segunda-feira, 29 de setembro de 2014

LENDAS DE PORTUGAL - LXX - GRÂNDOLA

O JAVALI E O FORAL

Pois querem saber o que é que fez com que Grândola adquirisse, no século XVI, um tipo de importância que lhe provocou, quase subitamente, um extraordinário crescimento? Pois foi um javali que, no seu passeio matinal, passou pelas cercanias de um palácio mandado construir por um filho legitimado do rei D. João II! Pelo menos é o que nos conta uma lenda de Grândola - a vila morena, a terra da fraternidade, belamente cantada por Zeca Afonso.
Pois a lenda de Grândola é muito interessante, mostrando-nos quanto semelhantes são, através dos tempos, as motivações particulares de alguns gestos administrativos! Ora vejamos o ano de 1527, quando Grândola era só uma aldeiazinha de 45 habitantes e em cujos arrabaldes não haveria mais de duzentos casais. Porém, não tardou em obter foral de vila com as respectivas justiças. E sabem porquê? Contamos. Entre os bastardos do chamado Príncipe Perfeito, seja o rei D. João II, contava-se o legitimado Jorge Lencastre. Ora este tinha um grande gosto pelas caçadas. Fosse caça grossa ou caça miúda, a actividade cinegética estimulava-o muito. E quanto a espaços de prática, os matorrais cerrados das cercanias de Grândola tinham a sua preferência. Ali nunca se acabavam os javalis, as raposas, os coelhos e as perdizes, as lebres e as galinholas, os pombos, tudo. Andava ele e a sua comitiva de caçadores e cães, numa verdadeira roda-viva, em caçadas e mais caçadas. E gostava tanto Grândola que ali mesmo mandou construir um palácio. Assim poderia ter as comodidades a que estava habituado na cidade e abrigar os seus acompanhantes. E se a princípio viajava da capital para aquele belo recanto alentejano, não tardou que acabasse por se fixar ali.
Assim, uma certa manhã, Jorge Lencastre encontrava-se à janela do seu palácio, pensando no que iria fazer nesse dia. A seu lado tinha o cão favorito. De repente, este começou a agitar-se, enquanto se escutava um remexer de arbustos. E, para espanto do filho de D, João II, irrompeu a espaço aberto um corpulento javali.
Imediatamente o príncipe pôs a sua máquina de caça em movimento. Os amigos e os criados correram a armar-se, a soltar os cães, os cavalos aparelhados num segundo. À frente de todos se pôs Jorge Lencastre, de lança em riste. O seu olhar andava de um lado para o outro, procurava alguém.


De facto, em vão buscava o seu melhor caçador. Saíram em busca do javali, que entretanto se voltara a ocultar na mata. Toques de corno, tilintar de armas, mas nada, nunca mais o viram. Lencastre continuava a procurar o tal caçador. Bem, não apanharam o javali nem o caçador apareceu. Este encontrava-se numa audiência judicial em Alcácer do Sal, pois em Grândola não havia tribunal. E a verdade é que o príncipe, para evitar ficar desprevenido, pediu ao pai foral para Grândola de modo a obviar futuramente situações do estilo. E a 22 de Outubro de 1544, o foral foi passado. E essa foi a primeira etapa do desenvolvimento da Vila Morena.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

SARAMAGO E CORTIÇA A CAMINHO DO GUINNESS

Desde finais de agosto, que está a ser construído no Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sôr, onde irá ficar exposto de forma permanente, o maior mosaico do mundo elaborado com rolhas de cortiça. A ideia surgiu por parte do albanês Saimir Strati, já detentor de sete recordes do Guinness.
Esta obra, que surge em homenagem ao Festival Sete Sóis Sete Luas e à sua relação especial com o Prémio Nobel José Saramago, está a ganhar forma com a "ajuda" de cerca de 300 mil rolhas de cortiça, e irá ocupar    uma área total de 108 metros quadrados. Serão 24 metros de comprimento por 4,5 metros de altura, que a organização espera     que possa colocar a cidade de Ponte de Sôr, José Saramago e a cortiça no Guinness.
                                 

A apresentação deste mosaico está agendada para o dia 27 de setembro, com a presença de um juiz da instituição britânica Guinness World Records, para a certificação oficial do recorde Mundial. Esta iniciativa conta com o apoio do Festival Sete Sóis Sete Luas, de várias empresas transformadoras de cortiça, sediadas no concelçho de ponte de Sôr, e da Entidade Regional de Turismo Alentejo que se associa a este projeto no âmbito da candidatura do montado a Património da Humanidade.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

HELEN KELLER



Quando uma porta da felicidade se fecha,outra se abre. 
Muitas vezes ficamos tanto tempo olhando para a aporta fechada que não vemos a que se abriu.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

NUDISMO NA CIDADE

Desde o mês de abril é possível e legal andar sem roupa em Munique. Há seis zonas onde as pessoas podem estar nuas sem medo de serem detidas pela polícia. A nudez é uma prática informal na Alemanha há quase um século, mas só agora é que a autarquia avançou para a legalização.
A cidade de Munique aprovou uma lei que instituiu seis zonas de nudismo: Flaucher, Brudermuhlbrucke, Mittlere-Isar-Straße, Eisbach, Schwabinger Bucht e Feldmonchinger See.
Com esta decisão, a autarquia ‘tapou’ um vazio legal que se prolongava desde o ano passado, quando expirou uma lei regional da Baviera que proibia o nudismo para apanhar banhos de sol em locais públicos da cidade. 
Era uma lei que não tinha grande aplicação prática: num dos maiores parques de Munique, o “Jardim dos Ingleses”, o nudismo era uma prática realizada por muitas pessoas desde os anos 60 do século passado.
“Nestas seis áreas, localizadas em zonas arborizadas, existe um certo grau de privacidade sem que estejam isoladas ou escondidas por vedações. Um destes locais fica a menos de dez minutos, a pé, da principal praça de Munique e abrange uma linha de água muito procurada por turistas”, salienta o site Atlantic Cities.
Para além de tomar banhos de sol, as pessoas podem passear ou fazer piqueniques em qualquer uma destas seis áreas de ‘nudismo legal’.
A imprensa alemã salienta ainda que os germânicos têm uma reputação, em algumas zonas balneares da Europa, de serem “obsessivos” pelo nudismo e pelos banhos de sol.
“Ao permitir os banhos de sol a nudistas nestas seis áreas, Munique está a admitir, de várias formas, que esta prática tem sido corrente ao longo dos anos”, salientou o mesmo site.
Na Alemanha, o nudismo é permitido nas praias desde 1920.
“O que os alemães fazem é manter uma certa tradição cultural de escapar à pressão e ao artificialismo da vida nas cidades para regressar a algo supostamente mais natural. Tirar as roupas em público é como remover uma máscara pesada, regressar à honestidade e não promover o exibicionismo”, sustenta o Atlantic Cities.
No Mail Online, um colunista apresenta uma opinião convergente: “sempre que o sol espreita, os habitantes de munique, de todas as idades, feitios e tamanhos, tentar apanhar alguns raios tal como a natureza os fez. É considerada a melhor ‘escapadinha’ após o almoço e o melhor convívio entre amigos”.


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PLUMERÍA















A Plumeria é uma arvore da América Tropical que atinge cerca de 4 a 8 m de altura.Tem caules grossos de casca lisa, acinzentada. Os ramos de aspecto suculento segregam uma seiva leitosa, quando cortados ou podados.Tem folhas verde-escuras, com cerca de 30 cm de comprimento que nascem na ponta dos ramos e caem no Inverno/Primavera nos países não tropicais.


Do Verão até o Outono as fores da pluméria podem ser apreciadas, reunidas em grandes inflorescências terminais, nas cores vermelha, creme, branco ou rosa, exalando um delicado perfume semelhante ao do jasmim.



A pluméria requer sol pleno e para viver fora do clima tropical deve ser recolhida ou ficar abrigada durante o Inverno.No Algarve pode ficar perfeitamente no exterior.No jardim público de Tavira vivem umas há anos. Em Lisboa conheço uma rapariga que tem uma num vaso do terraço abrigado e dá flores (rosa com centro amarelo) maravilhosas. Não tolera solos demasiado encharcados nem geadas. Multiplica-s por sementes ou estacas.ARANDA DO F
Livro da autoria do moçambicano Mia Couto, publicado em 1996. Provável alegoria à passagem do tempo e à morte sob a 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

27 CANECAS DE CERVEJA



O alemão Oliver Struempfel estabeleceu um novo recorde do Guinness ao carregar 27 canecas de um litro de cerveja durante 40 metros. A "proeza" foi alcançada em Abensberg (Alemanha) e, segundo a organização do concurso, as canecas pesavam 62 quilos.

domingo, 7 de setembro de 2014

FAJÃS DE SÃO JORGE CANDIDATAS A RESERVA DA BIOSFERA DA UNESCO



O Governo Regional dos Açores vai candidatar as Fajãs da Ilha de São Jorge a Reserva da Biosfera junto da UNESCO, depois das ilhas Graciosa, Flores e Corvo terem já conquistado esse estatuto.
São Jorge possui cerca de 80 Fajãs. É por isso que é conhecida como a "Ilha das Fajãs".
A Fajã é o nome dada a um terreno plano, situado à beira-mar e normalmente cultivável, que resulta do desprendimento de materiais das encostas.
Estas plataformas costeiras são muito comuns nos Açores, onde aparecem em quase todas as ilhas, mas é em São Jorge que existem em maior número. São considerados locais de grande tradição como tanto de vocação agrícola como de lazer, onde existem piscinas naturais, casas de veraneio e trilhos pedestres percorridos por locais e visitantes.

DN -7.9.2014-