sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

LENDAS DE PORTUGAL - LXII - REGUENGOS DE MONSARAZ

UM AUTARCA E DOIS PENEDOS

Tão importantes quanto as lendas são as figuras lendárias. E em Reguengos de Monsaraz há uma figura que está bem à altura do histórico e multissecular burgo de Monsaraz. Trata-se de Manuel Papança que quando tomou posse de presidente do município em 1851 (o município foi criado  onze anos antes), teve como primeiro cuidado pagar do seu bolso à Fazenda Nacional, dívidas de tensas, nada menos que oito conto de réis, o que era uma certa fortuna para a época. Para além dos chamados trabalhos correntes, como fazer os paços do concelho e calcetar ruas, edificar escolas, cemitérios, hospital, ele foi o principal promotor da compra, divisão e aforamento, em glebas, dos  vastíssimos territórios da Casa de Bragança, dando origem ao plantio de mais de um milhão de cepas, desenvolvendo assim a vitivinicultura da região.  E se, então, se falasse do vinho,há certas colheitas que também podiam enfileirar-se, no livro de registos das lendas! Mas prosseguindo com este autarca de meados de século XIX, verificamos que por não ter sido modelo, pelo menos não fez escola, era, isso sim,um lendário mãos largas com a própria fortuna, pois a sua Quinta Nova passou para asilo. E se em 1876 fez da sua casa o chamado celeiro dos pobres, com catorze contos mandou construir a igreja. Não foram frequentes figuras destas na planície alentejana.
Não só no concelho de Reguengos de Monsaraz, como noutros, do Norte ao Sul do País, há pedras a que as populações atribuem um papel entre o lendário e o supersticioso. Neste caso, em S. Pedro do Corval,temos a rocha dos namorados, o chamado Penedo Sombreireiro. É uma mole granítica que terá como que três a quatro metros de altura, com a estranha forma de um ovo invertido, com a parte mais larga em cima. Houve já quem o achasse razoavelmente parecido com um cogumelo.
Quando em passeios pelo campo, as raparigas costumavam passar por lá e lançar pedras para a parte superior. Porém, o lançamento deveria ser feito com a mão esquerda, decerto para dificultar o lançamento às que não fossem esquerdinhas ou canhotas! Ora se a pedra atirada ficasse no topo do penedo, a moça casaria brevemente, talvez nesse mesmo ano. Porém, algumas faziam lançamentos tão maus que não só a pedra não ficava lá em cima como até desfaziam as perspectivas de um ou dois casamentos, pois arrastavam um ou duas pedras que lá se tinham mantido no topo!


E de uma pedra passamos a outra, à Rocha dos Andorinhas. É outro pedregulho enorme, assente sobre outros dois penedos mais pequenos, ficando com algo da aparência de uma anta. Ora a parte superior tem uma grande cavidade a meio e duas mais pequenas aos lados.
Pois a lenda corrente é que um homem da Aldeia do Mato, ali perto, em tempos remotos, andara com aquele penedo enorme à cabeça, amparando-o com as duas mãos. Como era muito pesado, amolgou-se mais profundamente no sítio que assentava sobre a cabeça e mais brandamente onde tinha as mãos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MEGAICEBERGUES AMEAÇAM PINGUINS

As mudanças nas condições climáticas normais, combinadas com o aumento de eventos extremos, podem dificultar a sobrevivência dos pinguins e até atrapalhar a capacidade de prever como vai ser o seu futuro. Os pinguins da Antártida são dependentes do gelo no mar como um habitat de forrageio (recolha de alimento), e a sua sobrevivência depende da capacidade de resposta às mudanças de curo e longo prazo do gelo no mar, conclui uma investigação publicada na PLoS Onee coordenada por Amélie Lescroël do Centro d'Ecologie Fonctionelle et Evolutive (CNRS), em França.
Durante 13 anos, os investigadores recolheram dados sobre acapacidade de forrageamento dos pinguins-de-adélia na ilha de Ross, na Antártida. A meio do estudo, o  desprendimento de icebergues gigantes permitiu-lhes determinar  como é que eventos ambientais extremos afetam estes pinguins.


As conclusões sugerem que estes animais são capazes de responder às mudanças "normais" de concentração de gelo,mas não aos eventos extremos, como a a presença de icebergues gigantes. Os pinguins-de-adélia foram bem-sucedidos a encontrar comida em concentrações relativamente baixas de gelo e aparentam ser capazes de lidar com a redução futura de concentração de gelo no verão. Já os icebergues gigantes reduziram o acesso dos pinguins à apresas .Estes resultados sugerem que um aumento de eventos ambientais extremos pode perturbar a capacidade dos pinguins para responder a mudanças no ambiente.
Segunda Amélie Lescroël, "os pinguins-de-adélia podem lidar com menos gelo marinho nos seus locais de reprodução de verão. No entanto, os eventos extremos, como o aparecimento de icebergues gigantes, podem modificar drasticamente a relação entre os pinguins-de-adélia e gelo no mar. Se os episódios extremos aumentam, vai ser difícil prever como os pinguins vão  contornar as futuras mudanças de gelo na mar".

DN 30.01.2014

sábado, 11 de janeiro de 2014

PAPA FRANCISCO

Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens.
Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti.
Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo.
Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer.
Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente.
Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade.
Com as coisas que vão nos acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

HOYA CARNOSA


A Hoya carnosa é uma trepadeira muito resistente e fácil de crescer. Também é conhecida como Flor de cera ou de porcelana por causa das suas pequenas flores: perfumadas e brancas ou rosadas com o centro vermelho, formam compactas umbelas semi-esféricas e têm um curioso aspecto que parece a cera ou a porcelana. As suas folhas são perenes, ovaladas e de cor verde escuro.
Floresce da primavera até ao verão e as flores duram bastante sobre a planta,.

Assim que as flores amadurecem, poderá ver como frutificam uns frutos redondos, pequenos, num vermelho brilhante. Não gostam de humidade em excesso.

domingo, 5 de janeiro de 2014

EUSÉBIO 1942 - 2014

Morreu hoje um dos maiores símbolos de Portugal.
Nascido a 25 de Janeiro de 1942 na então Lourenço Marques, hoje Maputo, Eusébio tornou-se o maior símbolo do futebol português. Vindo de Moçambique, depois de ter jogado no Sporting de Lourenço Marques, chegou ao clube de Lisboa no Inverno de 1960. Foi nessa década que o “Pantera Negra” mais brilhou nos relvados, no Benfica e ao serviço da selecção de Portugal, no Mundial de 1966, onde foi o melhor marcador.