Minha terra embalada pelas ondas,
Lindo país de mouras encantadas,
Onde o amor tece lendas e onde as fadas
Em castelos de lua dançam rondas...
Oh meu Algarve, quero que me escondas...
Que na treva da morte haja alvoradas!
Hei-de sonhar com moiras encantadas,
Se eu dormir embalado pelas ondas...
Quando o sol emergir detrás da serra,
Sempre será... da minha terra
A fecundar-me o chão da sepultura...
Ao pé dos meus, na minha aldeia querida,
A morte será quase uma ventura,
A morte será quase como a vida...
(Francisco Xavier Cândido Guerreiro)
sábado, 5 de setembro de 2009
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