quarta-feira, 30 de julho de 2014

LENDAS DE PORTUGAL - LXVIII - TORRES NOVAS

MARIA E MANUEL

O padre Augusto Durão, na sua monografia de Torres Novas (1942), arquiva uma curiosa lenda sobre o que ele chama de primórdios cristãos da atribulada cidadela. Vamos dar-lhe a palavra:

Havia, por esses conturbados tempos, nas viçosas margens do Almonda, uma formosa moura, convertida a fé cristã que fazia apostolado entre os da sua gente.
Com ela tratava repetidas vezes, mas furtivamente, assuntos da fé, um esforçado cavaleiro cristão, de nome Manuel, que na esbelta moçárabe encontrava valiosa cooperadora do seu proselitismo.
Ao fim de cada entrevista, dos lábios de Maria - assim se chamava a conversa - saía invariavelmente, por despedida, a famosa palavra do Mestre: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça..."
Ao que o Manuel respondia, completando a frase:
"Porque deles é o reino dos céus."
Assim andavam enamorados no mesmo ideal cristão, que viviam ao calor inebriante duma fé alta e depuravam nas ásperas lutas com os inimigos da Cruz.
Certo dia, Maria confidenciou a Manuel que fizera a Deus o voto da sua vida para que as Torres Novas voltassem a abrir ao culto dos cristãos, as portas das suas ermidas.
E o nobre cavaleiro assegurou-lhe que mais fazia ela pela causa cristã oferecendo a Deus, generosamente, a vida, do que ele arriscando-a em duros combates.
Despediram-se,  e por muito tempo não tornaram a encontrar-se.
Rodaram anos. Repelidos definitivamente os árabes, reconstrói D. Sancho I o castelo, povoa de cristãos a vila e reabre ao culto as capelinhas da fortaleza.
Maria foi das primeiras pessoas a galgar a encosta íngreme do castelo. Arrebatada de mística emoção, na ânsia de dar graças a Deus, entra jubilosa na primeira torre que encontra.
Celebrava-se missa. Maria aproximou-se do altar e reconhece Manuel no celebrante que descia a dar-lhe a comunhão. A alegria sufoca-a, comunga com dificuldade.

"Torres Novas" murmura baixinho, "Vigiai... para que não tornem a derrubá-las."
E o sacerdote, amparando-a com suavidade, responde com a voz embargada em lágrimas:
"Nem derrubar nem envelhecer.. quanto mais velhas, mais novas serão nas almas, pujantes de vida cristã, para glorificação de Portugal."
E Maria finava-se nessa hora, nos braços do sacerdote-cavaleiro.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

CASA DO SAL E DA CULTURA - CASTRO MARIM


Mesmo à beira do Rio Guadiana, a paisagem que envolve a vila de Castro Marim é toda feita de sal. Dos sapais emergem as salinas que desde há muito são a imagem de marca do concelho e uma importante fonte natural de riqueza.
Em homenagem à história do comércio do sal e com o objectivo de valorizar a actividade salineira e a biodiversidade das salinas, foi inaugurada em junho a "Casa do Sal".
Localizado no antigo edifício da Balalaica, este novo equipamento foi apresentado pelo município como casa cultura, "um espaço que se pretende dinâmico e próximo da comunidade". Idealizada há vários anos, só agora foi possível concluir esta obra.
Ainda em fase experimental, sem horários bem definidos, conforme  indicou uma responsável da autarquia, a "Casa do Sal" está aberto ao público, com entrada gratuita, e organiza-se em três valências:
um espaço de merchandising, associado ao sal de Castro Marim, uma área de exposições e um espaço multimédia, que integrará uma rede de circuitos de visita à Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António.

Dica da Semana - 24.7.2014

quinta-feira, 17 de julho de 2014

CHARLES SPENCER CHAPLIN


A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

BOTÕES-DE-OURO




Unxia kubitzkii, com nome popular botão-de-ouro é uma planta florífera perene, herbácea e erecta, nativa do Brasil.

Características

Possui de 30 cm a meio metro de altura, suas flores têm uso decorativo. As folhas são simples, de cantos serrilhados, pecíolos curtos e de cor amarelados. As flores são pequenas, agrupadas em capítulos também pequenos, na cor amarelo-ouro que saem em hastes axilares solitárias. Sua floração dá-se durante todo o ano.