sábado, 28 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A MINHA OPINIÃO

Na passada Sexta-Fª, dia 13, o meu marido e eu fomos assistir a um concerto do grupo “Amira” no Auditório Municipal de Albufeira, integrado no IX Festival de Música Al-Mutamid.
Chegamos as 21.05 horas e o Auditório já se encontrava completamente cheio, com pessoas em pé e sentados nas escadas. Também nos sentamos nas escadas e esperamos que o espectáculo começasse.
Ao fim de 70 minutos (sem intervalo) saímos de lá, com dores nas costas e pernas adormecidas, mas valeu a pena!
O grupo constituído por três músicos, um cantor e uma bailarina derem um espectáculo excelente. A mistura da música árabe com a música e dança (Flamenco) espanhola foi muito bem conseguida.
A bailarina dançou com muita elegância mas também com muita garra!

Werngard

domingo, 15 de fevereiro de 2009

NOTÍCIA DA SEMANA

Nove portugueses inscritos em clínica que aceita eutanásia
Suicídio assistido: Instituição suíça já concretizou 961 pedidos de 55 países
Sete homens e duas mulheres portugueses estão inscritos na associação suíça Dignitas, que ajuda residentes e estrangeiros a recorrer ao suicídio assistido quando têm essa vontade. Ludwig Minelli, secretário-geral da instituição, disse ao DN que a Dignitas tem nove associados portugueses, mas avança que, até agora, não pediram para pôr fim à vida.
Laura Santos, professora na Universidade do Minho, a recuperar de um cancro, admite recorrer à Dignitas. Fala em "seguro de morte doce, para o caso de algo correr mal. Muitas vezes as pessoas não chegam a fazê-lo e podem desistir".
A associação tem mais de seis mil associados de 55 países, é a única da Suíça que responde a pedidos de estrangeiros, mediante o pagamento de uma inscrição de 130 euros e de uma quota anual de 53 euros. O procedimento custa dois mil euros, incluindo gastos com medicamentos, cremação e o envio do corpo para o país desejado.
Quando o sócio da associação toma a decisão de morrer de forma assistida - e que tem de ser validada por médicos - pode ir com a família. Toma uma substância para evitar o vómito e depois bebe, sem ajuda, o sódio pentobarbital misturado com água, que deixa a pessoa inconsciente e depois a mata, sem dor.
Minelli refere que as inscrições de portugueses começaram em 2003 e têm vindo a aumentar todos os anos. "Tenho indicação que são pessoas de Azeitão, Torres Novas, Lisboa, Braga, Colares, Resende, Faro e Moncarapacho", frisa o advogado. A mais noiva nasceu em 1976 e a mais velha em 1927, mas quase todos nasceram antes de 60.
A Dignitas concretizou "961 suicídios", na maioria de alemães, ingleses e franceses. o objectivo da instituição não é só ajudar quem pede, mas "defender o direito a acabar a vida sem dor e com dignidade". Minelli lembra que o suicídio assistido reduz as tentativas de suicídio. "Cerca de 49 em 50 tentativas não são bem sucedidas, em muitos casos, danos irreversíveis para a pessoa".
INTERVENÇÃO NA MORTE?
EUTANÁSIA: Morte do doente com intervenção médica, após pedido por escrito. O doente está em sofrimento e sem perspectiva de melhorar. A morte é combinada e analisada por mais do que um médico.
SUICÍDIO ASSISTIDO: Nesta situação é o próprio doente que põe fim à própria vida, ingerindo a substância letal. É esse o ponto diferenciador da eutanásia. Pode fazê-lo em casa ou em unidades de saúde.
MEIOS PARA MANTER VIDA: O uso de meios extraordinários para garantir a sobrevivência (tratamentos). A definição é polémica, visto haver quem inclua nela a alimentação e hidratação e quem as exclua.
MÉDICOS E LEI SÃO CONTRA
O bastonário da Ordem dos Médicos considerou ontem (11.02.2009) que a legalização da eutanásia seria um "risco social e um grande retrocesso civilizacional" e iria levar a um "desinvestimento na área da saúde". O Código Penal português não a permite, estabelecendo penalizações sérias para quem a pratique. O código deontológico dos médicos diz que a "utilização de meios extraordinários para a manter a vida no caso de pessoa ter morte cerebral ou a pedido do próprio doente. Mas já não admite essa possibilidade em caso de alimentação artificial.
DIREITO EXISTE EM QUE PAÍSES?
Na Suíça é permitido o suicídio assistido, autorizado por médicos. Tem de ser a pessoa a tomar a substância letal.
Na Holanda e na Bélgica (neste, só residentes) é permitido o suicídio assistido e eutanásia. O médico tem der estar presente.
Colômbia despenaliza eutanásia; Washington têm suicídio assistido.
Diário de Notícias 12.02.2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

TULIPA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Liliales
Família: Liliaceae
Género: Tulipa
Origem: Ásia Central

A tulipa L. é um género de plantas angiospermas(plantas com flores) da família das liláceas.
Com cerca de cem espécies, as tulipas têm folhas que podem ser oblongas, ovais ou lanceoladas (em forma de lança). Do centro da folhagem surge uma haste erecta, com flor solitária formada por seis pétalas. Cores e formas são bem variadas. Existem muitas variedades cultivadas e milhares de híbridos em diversas cores, tons matizados, pontas picotadas, etc.
O bulbo contém alcalóides termoestáveis e cristais de oxalado de cálcio. Manipulados libertam um pó que pode provocar conjuntivites, rinites e até crises de asma.
História
As tulipas são originárias da Ásia central e não dos Países Baixos, como o senso comum leva a imaginar. Foram levadas para a Holanda em 1560 pelo botânico Conrad von Gesner. O nome da flor foi inspirado na palavra turco.otomana tülbend, posteriormente afrancesada para tulipe, que originalmente significa turbante, considerando a forma da flor invertida. Algumas referências defendem que as tulipas seriam originárias da China, de onde foram levadas para as montanhas do Cáucaso e para a Pérsia.
Chinesas ou turcas, o facto é que elas se transformaram numa paixão para os holandeses e essa paixão foi tanta que gerou até uma especulação financeira envolvendo os bulbos desta planta, chegando a ser a quarta maior fonte de renda do país, no que ficou conhecido como mania da tulipas (ou tulipamania). A área mais antiga de cultivo de tulipas nesse país é a que circunda a cidade de Lisse. hoje, é a flor nacional da Turquia (é nativa lá) e do Irão.

MAR SONORO

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.

Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

NOTÍCIA DA SEMANA

Porco bísaro de Trás-os-Montes uma raça de suínos única em Portugal

Segundo o Recenseamento Geral de Gados no Continente do reino de Portugal de 1870, a definição de bísaro é o nome que se dá nas províncias do Centro e Norte do país a uma raça de porco esgalgado, pernalto e de orelhas pendentes para distinguir do porco roliço e pernicurto do Alentejo.
São animais que chegam a atingir mais de um metro de altura e metro e meio da nuca até à raiz da cauda. Apresenta-se com pelagem preta, branca ou malhada, pele grossa e com cerdas compridas, grossas e abundantes. A cabeça é comprida e espessa, com orelhas compridas, largas e pendentes, de face pouco desenvolvida e boca grande. Apresenta ainda o pescoço comprido e, normalmente, musculado.
Entre as características, distingue-se ainda o tronco comprido, dorso arqueado, tórax alto, achatado e pouco profundo, flanco largo e pouco descido, garupa estreita descaída e pouco musculada, ventre esgalgado. O membros são compridos, ossudos e pouco musculados. As coxas são de bom comprimento e deficiente espessura por serem pouco musculadas. São descritos como animais de temperamento bastante dócil, vagarosos e com movimentos pouco graciosos. Reproduz-se muito.
A carcaça do porco bísaro tem uma proporção de músculo maior que de gordura, obtendo-se uma carne pouco atoucinhada mas muito entremeada, cujo sabor é melhorado com a alimentação a que estes animais são submetidos que é rica e variada.
Actualmente a raça distribui-se essencialmente pela região de Alfândega da Fé, Bragança, Vila Flor, Chaves, Miranda do Douro, Mogadouro, Moncorvo, Montalegre, Valpaços, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira, Vila Real, Vimioso e Vinhais, sendo neste último onde se encontram o maior número de explorações. Podem ainda ser encontradas algumas explorações no Minho, Douro Litoral e Beira Litoral.

RECEITA
Ossos de suã com couves

Prepara o osso de suã aos bocados e deixe de molho um dia para o outro. Ponha-os a cozer em água com sal. Retire os ossos e no caldo coza uma couve e à parte 500 gr de feijão-frade. Num tacho refogado de azeite, 2 cebolas às rodelas, 2 dentes de alho picados, 1 folha de louro e salsa picada e deixe alourar. Junte-lhe a couve e o feijão. Continue o refogado erectifique temperos. Sirva numa travessa os ossos com a couve e o feijão.

Diário de Notícias - 1.2.2009


sábado, 7 de fevereiro de 2009

LENDAS DE PORTUGAL - IV - SILVES






O rapaz da guitarra
Duas boas aldeias do concelho de Silves queriam constituir freguesia, mas discutiam entre si por causa da localização da sede. De um lado era Cortes e do outro Messines, não se entendendo. Mas, finalmente, lá chegaram a um acordo.
Cada uma das aldeias arranjou um cavalo e um cavaleiro, depois o das Cortes foi para Messines e o de Messines para as Cortes. À mesma hora saiu cada um deles em direcção à sua terra. No lugar em que se encontraram foi construída a sede da sua freguesia. E é aí que se encontra implantada S. Bartolomeu de Messines.
Agora vamos a outra lenda. Esta diz-nos que nos limites da freguesia de Messines com a freguesia de S. Marcos fica o Pego da Carriça. Pois certa noite ali passava um rapaz que levava consigo uma guitarra. Ia para uma festa qualquer. E às tantas ouviu que o chamavam. E lhe pediam que tocasse a guitarra. Julgando que era alguém a querer gozar à sua custa, achou graça e sem se importar de não ver ninguém, toca de tocar a bom tocar. E então escutou uma voz que lhe dizia: "Por mais espantoso que seja, não te admires com coisa nenhuma!"
E o que é que aconteceu? Pois viu um porco a dançar ao som da guitarra. Logo a seguir viu um touro a fazer a mesma coisa. E não tardou que se lhes juntasse uma serpente. Ele só se ria, sem perceber muito bem o que se passava.
Às tantas, a serpente saiu do pego e veio enroscar-se nas pernas dele. E ele continuou a tocar. Mas a serpente ergueu a cabeça no intuito de lhe dar um beijo. Mas o rapaz, naquele instante, soltou as cordas e disse: "Valha-me Maria Santíssima!"
A serpente desapareceu. E o touro. E o porco. E uma voz zangada disse: "Ah, ladrão, que dobraste o meu encanto! A minha irmã ia dar-te um beijo e era só o que lhe faltava para ficarmos todos desencantados..."
"O que ela queria era tirar-me os óleos no baptismo!"
"Pois, mas perdeste grandes tesouros que estavam guardados para ti!"
Sem dar mais nenhuma palavra, o rapaz meteu a guitarra debaixo do braço e foi-se embora, jurando que nunca mais voltaria a passar por ali.
Bem, já agora não saímos da freguesia. Pois em S. Bartolomeu de Messines há umas casas grandes que as pessoas dizem estarem assombradas. Pois deu-as um homem a um afilhado que para lá foi viver com a mulher. Ele trabalhava nos campos, a mulher fazia-lhe a comida e ia levar-la. Um dia atrasou-se no cozinhar e apareceu-lhe um mourinho para a ajudar durante cinco anos. Se ela deixasse, ao fim desse tempo, ele dar-lhe-ia um tesouro, que lhe mostrou. Mas seria segredo. Ora ela começou a desleixar, fiada que ia ser rica. O marido, vendo-a diferente chegou de repente a casa e ouviu-a falar. Lá confessou que era o mourinho e contou-lhe tudo. Então começou a definhar até que morreu, castigada pelo ajudante. E o viúvo, triste, foi para muito longe.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

domingo, 1 de fevereiro de 2009

NOTÍCIA DA SEMANA

BOLÍVIA - Os índios liderados por um ayamara

A Bolívia é uma nação dividida entre as ricas regiões do leste e o pobre altiplano andino.
O país que deve o nome ao herói das independências da América, Símon Bolívar (1783-1830) é
uma mescla de culturas indígenas, que representam mais de 70% da população e mantêm a sua língua e cultura próprias. Num território com mais de um milhão de quilómetros quadrados (o dobro de Espanha), vive uma minoria branca, outra de mestiços e ainda 37 grupos étnicos. Os principais são os aymaras, que representam 32% da população de 9,3 milhões de habitantes, e os quechuas (18%). Nas últimas décadas, têm vindo a ganhar representação política, de tal forma que em 2005 foi eleito o primeiro presidente indígena no país, Evo Morales, um aymara.
Até então dominados pela elite branca, herdeira dos conquistadores espanhóis que chegaram em 1524, os indígenas procuram durante o mandato de Morales acabar com a discriminação de que têm sido alvos. Em parte porque eram poucos aqueles que falavam espanhol, preferindo comunicar em quechua ou aymara (as outras línguas oficiais). A proposta de Constituição, recentemente aprovada por mais de 60% da população, destaca a importância das etnias na formação da Bolívia. Um capítulo inteiro é dedicado aos direitos dos indígenas.
Apesar da aprovação do texto, a Bolívia é um país dividido entre as ricas regiões do leste, onde abundam o gás natural e as propriedades latifundiárias, e o pobre altiplano andino, onde vive a maioria dos indígenas. Os primeiros não querem dividir as riquezas do subsolo com os segundos, que continuam a adorar Pachamama, a terra mãe, e a plantar a folha de coca que já mascavam antes da chegada dos incas (no século XV). Os conquistadores trouxeram o catolicismo, que se tornou na religião oficial (apesar de se manter a ligação aos cultos indígenas). Mas a nova Constituição estabelece um país laico.

Diário de Notícias - 31.01.2009


Tradição: O culto à Pachamama, a terra mãe, é mantido pela maioria indígena. Essas tradições são seguidas pelo Presidente Evo Morales (segunda à esquerda), um índio aymara. Antes de tomar posse, fez questão de organizar uma cerimónia para pedir a aprovação dos deuses.


Folha de coca: Ainda os incas não tinham chegado ao território que hoje é a Bolívia e já se plantava a folha de coca. Os indígenas mascam-na para combater o cansaço.

Minas: Ouro, prata, zinco, gás natural (as segundas maiores reservas do continente) e petróleo. A exploração do subsolo da Bolívia é uma das principais actividades económicas.

Referendo: Mais de 60% dos eleitores aprovaram há uma semana a nova Constituição, que prevê mais direitos para os indígenas e dá ao Estado o controlo sobre os recursos naturais da terra.

Presidente: Evo Morales, um índio aymara, foi eleito em finais de 2005.