segunda-feira, 25 de abril de 2011

NOTÍCIA DA SEMANA

FLOR-CADÁVER mostra todo o esplendor... e cheiro na Suiça

O tamanho é imponente, mete respeito, é rara, e, por isso, já conquistaria muitas fotografias aos curiosos. Mas não chega. Para esta flor, as fotografias e os filmes não são suficientes para fazer jus ao seu sucesso, pois é mesmo preciso cheirá-la para realmente perceber a sua diferença mais característica e que a torna tão famosa. Só que não será agradável, pois tem um cheiro de cadáver.






Não é então de estranhar que seja conhecida por flor-cadáver (nome científica de amorphophallus titanum), mas também por jarro-titã. É um dos 134 exemplares cultivados e registados em jardins bontânicos e desabrochou na Basileia, Suiça. Há 75 anos que os suiços não viam um exemplar destes mostrar todo o seu esplendor.

No casa específico da flor do jardim botânica na Basileia, foi plantada há 17 anos. Foi o tempo que precisou para chegar aos 20 quilos necessários para desabrochar. Tem quase dois metros de altura, mas esta espécie pode atingir os três metros e os 75 quilos de peso. A espécie está entre as maiores do mundo e, no passado, já ostentou mesmo a designação de maior de todas as plantas.

A notícia foi de imediato espalhada e há uma forte razão para a pressa: é que a flor mostrou-se na sexta-feira e hoje pode já estar murcha. O jardim botânico esperava que até a flor desaparecer recebesse cerca de dez mil visitantes, de preferência, em 24 horas. E para suscitar a maior curiosidade possível, foi colocada uma web-cam a filmar a flor e o link foi visto mais de cem mil vezes.

Desaparecer, mas não morrer. A flor-cadáver pode viver até aos 40 anos. Contudo, só dá flor duas a três vezes durante esse tempo. O habitat natural desta planta tropical - que, segundo os especialistas, está seriamente ameaçada - é na floresta da Samatra, no arquipélago da Indonésia.

Tudo começa com um pequeno tubérculo que liberta uma única coluna afilada e que cresce, em média, 16 centímetros por dia. Ao desabrochar, a flor liberta o famoso cheiro a cadáver, que atrai os insectos que a polinizam.

DN - 25.04.2011-

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