quarta-feira, 30 de setembro de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 82ª - BAIÃO

FREI COMILÃO E O MOLEIRO

Entre comer e rezar, aquele frade do mosteiro de Ansede, Baião, inclinava-se pela primeira das práticas. Reinava João III e, se para o coro era o último, para o refeitório era o primeiro! E quando lhe ralhavam respondia:
"Muito comer, pouco rezar e nunca pecar leva a alma a bom lugar..."
E, um dia, os frades de Ansede decidiram ir comer uma boa merenda a Oliveira, mas evitaram dizê-lo a Frei Comilão. Porém, o nosso frade tinha um sexto sentido, e foi o primeiro a pôr-se a caminho.
Bem, Frei Comilão chegou junto do rio e não viu barca que o levasse para a outra margem, pelo que estendeu a sua capa sobre as águas e navegou, sendo o primeiro a chegar a Oliveira. E imaginem o espanto dos outros frades ao porem na relva a toalha das iguarias, dando de caras com Frei Comilão que sorria como quem dizia:
"Muito comer, pouco rezar..."
E como ainda há tempo, ouçam mais esta. Um moleiro foi nadar para ao Ovil, num poço entre os penedos do lugar do Giraldo. E quando quis sair da água, uma força oculta puxou-o e foi parar ao riquíssimo palácio de uma moura encantada! Ali esteve dois dias acordado e sem fome, queria ir-se embora, mas não podia.  Lembrou-se, então, de rezar um padre-nosso ao contrário, fórmula boa para quebrar alguns encantos. E resultou.
Os amigos já andavam à procura dele e contou-lhes o sucedido. Os outros revistaram o poço e não encontraram  palácio nenhum, chamando-lhe mentiroso. E ele disse que iria lá buscar uma prova. E foi, trazendo uma barra de ouro. Logo uma rapariga quis casar com ele, mas depois zangou-se dizendo que afinal ele não era. 

Ele desafiou-a a ir com ele ao palácio, mas ela teve medo. Tiveram dois filhos e um deles, chegando a adulto pediu ao pai que lhe comprasse um cavalo para correr mundo à busca de fortuna. O pai comprou também dois leões. E ele meteu-se a caminho, chegando a uma terra onde havia uma mata. Nessa mata havia uma bicha de sete cabeças que comia pessoas. Todos os dias se sacrificava gente daquela terra, até que calhou a vez à filha do rei. E quando o rapaz ia passar ao pé da mata viu uma linda menina a chorar. Não sabia que era a princesa, mas ela contou-lhe o que se passava. Ele agarrou nela e foi enfrentar a serpente. Ajudado pelos leões cortou as sete cabeças e as respectivas línguas embrulhando estas num pedaço de vestido da princesa. Depois despediu-se da jovem dizendo que mais tarde daria notícias. O rei ficou muito contente e deu uma grande   festa dizendo que casaria a princesa com o salvador. Um embusteiro encontrou as cabeças e levou-as ao rei. A princesa dizia que não era ele, mas o rei julgava que ela mentia. O filho do moleiro pegou na sua trouxa e foi ao palácio real. O rei não o queria receber, mas ela arranjou maneira de mostrar que às cabeças faltavam as línguas que ele ali tinha embrulhadas num bocado do vestido da princesa. E casou com ele. O outro irmão esse ficou como o pai  mais um moleiro do rio Ovil.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

50 CABELEIRAS

50 é o número de cabeleiras que a Liga Portuguesa contra o Cancro vai disponibilizar aos doentes oncológicos que necessitam, resultado das doações de cabelo e de um investimento de 20 mil euro. A instituição explica que de momento já não precisa de mais cabelo natural, uma vez que as 50 são suficientes para colmatar as necessidades dos doentes oncológicos apoiados pela LPCC e o objetivo é que sejam reutilizadas ao longo do tempo.



Notícias Magazine - 27.9.2015 -

domingo, 27 de setembro de 2015

DESCOBERTA NOVA ESPÉCIE HUMANA



Homo sapiens, Homo erectus, Homo neanderthalis... Já todos ouvimos os nomes dos nossos antepassados. Agora, descobriu-se outra versão da espécie humana, já batizada como Homo naledi. Os fósseis foram encontrados numa caverna conhecida como Rising Star, perto da Joanesburgo, África do Sul. O  Museu de História Natural de Londres já classificou a descoberta como extraordinária. 
De acordo com os investigadores, alguns aspetos do Homo naledi, coma as mãos, punhos e pés, são  muito semelhantes aos de homem moderno, mas o cérebro - bastante pequeno - assemelha-se ao grupo pré-humano chamado australopithecus. Os cientistas acreditam que o achado permitirá entender melhor a transição entre  o australopitheco primitivo e os primatas de género Homo, nossos antepassados diretos.

Notícias Magazine - 27.9.2015 -

domingo, 6 de setembro de 2015

AQUILÉGIA








A aquilégia é uma planta herbácea, perene, florífera e de aspecto delicado e gracioso. Sua ramagem é ereta, ramificada e recoberta por pelos finos e curtíssimos. Ela pode alcançar de 30 a 120 centímetros de altura, de acordo com a variedade. Suas folhas são trilobadas, com folíolos de margens recortadas e arredondadas, de cor verde azulada. A flores surgem na primavera, solitárias ou em pequenos cachos, são eretas ou pendentes, pentâmeras e apresentam cálice vistoso e corola em forma de sino, com um prolongamento afunilado e curvo, semelhante a um esporão em cada pétala. O conjunto de sépalas e pétalas é bastante curioso e bonito. As flores podem ser simples ou dobradas, em diversas cores uniformes, com degradeés ou mesclas. Em muitas cultivares a corola e o cálice têm cores distintas. O fruto é um folículo deiscente, com numerosas sementes negras.
No paisagismo, a aquilégia, ou erva-pombinha como também é chamada, presta-se para a formação de maciços e bordaduras, e confere um efeito romântico e delicado, ao mesmo tempo que lembra a beleza indomada das flores do campo ou da floresta. Ela aprecia canteiros drenáveis, porém humosos, como o solo de um bosque. A luz que passa filtrada pela copa das árvores também é aprazível a esta espécie, que não gosta do sol direto sobre suas folhas delicadas. Na falta deste habitat ideal, a luz da manhã ou da tardinha que bate na varanda ou pátio já lhe é suficiente. Pode ser plantada em vasos e jardineiras. As flores, assim como a folhagem, são utilizadas na confecção de arranjos florais e buquês.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

CURIOSIDADES DO OCEANÁRIO DE LISBOA

O Oceanário de Lisboa recebe três mil visitantes por dia.
Nos 7,5 milhões de litros de água salgada, dos quais 5 milhões no aquário central, moram mais de 500 espécies de animais e plantas.
A qualidade da água é uma das principais preocupações. Todos os dias são feitas mais de 200 análises.
No Oceanário moram 32 pinguins, todos com nome. Eles não comem nada que tenha caído no chão, têm de ser alimentados na boca.


Também as mantas são alimentadas na boca pelos tratadores que mergulhem no tanque.


Os animais do Oceanário consomem 550 kg de comida por semana. A alimentação tem horas certas e pode ser acompanhada pelos visitantes.
As plantas da exposição temporária "Florestas Submersas" são podadas de dois em dois meses.
O Oceanário foi inaugurado por ocasião da EXPO 98, cujo tema foi "Os Oceanos".