sábado, 30 de maio de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - LXXVIII - CELORICO DE BASTO

A SANTA SENHORINHA

Deve-se a Braamkamp Freire, em Os Brasões da Sala de Sintra, uma concisa biografia de Santa Senhorinha, venerada em Terras de Basto. Pois essa biografia tem foro de lenda. E esta lenda começa com a morte de D. Teresa, a condessa de Basto, poucos dias após ter dado à luz aquela que viria a chamar-se Senhorinha. E este nome nasce da exclamação de seu pai ao vê-la tão pequena quando nasceu: "Ai! Quão miudinha és, minha senhorinha!"
Filha segunda dos condes de Basto, a menina foi educada por uma sua tia freira, Godinha por nome e irmã de Teresa. E a educação foi de tal modo que Senhorinha apenas pensava na sua entrega a Deus. Por isso, cumprindo sete anos, o filho de um conde muito rico apaixonou-se por ela. E disse-lho. Apesar da sua pouca idade, a menina respondeu-lhe que ela não estava reservada a fazer vontades a ninguém, nem ao pai nem ao pretendente. E este correu a contá-lo ao pai de Senhorinha.
O conde ficou irritado com a desfaçatez da filha, chamou-a logo. E ela lembrou-lhe que desde havia muito estava traçado o seu futuro como esposa de Deus! O conde ficou perplexo com a resposta da filha. Pensativo passou o resto do dia e, quando adormeceu, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor a confortá-lo, dizendo-lhe que, afinal, Senhorinha escolhera o melhor destino e, uma vez ela tinha decidido ser esposa de Jesus, que a deixasse seguir a vocação.
Logo pela manhã, o conde contou a visão que tivera à filha e nesse mesmo dia providenciou o início da construção de um mosteiro que passaria a designar-se como de S. João de Vieira. Seria sua primeira abadessa a cunhada freira beneditina, D. Godinha. Aí, em 970, o conde assistiu à profissão de fé de Senhorinha, que tinha pouco mais de oito anos.
Quando faleceu a abadessa Godinha, Senhorinha, que lhe herdou o cargo, pressionou a família para que edificasse um novo mosteiro em Basto e nele se recolheu.
No entanto, o estado de saúde da jovem não era muito bom. Os frequentes jejuns e a mortificação com os cilícios abalaram-na muito. Porém, já a nova abadessa tinha uma áurea de santidade. Fez com que aparecesse farinha quando já não havia que comer no mosteiro de Basto, mandou também calar as rãs cujo coaxar perturbava os cantos religiosos, arredou tempestades e quebrou os grilhões com que seu irmão foi preso. Porém, depois de morta, diz a lenda que deu vista a um cego, entre outros milagres que lhe são atribuídos.


sexta-feira, 22 de maio de 2015

JACARANDÁ



Félix de Avelar Brotero, botânico português que conheceu dois séculos -viveu entre 1744 e 1828- terá sido o responsável pela introdução em Portugal, em 1811, do jacarandá, uma árvore originária da América do Sul. Os primeiros exemplares terão sido plantados no Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa. Depois de aclimatizado, foi plantado por toda a capital portuguesa. O seu nome científico é Jacaranda mimosifolia e é considerada uma árvore de pequena porte, que ainda assim pode alcançar os 15 metros de altura. No inverno perde a folhagem e os seus frutos são autênticas cápsulas de madeira que, quando estão maduras, libertam centenas de sementes aéreas. 

DN -22.5.2015-

quinta-feira, 21 de maio de 2015

BORBOLETA 88


88 é o número gravado nas asas de uma borboleta, que habita o Pantanal brasileiro, e ao qual deve o nome.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

SAPO COCAS EXISTE!



Um cientista da Costa Rica anunciou a descoberta de uma nova espécie de "Sapo de Vidro" (glass frog), nas Montanhas de Talamanca. Brian Kubicki explica que o pequeno espécime semitransparente, cuja pele permite ver os órgãos, é um excelente indicador da "boa saúde deste ecossistema". A caricata imagem do sapo fez furor nas redes sociais, pelo seu aspecto curioso, de olhos esbugalhados e boa sorridente, que faz lembrar o célebre Cocas, dos Marretas. Ficamos em saber se também tem o seu característico bom humor.

Dica da Semana - 7.5.2015-

ÁRVORE DE PLÁSTICO VALE BRONZE



O fotógrafo português Eduardo Leal conquistou o terceiro prémio na edição de 2015 dos Sony World Photography Awards, na categoria de Campanha Profissional. Nascido no Porto e residente em Londres, o fotógrafo documental freelancer foi seleccionado entre 87 mi candidatos pela série de fotografias batizada de "Árvores de Plástico" ("Plastic Trees"). Este trabalho chama a atençºão para o efeito ambiental do abandono de sacos de plástico e foi produzido no planalto Altiplano, na região dos Andes, na Bolívia. Honrado com o reconhecimento, o fotógrafo espera acima de tudo que a distinção dê visibilidade ao projecto, que alerta para o problema da contaminação da natureza com sacos de plástico. Considerada uma das maiores competições de fotografia do mundo, os prémios Sony distinguiram o norte-americano John Moore com a Iris d'Or pelo trabalho "Ebola Crisis Overwhelms Liberian Capital".

Dica da Semana - 7.5.2015-

quarta-feira, 6 de maio de 2015

PAEONIE


Classificação científica:

Reino: Plantae
Classe: Angiosperms
Ordem: Eudicots
Família: Saxifragales
Género: Paeonia



Paeonia é um género de plantas com flor, frequentemente considerado como o único da família monotípica Paeoniaceae. O género tem ampla distribuição natural nas regiões temperadas do Hemisfério Norte, estando presente na Eurásia, Norte de África e oeste daAmérica do Norte. As fronteiras entre espécies deste género são pouco claras, razão pela qual as estimativas do seu número variam de 252 a 40.3 São maioritariamente plantas herbáceas, perenes, com 0,5 a 1,5 m de altura, mas algumas são arbustivas, com 1,5 a 3 m de altura.