quinta-feira, 31 de agosto de 2017

LENDAS DE PORTUGAL - 105ª - SANTA CRUZ DAS FLORES

NOSSA SENHORA DOS PIRATAS

Num dia de Janeiro de 1672, um dia bonito de mais para ser Inverno, os poucos habitantes do lugar de Santa Cruz, que andavam na azáfama de sempre, começaram a parar, de rosto voltado para a imensidão marinha. A pouco e pouco, os pequenos pontos na lonjura começaram a tornar-se mais claros. Eram barcos,  não tardaram que descortinassem serem piratas holandeses que se preparavam para o desembarque. Houve quem contasse vinte e quatro, vinte e cinco, vinte e seis, vinte e sete barcos!| Seria uma verdadeira razia naquela terra de tão pouca gente, que os não poderia enfrentar, e de tão parcos haveres. Pagariam com a vida o serem pobres, estas gentes das Flores. Viram como descia dos barcos as chalupas e os piratas se empurravam para serem os primeiros ao assalto, ouvia-se o ladrar dos cães, horrorosos cães, que os holandeses traziam para os lançarem contra as gentes indefesas. A enseada de S. Pedro era o objectivo daqueles piratas.
Homens e mulheres correram à igreja da Conceição e juntaram-se ao padre. A lenda diz que se tinham muito medo dos piratas, também tinham muita fé em Deus. Então, na matriz, tiraram do altar imagem da Senhora e dirigiram-se para  a praia, onde os piratas desembarcariam. Entoavam orações em voz alta e, sobretudo, escutava-se a prece:
"Senhora da Conceição, valei-nos! Tende piedade de nós!"
E quando a procissão chegava à Boca da Ribeira, as chalupas dos piratas holandeses estavam quase a atingir o areal. Porém, rapidamente se levantou uma ventania, mudou o tempo e as ondas tornaram-se alterosas. Aquilo era ver como os piratas mudariam o rumo no regresso aos barcos, remando com todas as forças, evitando serem atirados contra a penedia costeira. Os piratas que haviam ficado a bordo começaram logo a recolher as âncoras e a receber os homens que chegavam. Depois lá foi a armada da pirataria pelo mar fora, afastando-se da ilha.

Quanto ao povo, esse chorou de alegria e durante muitos e muitos anos agradeceu à Senhora da Conceição, que depois foi chamada Senhora dos Navios e Senhora dos Piratas, a sua pronta acção. Quem for a Santa Cruz das Flores poderá dar uma espreitadela à Senhora dos Piratas se dirigir à sacristia da igreja da Conceição. 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

FLAMINGOS DE PATAS QUENTES

Não é só em Portugal que 2017 se tem revelado um ano com calor superior ao normal.
Em Singapura, os termómetros têm registado em Agosto uma temperatura média de 31 graus, quatro acima do que é normal nesta altura do ano. Há dias com registos muito próximos dos 40, coisa rara num país em que as variações térmicas são mínimas.
E se sufoco é grande entre habitantes, o mesmo é legítimo para os animais. No Parque de Aves de Jurong, que abriga 5000 exemplares de 400 espécies, 29 das quais ameaçadas de extinção, e é o maior jardim zoológico de género em todo o globo, foram tomadas algumas medidas especiais. Com o piso a aquecer nas horas de calor, os tratadores fizeram botas para que as crias não queimassem as patas. Como Squish, este flamingo bebé.



Notícias Magazine Nº 1318

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

SIMONE WEIL


O futuro não nos traz nem nos dá nada.
Nós é que, para construí-lo, devemos dar-lhe tudo.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

ANGÉLICA

Nome Científico: Polianthes tuberosa
Nomes Populares: Angélica, Angélica-de-bastão, Angélica-dos-jardins, Jacinto-da-índia, Tuberosa
Família: Agavaceae
Categoria: Bulbosas, Flores Perenes
Clima: Continental, Equatorial, Mediterrânio, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: América do Norte, Mexico
Altura: 0,4 a 0,6 metros
Ciclo de Vida: Perene


A angélica é uma planta bulbosa de flores brancas e perfumadas que simboliza a pureza. Suas folhas são longas, estreitas e de cor verde, formando moitas semelhantes a capim. O florescimento ocorre no final do verão e outono, com inflorescências do tipo espiga, em hastes eretas e altas, sobressaindo sobre a folhagem e com numerosas flores. As flores são cerosas, pequenas, de cor branca ou levemente rosada e liberam um delicioso e intenso perfume à noite. Elas se abrem gradativamente da base da inflorescência ao topo. Também podem ser simples ou dobradas, de acordo com a variedade.
Esta bela e singela florzinha é venerada no mundo todo, com destaque para a Índia e o México, principalmente quando o assunto é casamento. Na Índia, ela participa de diversos rituais, simbolizando a pureza e a cura. No Hawai elas também enfeitam os noivos, a cerimônia e a festa de casamento, entrando na confecção de arranjos florais, buquês e de coroas para as noivas, os hakus, além dos famosos leis, os típicos colares havaianos, para os noivos. Os antigos aztecas usavam o óleo essencial da flor para aromatizar o chocolate. Atualmente ele entra na formulação de perfumes e essências.