sábado, 29 de outubro de 2016

LENDAS DE PORTUGAL - 95ª - MORTÁGUA

QUEM MATOU O JUIZ?

Aqui há uns anos ainda não se podia perguntar em Mortágua: Quem matou o juiz? Os mais velhos levavam a mal e podia ser que houvesse pancadaria. Porém, hoje já ninguém liga a essa brincadeira que atravessou os tempos com foros de tragédia. Há, mesmo, duas versões da lenda. Começaremos pela que joga com mais dados históricos. Pois vamos ao reinado de D. Afonso IV, façam favor.
Gil Fernandes de Carvalho, um dos senhores de Carvalho e Cercosa, nascido ainda em tempos de D. Dinis, era um homem poderoso e rico. Por qualquer razão, o juiz de fora de Mortágua mandou açoitar-lhe um moço de esporas, sentença esta que foi confirmada pelo corregedor da comarca. Gil Fernandes entendeu que o magistrado abusara dos seus poderes afrontando a sua fidalguia e mandou espancá-lo até à morte. E enquanto apanhava, o juiz e quem mais fosse escutava o pregão "Justiça que manda fazer Gil Fernandes!" Ao que se disse, o juiz de fora não só perdeu a vida como as orelhas e o nariz!

Mas há uma versão um pouco diferente. Nesta, o juiz de fora terá exorbitado de funções perante a população. Esta tocou o sino a rebate e prendeu o juiz, levando-o para os limites do concelho de Mortágua. Aí foi assassinado, usando os seus executores sachos, forquilhas, foucinhas, etc.
D. Afonso IV, sabedor deste crime, mandou indagar e o funcionário régio que se deslocou à terra, perguntando a cada pessoa quem matara o juiz, ouvia sempre a mesma resposta: "Foi Mortágua!" Agora com o que Mortágua não contava era com séculos de engraçadinhos que a primeira coisa que faziam ao chegar ao largo principal era perguntar, com ar de mofa: "Quem matou o juiz?" E alguns, embora levassem orelhas e nariz à saída do concelho, também levaram os lombos aquecidos...

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

CLARICE LISPECTOR



Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.
Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

ZÍNIA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Ordem: Asterales
Género: Zinnia
Sinónimos: Zabumba, Flor-de-São Jacó,
                    Canela-de-Velha, Moças-e-Velhas



Zinnia (nome botânico, popularmente zínia, é um género botânico pertencente à família Asteraceae, são nativas em pastagens que se estendem desde o sudoeste dos Estados Unidos até a América do Sul, com um centro de diversidade no México.
Plantio
As zínias são geralmente cultivadas a partir de sementes plantadas directamente no local definitivo e com bastante luz solar. A luz solar e a boa ventilação previnem o míldio que também aparece nas plantas em locais de clima húmido ou por excesso de irrigação.
Destaca-se como tendo forte potencial económico por ser de fácil cultivo, pode ser plantada em qualquer época do ano, dentre as espécies de maior potencial destaca-se a Zinnia elegans (Jacq), devido à abundância e à diversidade de cores de suas flores, à grande variedade de forma das pétalas e à possibilidade de ser cultivada durante todo o ano. Uma característica de grande importância na cultura da zínia, é o seu longo período de florescimento, pois após cada colheita, as gemas localizadas na base do ramo se desenvolvem, resultando na emissão de novos ramos e, consequentemente, de novas flores.
Género e espécies
género Zinnia consiste de 19 espécies de ervas anuais ou arbustos perenes ou semi-perenes. O género foi nomeado em homenagem ao professor de anatomia e botânico Johann Gottfried Zinn,  que descreveu a espécies agora conhecida como Z. peruviana.
Zínia parece ser uma das flores preferidas de borboletas e muitos jardineiros adicionam zínias especificamente para atraí-las.