domingo, 31 de janeiro de 2016

LENDAS DE PORTUGAL - 86º ODEMIRA -

O NOME E A GRADE DE OURO

Possivelmente conhecem o Cerro do Castelo, em Odemira,. Situa-se entre as herdades do Cerro de Ouro, dos Pesos e dos Pesinhos. Há uma lenda, protagonizada por lavradeira do Cerro de Ouro, que, desde há séculos, se conta em todas as famílias. Pois vamos a ela que, como a maioria das lendas, cronologicamente se situa a noite dos tempos...
Ora, nessa manhã, uma lavradeira do Cerro de Ouro estava a dar de comer às suas vacas quando lhe apareceu uma mulher que ela não conhecia de lado nenhum. A outra cumprimentou-a com m uita simpatia e disse-lhe que estava ali para lhe dizer o seguinte:
"A senhora tem aí duas vacas que estão prenhas e cada qual vai ter seu bezerro. Olhe, gostaria que as criasse sem tirar nenhum leite às vacas, reservando-o todo para os bezerros. Daqui a um ano, mesmo no dia de S. João, ainda antes do sol nascer, vá ao Pego da Laima e ponha os dois bezerros na água, tirando de lá uma grade daquelas de gradar a terra. Aí terá a sua fortuna!"
E a mulher foi cumpridora, deixando o leite das vacas para os seus bezerros. Porém, um dia, vendo ela que eles estavam já quase uns bois, bem nutridos, apetecendo-lhe uma malga de leite, achou que não fazia mal nenhum tirá-lo a uma das vacas. Assim fez, mas quando ia a bebê-lo lá achou que não o devia fazer e atirou com o leite para cima do bezerro, que logo ficou malhado de branco no sítio atingido pelo leite.
Ora o Pego da Laima é uma espécie de lago natural que fica na Ribeira do Vale da Casca, no sopé do Cerro do Castelo. Pois, então, chegou o dia de S. João e lá foi a mulher com os bezerros para o Pego. E logo que os meteu à água atrelou-lhes uma grade igual à que ela tinha, mas vendo que aquela era de ouro. Mas aconteceu que o bezerro malhado não tinha a força do outro e a grade começou a afundar-se daquele lado. Ela bem gritava, mas o bezerro não podia, pelo que ela se viu obrigada a desatrelar ambos os bezerros para eles não morrerem afogados. Então, ouviu-se uma voz triste:
"Ah, desgraçada, que me dobraste o fado por outros tantos anos!"
E a grade desapareceu na águas.

Ah, prometida estava a lenda do nome de Odemira. Pois no castelo viviam os reis mouros, Ode e Jade, e a princesa Anabel. Era uma vida calma a que levavam. Mas a paz não dura sempre e estando a menina a pentear-se viu ao largo barcos cristãos. Aflita, chamou o pai para a varanda:
"Ode, mira! Ode, mira!"
Os seus gritos ouviram-se por toda a parte. Alarme dado, houve duro combate, que acabou com a derrota dos mouros. Ao tomar conta do castelo, o chefe dos cristãos apaixonou-se por Jade, que também gostou muito dele. Houve então uma paz negociada e o cristão pediu a rapariga em casamento, a qual muito feliz ficou. Pois o casalinho ficou a viver para sempre no belo castelo da não menos bela Odemira!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

DESCOBERTO O MAIOR SISTEMA PLANETÁRIO



Um grupo de cientistas descobriu o maior sistema planetário conhecido até agoira, formado apenas por um planeta e uma estrela, separados por mil  milhões de quilómetros de distância.
O planeta 2MASSJ2126-8140, um gigante de gás com 12 a 15 vezes a massa de Júpiter, demora um milhão de anos na sua órbita em redor da estrela. 
"Surpreendeu-nos muito encontrar um objecto de massa baixa (o planeta) tão longe da sua estrela mãe", comentou Simon Murphy, da Universidade Nacional Australiana.

DN - 28.1.2016 -

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O DRAGÃO AZUL VIVE EM ODELEITE



A Ribeira de Odeleite, Castro Marim, é conhecida pela sua beleza natural mas desde o dia 14 de Setembro de 2015, o local anda nas bocas do mundo, e é sensação na China devido a uma fotografia aérea, captada por um passageiro de um voo comercial entre Amesterdão e Marraquexe, e partilhada nas redes sociais.
A imagem aérea da ribeira é similar a um Dragão Azul, símbolo de força, poder e boa sorte na cultura chinesa.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia da Odeleite a imagem será utilizada para promoção turística em ferias de turismo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

THOMAS OVERBURY


A cada minuto que ficamos zangados,
perdemos sessenta segundos de felicidade.

domingo, 17 de janeiro de 2016

O DIA DE ENTRADA NA VIDA ADULTA



Todos os anos, na segunda segunda-feira de janeiro, feriado, milhares de japoneses juntam-se para celebrar "O Dia de Entrada na Vida Adulta". 
As raparigas e os rapazes com 20 anos (este ano, os que nasceram em 1995) vestem-se a rigor e participam em cerimónias de apresentação nos jardins e edifícios públicos das grandes cidades.
Elas de quimono, eles de trajo de gala. Uma espécie de baile de debutantes nacional, onde ninguém falta.
Este ano foram 1,2 milhões de participantes. Ainda assim, menos 50 mil do que em 2015, o que se explica pelo retrocesso demográfico do país.
Normalmente, as cerimónias acontecem de manhã, as tardes e noites são de festa com família e amigos.

Magazine 17.1.2016

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

ALFARROBA - PETRÓLEO ALGARVIO

Tempo dos combustíveis fósseis acabou. Mesmo que não estivessem à beira da rutura, teríamos de, mais cedo que tarde, acabar com o seu uso se queremos continuar viver com um mínimo de segurança neste planeta. Disto, prova factual, são as conclusões e compromissos da mais recente Cimeira do Clima de Paris, mas mesmo estes são pouco remédio para uma grande maleita: a maioria dos cientistas atestam que as emissões de CO2 devem ser reduzidas a zero até 2050 se quisermos mesmo travar a subida da temperatura global abaixo de 1,5º, como ficou estipulado no acordo assinado na Cimeira.
Contudo, continuamos a ter máquinas e a necessitar de combustíveis que as alimentem. No final de 2015, no âmbito de um ciclo de seminários organizado pelo Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve, foram apresentadas as primeiras conclusões do projeto "Soro & Alfaetanol", coordenado por Emília Costa, investigadora do CIMA e docente na UAlg.

Este projeto investiga a possibilidade de transformar a polpa de alfarroba, subproduto da indústria local, em biocombustível de segunda geração. O processo usa o soro que escorre do queijo -também este subproduto da indústria local - como extrator dos açúcares da alfarroba. Decorrem depois várias fermentações, usando diversos tipos de leveduras que transformam esses açúcares em álcool com elevado rendimento energético.
Este é um projeto verdadeiramente eco e sustentável, transformando resíduos industriais numa mais valia económica, alternativa e desejada comparativamente às fontes tradicionais de energia.
Um pouco por todo o mundo, investiga-se este método de extração de bio-álcoois das biomassas, usando a matéria-prima mais abundante localmente; no Brasil, por exemplo, terra da cachaça, o etanol é obtido dos açúcares da cana sacarina. Não é por isso de admirar que no Algarve seja a alfarroba a nova mais limpa fonte de energia.



Dica da Semana - 7.1.2016 -

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

AGRIMONIA EUPATORIA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Subreino: Tracheobionta
Divisão: Magnoliophyta (Angiosperma)
Classe: Magnoliopsida (Dicotiledónea)
Subclasse: Rosidae
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Género: Aghrimonia
Espécie: Agrimonia Eupatoria


A Agrimonia eupatoria é a espécie mais comum de agrimônia. É uma rosácea que habita as regiões temperadas do hemisfério norte; têm folhas compostas penadas, flores amarelas, e frutos ásperos. Normalmente atinge entre 30 cm e 1,20 cm.
Constituintes
A agrimônia contem um óleo particular volátil, que pode ser obtido através de destilação, e compostos ásperos e amargos, que dão essa propriedade à planta. Possui também 5% de tanino.
Etmologia
Seu nome vem do grego argemonia, que significa "planta que cura os olhos", passando pelo latim agrimonia.
Uso medicinal

A presença de tanino faz da agrimônia útil para gargarejos e como astringente para úlceras e feridas. É, ainda, famosa por curar icterícia e outros males do fígado. Segundo a medicina tradicional, em especial na cultura anglo-saxônica, a agrimônia possui a propriedade de ajudar no sono e evitar pesadelos. O velho manuscrito médico inglês revela isso:
"If it be leyd under mann's heed,
   He shal sleepyn as he were deed;
   He shal never drede ne wakyn
   Till fro under his heed it be takyn."
(tradução do inglês arcaico: "Se ela está colocada debaixo da cabeça do homem/Ele deverá dormir como se estivesse morto/Ele nunca deverá se amedrontar nem acordar/Até que de debaixo de sua cabeça ela seja tirada.")