sexta-feira, 30 de junho de 2017

LENDAS DE PORTUGAL - 103ª - CORVO

ALI, FAQUIR E PIRATA CORVINO

Um olhar para as Açores, exactamente à Ilha do Corvo, em pleno século XV. Havia ali uma mulher solteira que tinha um filho, o que, para a sociedade local de então era motivo para ser rejeitada. Às vezes, chegava-se ao ponto de obrigarem as mães solteiras a abandonarem a ilha. E no caso desta, atribuíam-lhe mesmo poderes maléficos, chamavam-lhe bruxa.
Com tudo isto, se ela sofria, a criança, conforme crescia e ganhava consciência, tomava-se um ser amargo e revoltado. O moço sofria dolorosamente as humilhações que via a mãe padecer e sempre também sobravam para ele.
Coisa natural naqueles tempos, numa data altura, a Ilha do Corvo foi assaltada por piratas argelinos, que ali iam abastecer-se. O rapaz não quis saber de mais nada, logo aproveitou para se oferecer a acompanhá-los. Era a maneira que encontrava para se livrar da ilha que tão mal o tratara. E, depois, como a mãe já morrera, que ficava ali a fazer?
Os piratas argelinos fizeram uma grande viagem, indo depois dar a Túnis, onde o moço corvino foi oferecido a um faquir, mudando-lhe este o nome de Alípio para Ali. Com o seu amo e mestre, aprendeu tudo o que pôde, que lá esperto era ele. Não tardou a ter poderes de faquir: via a distâncias incalculáveis, deixava-se cortar pelas finas lâminas sarracenas e num ápice ficava curado. No peito ostentava a tatuagem do pentagrama, demonstrativa da sua autoridade como faquir. 
Mas há sempre um mas nestas lendas. E o mas de Ali era que, mesmo sendo um faquir, lhe aborrecia a penitência e o voto de pobreza que lhe cabia cumprir. Por outro lado, bailava-lhe na cabeça os vexames que com a mãe suportara na Ilha do Corvo e queria vingar-se. Como ouvia a voz da mãe dizer-lhe sempre:
"Pobreza não é vileza, mas é um ramo da picardia..."
Assim, atingindo a idade adulta dotado de saberes e poderes invulgares, não hesitou em arranjar tripulação para dois barcos de piratas, que passou a comandar.
De Larache, onde amara os barcos, Ali saiu para Corvo. Aí chegados, fundeou perto da baía da praia, para não serem vistos do Corvo, mas reparou neles uma corvina que por ali andava às lapas. E a mulher deu o alarme. E quando os piratas desembarcaram numa chalupa, a entrada da ilha estava tomada pelos corvinos que lhes lançaram pedras, obrigando-os a fugir para a chalupa. Porém, como se levantasse forte ventania, a embarcação voltou-se e os piratas, entre os quais Ali, não conseguiam nadar para os barcos, que era difícil e longe, nem regressar à praia onde os matariam. Desconfiaram que o comandante os queria entregar aos corvinos e cortaram-lhe o pescoço. Depois conseguiram salvar-se.
A cabeça foi dar à praia onde a reconheceram. Enterraram-na na areia, mas todas as noites ela se desenterrava e ululava pelos rochedos. Até que um dia ficou sob a areia para sempre...




sábado, 17 de junho de 2017

JOAN BAEZ



Você não pode escolher como vai morrer ou quando.
Você só pode decidir como viver para que não tenha sido em vão.

domingo, 4 de junho de 2017

FAMÍLIA PANDA A CRESCER


Estes são os primeiros pandas-gigantes a nascer em 2017 num centro de pesquisa que se dedica à protecção do panda-gigante, em Chengdu, na província chinesa de Sichuan. A mãe, Zhi Zhi, deu à luz dois machos no final de Abril que fizeram as delícias dos tratadores.
As primeiras semanas foram um desafio para esta família uma vez que, sendo a primeira gravidez de Zhi Zhi, esta não tinha leite suficiente para as duas crias. 
Mas passado o primeiro susto, o centro garante que estão os três em perfeitas condições de saúde. Este centro para pandas-gigantes foi inaugurado em 1987 com apenas seis animais resgatados. A taxa de fertilidade dos pandas que não estão em cativeiro é extremamente baixa.
Trinta anos depois, são já mais de cem os indivíduos que vivem neste ambiente protegido.

Notícias Magazine nº 1306

sexta-feira, 2 de junho de 2017

ÍRIS GERMÂNICA

Nome Científico: Iris germanica
Nomes Populares: Íris, Flor-de-lis, Íris-barbado
Família: Iridaceae
Categoria: Bulbosas, Flores Perenes
            Temperado, Tropical
Origem: Europa


A Íris germânica é uma das espécies do género Íris que mais contribuiu para a formação dos populares híbridos actuais. Suas folhas são longas e laminares, como espadas, e medem cerca de 60 cm de comprimento. Elas são verde-azuladas e ficam dispostas em leque, partindo dos espessos rizomas. Estes rizomas são conhecidos por sua fragrância, quando secos e moídos, o que os torna muito utilizados em perfumaria.
As inflorescências surgem na primavera e verão e são compostas por cerca de duas flores. As flores são típicas do género Íris, com três sépalas caídas e três pétalas erectas. Cada sépala apresenta um tufo de pêlos em sua linha média, na parte superior – a barba da íris. Esta barba é geralmente branca com amarelo. As flores são originalmente azuis ou brancas, mas actualmente há centenas de híbridos e variedades das mais diversas cores e combinações em degradeé. Ocorrem ainda variedades com folhas variegadas de branco.

Cuidado: A seiva e outras partes da planta podem ser tóxicos se ingeridos ou em contacto com a pele.