efeito devastador no território, que muito nos impressiona, é compensado pela possibilidade de utilização destes novos espaços, cuja natureza nos é estranha e cuja escala nos esmaga. São espaços magníficos e grandiosos, originando estruturas espaciais especialmente vocacionadas para acontecimentos cénicos", explica a dupla de arquitectos.


No sentido do melhor usufruto deste cenário natural, foi criado um teatro que se desenvolve como se fosse um percurso, uma "Promenade" que leva o público "da cota de chegada (no tope da cratera) à cota da plateia (no ponto mais baixo da cratera), isto é, que o leva a descer 50 metros, vencendo um complexo sistema de bancadas, no que se pretende um verdadeiro percurso arquitectónico".
Este percurso é marcado por três momentos, que correspondem às três grandes funções da tipologia do teatro. A da chegada, ou Foyer, que acolhe bilheteira e lojas, seguindo-se a zona de pausa, onde se situa o café, bar e esplanada e, finalmente, a área de espectáculos, que alberga plateia e palco. Os arquitectos descreveram em pormenor estas passagens: "A entrada é feita através de um longo muro que conduz a uma escada desenhada numa espécie de poço iniciático e que liga a cota superior e a intermédia. A esta cota vislumbra-se pela primeira vez o que anteriormente se tinha velado - o grande leito da pedreira e, percorrendo uma galeria resultante do corte de uma das bancadas, acede-se ao bar, cujo configuração permite descobrir o grande lago. Uma escada formada por um conjunto de lanços que se desenvolvem num sulco que é agora talhado na pedra, leva-nos à cota inferior, onde são colocados uma plateia e um palco, finalizando-se assim o percurso. Este último conjunto está então disposto sobre um novo plano de água e contra as enormes paredes originais que se levantam a 50 metros de altura ampliando, com a sua massa, a potência da voz do tenor".
Este projecto, inicialmente desenvolvido no âmbito do Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora - dirigido pelo arquitecto João Luís Carrilho da Graça - permite a requalificação ambiental e arquitectónica de uma pedreira, que passará de ferida na paisagem a expoente máximo de arquitectura de espectáculos.

DN -21.03.2010-

sábado, 20 de março de 2010

DALAI LAMA


Perguntaram ao Dalai Lama:
"O que mais te surpreende na Humanidade?
E ele respondeu:
"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer...
... e morrem como se nunca tivessem vivido.








terça-feira, 16 de março de 2010

LENDAS DE PORTUGAL - XVII - FUNCHAL

S. Sebastião ou D. Sebastião

No Funchal, ao lado do Campo do senhor duque, ficava a pequena igreja de S. Sebastião. Quando esta foi demolida, apenas ficou o nome do mártir na tradição. É que ali foi colocado um monumental chafariz, que na capital madeirense há tempos andava de um lado para o outro, ficando numa parede a placa toponímica com a indicação óbvia de ser o Largo do Chafariz. Mas num no seu largo o chafariz estacionou definitivamente logo à primeira, pois também teve duas ou três colocações antes daquela que é dada como definitiva!
Recorde-se que antes da partida do jovem rei para o desastre de Alcácer-Quibir, ele decretara que, em todas as povoações nobres que o não tivessem, fosse construída uma igreja ou uma capela invocando o patrono do seu nome, daí a quantidade delas que há por este país fora.
Porém, a verdade é que não está ainda fixada a data da fundação do templo demolido, conquanto surja a probabilidade do ano de 1523, pois neste a câmara e o povo do Funchal elegeram o mártir como padroeiro contra a peste. Porém, há quem prefira a data de 1430, mas apenas porque nesse ano ali se fundou a primeira freguesia do Funchal. No entanto, junto ao altar de Santo Elói, existia a sepultura de Álvaro Anes, escudeiro do infante D. Fernando, o mártir de Fez, com o epitáfio datado de 1471, bem, mas talvez a discussão nem valha a pena. E sabemos que, de qualquer modo, em 1803, o camartelo derrubou a igreja para ali ficar a feira. E a lenda começa aqui porque o templo não voltou a ser reconstruído.
Dizem as vozes que, após o desmantelar da igreja, todas as noites, e em horas impróprias para uma pessoa andar na rua, aparecia ali no largo, que fora do mártir S. Sebastião, e mostrando-se em tristeza aos poucos noctívagos dessa época que porventura ali quisesse caminho: certo sujeito de bom porte em bem composto aspecto, homem de ar grave e de boas e leais parecenças, que passeando o largo de lés a lés, em alto pranto falando para os que o ouvissem lhes profetizava o próximo alagamento da cidade pelas águas do mar.

O homem nocturno jurava isso a pés juntos, acrescentando que os homens muito padeceriam caso não reedificassem depressa a casa sagrada no lugar onde sempre estivera.
Semelhante profecia nunca se realizou, mas o homem garantia que se não cumprissem a reconstrução do templo o mar subiria, subiria, galgando as ruas de Funchal. As águas, acrescentava, invadiriam as casas, os campos, acabando por ficar aquela praça transformada num ancoradouro para naus ou garganta de morte para os seus moradores.
Quem seria o tal fantástico ser? Algumas pessoas diziam que era o próprio S. Sebastião com as roupas dos séculos em que aparecia, enquanto outros, mais encantados, aventavam a hipótese de tratar-se de D. Sebastião, o desgraçado rei agravado, protestando por lhe terem destruído o templo do santo do seu nome, de que era tão devoto no pouco tempo que reinou em Portugal.

segunda-feira, 15 de março de 2010

IRENA SENDLER - 1910-2008 -


Uma senhora de 98 anos chamada Irena acabou de falecer.Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.
Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!)
Irena trazia meninos escondidos no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de serapilheira, na parte de trás da sua camioneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da camioneta, um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.Por fim os nazis apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas e os braços e prenderam-na brutalmente.
Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adoptivos.
No ano passado foi proposta para receber o Prémio Nobel da Paz... mas não foi seleccionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns diapositivos sobre o Aquecimento Global
Não permitamos que alguma vez, esta Senhora seja esquecida!!

quarta-feira, 10 de março de 2010

LAVANDA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Lavandula


As Lavandas (popularmente conhecidas como alfazemas) são plantas do género Lavandula. São pequenos arbustos, perenes, incluindo também as anuais e os subarbustos. O nome é mais frequemente usado para as espécies do género que crescem como ervas e para ornamentação. Destas as mais comuns são Lavanda inglesa e a Lavandula angustifolia (L. officinalis). As espécies ornamentais geralmente são as L. stoechas, L. dentata, e a L. multifida.
As Lavandas crescem em jardins. Suas flores são usadas para arranjos florais secos. As flores púrpuras e os brotos, de fragrância suave, são utilizados em potpourris. Secados e embalados em pequenos saquinhos de tecido de algodão são utilizados para serem colocados entre as roupas do armário para dar-lhes uma fragrância fresca e agradável, e também para impedir a presença de insectos e parasitas.O cultivo comercial da planta é para a extracção de óleos das flores, caules e plantas, que são utilizados como anti-sépticos, em aromaterapia e na indústria de cosméticos. Como produto terapêutico, em infusão, deve ser evitado o uso contínuo, podendo produzir excitação em dose tóxica.
O óleo essencial da Lavanda (do latim "lavare", "lavar") já era utilizado pelos romanos para lavar roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como produto curativo (indicado para insónia, calmante, relaxante, dores etc.). O óleo é obtido da destilação das flores, caules e folhas da espécie Lavandula officinalis. Entre várias substâncias, o óleo apresenta na sua composição o linalol e o acetato de linalila, que conferem a sua fragrância e, ainda, resina, saponina, taninos cumarinas.
As flores de Lavanda produzem um néctar abundante que rende um mel de alta qualidade produzido pelas abelhas. O mel da variedade Lavanda foi produzido inicialmente nos países que cercam o Mediterrâneo, e introduzido no mercado mundial como um produto de qualidade superior. As flores da Lavanda podem ser utilizadas como decoração de bolos. A Lavanda também é usada como erva isoladamente ou como ingrediente das Ervas da Provence (França).
Lavandas nativas são encontradas nas Ilhas Canárias, Norte e Oeste da África, Sul da Europa e no Mediterrâneo, Arábia e Índia.
Os maiores produtores de Lavanda são a Bulgária, França, Grã-Bretanha, Austrália e Rússia.

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Primeira Comemoração foi há um século

As sufragistas burguesas, as operárias grevistas, as dirigentes socialistas, as escritoras rebeldes, as feministas que se reclamavam herdeiras do pensamento de Christine de Pisan (publicou, em 1405, "Cidade das Damas") e Mary Wollstonecraft (editou, em 1790, "Uma Defesa dos Direitos da Mulher") já tinham advogado a igualdade de direitos.
O primeiro Dia da Mulher foi celebrado, a 28 de Fevereiro de 1909, nos EUA por iniciativa do Partido Socialista da América, mas seria a proposta apresentada em Copenhaga, no ano seguinte, pela dirigente alemã Carla Zetkin, na 2ª Conferência das Mulheres Socialistas, que originou a comemoração universal.

A origem mítica da data de 8 de Março (que só seria fixada mais tarde e foi adoptada pela ONU em 1977) era uma homenagem às operárias do vestuário e do calçado que, a 8 de Março de 1857, se teriam manifestado em Nova Iorque, reivindicando 10 horas de trabalho (em vez do horário de 16) e salários iguais aos dos alfaiates, acabando por ser vítimas de cargas policiais - embora, historicamente, este facto não tenha existido. Por coincidência, a 8 de Março de 1917, na Rússia, uma greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, o Czar e a participação na I Guerra Mundial "viria a inaugurar", nas palavras de Trotsky, a Revolução de Outubro.
A 19 de Março 1911, um milhão de pessoas já celebrava o Dia da Mulher na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. O movimento, que se manteve e ampliou nessa década e na seguinte, acabou por esmorecer e desapareceu. Mas a data seria revitalizada pelo movimento feminista dos anos 60, quando se tentou terminar, definitivamente, com a ideia do papel menor conferido às mulheres - que talvez tenha raízes na Pandora da mitologia grega e na Eva da teologia cristã.

sábado, 6 de março de 2010

NOTÍCIA DA SEMANA

Gelo no mar Báltico bloqueou navegação

O Inverno rigoroso que este ano se vive no hemisfério Norte deixou em apuros, na quinta-fª e madrugada de ontem, milhares de passageiros no mar Báltico quando dezenas de ferries ficaram bloqueados nos gelos que se formaram naquela região.
De acordo com as autoridades marítimas escandinavas, a navegação junto ao arquipélago de Estocolmo e no golfo de Botnia não conhecia um caos idêntico desde há 30anos, devido ao gelo no mar. As últimas décadas foram marcadas por temperaturasacima da média na região, à semelhança do que aconteceu em toda Europa.
Na quinta-fª, seis ferries que efectuavam as ligações entre a Suécia, a finlândia e a Estónia ficaram presos no gelo, ao mesmo tempo que eram empurrados na direcção da costa sueca por ventos fortes. As temperaturas nagativas que se fazem sentir desde dezembro transformaram a viagem numa aventura gelada e angustiante para milhares de passageiros.

Só com a intervenção de vários quebra-gelos e rebocadores foi possível libertar as embarcações de passageiros e fazê-las seguir para bom porto.
Mas aqueles não foram os únicos navios que ficaram em apuros na região devido à formação de gelo no mar. Ao todo, meia centena de embarcaçõesde carga e de ferries gigentes sofreunestes dias as agruras do Inverno invulgarmente rigoroso que está a afectar a Europa.
Os ferries ficaram bloqueados à entrada do arquipélago de Estocolmo, onde o gelo se movimenta em grandes placas, tornando a navegação mutio difícil.
Estes ferries estão bem equipados para navegar através das finas camadas de gelo que cobrem o Báltico com frequência. O que explica o motivo de terem ignorado os avisos das autoridades para esta semana, que alertaram para a formação de gelo mais espesso.

DN -6.03.2010-

segunda-feira, 1 de março de 2010

A MINHA OPINIÃO

Assisti ontem a noite a um programa em directo do Coliseu dos Recreios, Lisboa, no canal televisivo da SIC.
O título do programa era "Uma Flor para Madeira" e as receitas dos bilhetes reverteram para as vítimas do temporal na Ilha da Madeira. Todos os artistas actuaram gratuitamente e além disso havia duas linhas telefónicas para o público poder contribuir com donativos.
Eu fiquei mais uma vez surpreendida com a solidariedade dos Portugueses que, em tempos de crise, com muitas pessoas sem emprego e com poucos recursos, quiseram ajudar aqueles que mais necessitam neste momento.
Os donativos ultrapassaram os 532 mil Euro!
Parabéns Portugueses!

Werngard