domingo, 29 de abril de 2012

LENDAS DE PORTUGAL -XLI VAGOS -

AS OSSADAS DE ESTÊVÃO COELHO

O culto de Nossa Senhora de Vagos envolve várias lendas e milagres, mas destaca-se como seu decoto mais querido um fidalgo da Beira-Serra chamado Estêvão Coelho. Mas lá iremos que, para já, importa contar que, no reinado de D. Sancho I, naufragou um barco francês diante da praia da Vagueira. Salvou-se o comandante, assim como alguns dos seus marinheiros. Nadaram para o areal, trazendo consigo uma imagem de Nossa Senhora. Dado o peso, logo a esconderam entre uns arbustos e dirigiram-se para a Esgueira, que era a povoação que viam mais próxima. O comandante dirigiu-se ao padre da freguesia e falou-lhe na imagem. Não tardou que ele e muita gente da população se dirigissem aos arbustos para recolher Nossa Senhora. Só que não a encontraram, o que muito os decepcionou.
Obviamente em clima de lenda, D. Sancho I, que se encontrava em Viseu, viu Nossa Senhora em sonho, tendo sabido onde se encontrava a imagem, para lá se dirigiu com o seu séquito. Neste ponto há uma lenda divergente que nos diz ter Nossa Senhora aparecido a um lavrador indicando-lhe o sítio onde se encontrava, manifestando-lhe o desejo de ter aí uma capela. Mas a primeira deve ser mais certa porque o rei mandou fazer uma capela e uma torre militar, esta destinada a proteger aquela praia de ataques piratas. E desta torre ainda há vestígios de uma parede de certo tamanho, designados Paredes da Torre, a um par de quilómetros da actual capela, que fica a mil metros da vila de Vagos. Esta segunda capela data do século XVII, tem várias lápides sepulcrais e constitui o que se pode chamar santuário. Diz-se que chegou a ter contíguas umas habitações onde se recolhiam em oração quer os condes de Cantanhede quer os senhores de Vila Verde. porém, destas já não há sinal.
Conta a lenda que o primeiro milagre sonante de Nossa Senhora de Vagos no seu primitivo santuário, o que ficava junto da torre, foi curar da lepra Estêvão Coelho. E tão contente ficou este que doou grande parte das suas terras ao santuário, ficando a viver ali, como eremita. E quando faleceu, foi enterrado dentro da própria capela.
Quando se construiu o novo santuário, por manifesta ruína e pequenez do primitivo, quatro vezes trouxeram a imagem e outras tantas ela regressou ao seu lugar de origem. Por fim, foi percebido o que Nossa Senhora pretendia dizer. E l´+a abriram o túmulo do seu primeiro grande devoto e transladaram-lhe as ossadas para o novo e actual santuário. "Logo ficou a Senhora sossegada e satisfeita", diz um dos textos da lenda. E uma pedra com o nome de Estêvão Coelho lá está como memória.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

MAIOR INSETO SUBTERRÂNEO TERRESTRE DA EUROPA DECOBERTO NO ALGARVE

O maior inseto subterrâneo terrestre da Europa foi descoberto nas grutas do Algarve, pela bióloga Ana Sofia Reboleira, aumentando assim para sete as novas espécies descobertas em Portugal. Vulgarmente conhecido como "peixinhos-de-prata" ou "traças-dos-livros", este inseto tem o nome científico Squamatinia algharbica e, segundo esta bióloga, "tem a particularidade de ser o maior inseto subterrâneo da Europa e o segundo maior tisanuro do mundo". Com três centímetros de comprimento, sem olhos, despigmentado e possuindo apêndices como antenas e cercos "extremamente desenvolvidos", este inseto é um novo género e uma nova espécie, que "vive apenas nas grutas do Algarve, desenvolvendo todo o seu ciclo de vida no meio subterrâneo e não sobrevivendo no exterior", explica Ana Sofia Reboleira. Trata-se de "uma relíquia biogeográfica, que terá sobrevivido a vários episódios de alterações climáticas, refugiado no meio subterrâneo" que habita, ou seja, nas mesmas cavidades de grutas do maciço algarvio onde a bióloga descobriu em 2010 um pseudoescorpião gigante.
Dica/Lusa

domingo, 22 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

MANDEVILLA

Classificação científica:
Reino:
Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Gentianales
Família: Apocynaceae
Género:Mandevilla

A Mandevilla ou Dipladênia é uma trepadeira semilenhosa e volúvel, conhecida internacionalmente por sua belíssima floração. Ela apresenta folhas perenes, coriáceas, elípticas a lanceoladas, com nervuras bem marcadas e de coloração verde-escura. Sua floração é mais intensa na primavera e verão, mas pode se estender por todo ano em regiões de clima quente.
Nas inflorescências, em pequenos rácemos, despontam as belas e chamativas flores em forma de trombeta, enormes em algumas variedades, chegando a 10 centímetros de diâmetro. As flores da Dipladênia geralmente são simples e de coloração rósea com o centro amarelo, mas podem ser dobradas e totalmente rosas, vermelhas ou brancas.
O sucesso da Dipladênia no paisagismo é indiscutível. Ela é muito rústica e precoce, florescendo desde jovem. Seu porte é médio, podendo alcançar cerca de 2 a 3 metros de altura. Seu perfume é bastante peculiar e lembra o aroma de chiclete tutti-frutti. A seiva leitosa da Dipladênia é tóxica e pode provocar queimaduras na pele e mucosas.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

IMAGEM DO DIA

Quase nas nuvens...


Rossel Sabourin a escalar o "Vaso de Flor", uma torre de pedra no Portal Peak no Parque Nacional de Banff, no Canadá.

domingo, 8 de abril de 2012

NOTÍCIA DA SEMANA

MESA GIGANTE ASSINALA A PÁSCOA EM VILA PRAIA DE ÂNCORA




Mais de 150 empresários de Vila Praia de Âncora, Caminha, transformaram este sábado quase 400 metros de rua na maior mesa da Páscoa do país, entre doces típicos da época ou peças de artesanato. A organização pertence ao Movimento dos Empresários do Concelho de Caminha e que pretende a valorização das tradições gatronómicas da Páscoa e a promoção da cultura regional. "O nosso objetivo é o dinamizar o concelho, criar movimento que origine consumo no nosso comércio", explicou Paula brito, dona de uma farmácia. "Fiquei fascinado com a vontade deste grupo de gente de todas as áreas comerciais que se uniu com muita vontade de dinamizar o comércio e atrair os clientes", garante também Amândia Rodrigues, dono de um restaurante na vila. A ideia de recriar em ponto gigante a tradicional mesa da Páscoa do Alto Minho partiu dos empresários para contrariar a crise. Já pensam no próximo ano em entrar para o livro dos recordes do Guinnes, com uma mesa de Páscoa de 600 metros.

DN - 8.4.2012-