segunda-feira, 30 de abril de 2018

LENDAS DE PORTUGAL - 113ª -ARGANIL

O CASTANHEIRO E O MENINO

Assim como em Miranda do Douro há um Menino Jesus da Cartolinha com uma colecção de roupas profanas, numa capela do Monte Alto, em Arganil, vemos uma imagem do Menino Jesus da Ladeira vestido... à Napoleão! À volta da capela, uma densa floresta, abundante em castanheiros. Pois bem, ao entardecer de um dia de festa, uma velha muito velha entrou na capela do Menino Jesus da Ladeira. Achou-o tão bonito - e bonito ele é! - e lá entendeu que o queria levar para casa. Rouba, não rouba, ajoelhou-se e rezou. Mas, num repente, não vendo ninguém na capela, deitou a mão à imagem e escondeu-a debaixo do xaile. E logo saiu porta fora! Mas, apesar de estar a acabar a festa e não fosse provável que dessem pelo roubo, muito menos que dela desconfiassem, a velha, cautelosa, foi esconder a imagem na toca de um castanheiro, mesmo ao lado do caminho, onde decerto também ninguém, daria por ela.
Assim, passados dias sem que nada tivesse acontecido, a velha decidiu ir buscar a imagem aonde a escondera. Lá estaria, à sua espera, na toca do castanheiro. Só que ela lhe tinha perdido o sítio! Passou então o Verão, as castanhas caíram, depois caíram as folhas  a todos os castanheiros. Chegava o Inverno. Mas a todos os castanheiros não, que aquele, o do Menino, manteve as folhas, folhas amarelas, da cor do ouro! Entretanto, já se dera pelo desaparecimento da imagem e andavam as gentes alvoroçadas.


Porém, um dia, um pastor que andava a guardar o seu rebanho pela floresta, parou junto do castanheiro das folhas do ouro. E viu. Viu o quê? Claro, o Menino Jesus, ainda vestido à Napoleão, sentadinho dentre de uma toca no tronco! E deu vivas e mais vivas, alertando toda a gente! Fez-se logo uma grande procissão para conduzir de novo o Menino para o seu altarzinho na capela. Como se não bastasse, as pessoas até agradeceram ao castanheiro ter protegido o Menino de más mãos. E acontece que aquele castanheiro nunca perdeu as suas folhas tão lindas.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

25 DE ABRIL


A Revolução dos Cravos faz 44 anos e continua a ser matéria da discussão sensível na sociedade portuguesa. Mas o 25 de Abril não tem conotações políticas apenas em Portugal.


Em Itália, por exemplo, é festejado como o Dia da Libertação. Foi nesse dia, em 1945, que terminou a Guerra Civil italiana e a ocupação nazi e também decretada a pena de morte para o ditador Benito Mussolini e todos os líderes fascistas do país.


Em França, o 25 de Abril não é feriado, mas tem uma conotação de liberdade e luta associada. É que nesse dia, mas em 1792, Claude Joseph Rouget de Liste escreveu "A Marselhesa", o hino nacional do país. O contexto era o da declaração de guerra de França para com a Áustria e surgiu com o título de "Canto de Guerra para o Exército do Rhin". Tornou-se popular, juntando liberdade e patriotismo, apelando à luta contra os invasores estrangeiros. Foi adotada como hino nacional e, 1795 e ficou conhecida por "A Marselhesa" graças aos voluntários dessa cidade que a cantaram enquanto marchavam a caminho de Paris.

domingo, 22 de abril de 2018

HÁ COINCIDÊNCIAS

Qual a probabilidade de dois dos mais proeminentes escritores da história morrerem no mesmo dia, no mesmo ano? Pouca, mas aconteceu. Foi em 1616, a 23 de Abril, o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.

William Shakespeare foi poeta, dramaturgo, actor, esteve na base de cerca de 40 peças e está traduzido nas principais línguas do mundo. com obras como Othello, Hamlet ou Rei Lear. Ainda hoje as suas peças continuam a ser representadas por actores de encenadores de todas as idades e proveniências. 

Miguel de Cervantes, espanhol, também morreu no mesmo dia e deixou aquela que é considerada a obra-prima da literatura castelhana. Dom Quixote é o livro mais traduzido do planeta, depois da Bíblia. Cervantes foi assistente de cardeal em Roma, soldado na Armada Espanhola, foi capturado por piratas, passou cinco anos em cativeiro e só saiu mediante o pagamento de um resgate. Esteve preso por evasão fiscal e morreu na sequência de diabetes do tipo II.
Já Shakespeare morreu um mês depois de assinar o seu testamento, e de causas incertas. Especula-se sobre uma febre causada por abuso de álcool.

Notícias Magazine Nº 1352

LIFELINE EXPRESS - INDIA


É pela rede de caminhos-de-ferro da Índia que passa este Lifeline Express, o primeiro comboio-hospital do mundo.
Perante um cenário de degradação, o caminho desta senhora é em direcção ao comboio que, com o brilho das suas cores, dá vida à estação de Jalore desde 28 de Março.
Administrado pela Impact India Foundation , este  hospital ferroviário oferece tratamentos e cirurgias gratuitas aos mais desfavorecidos. O Lifeline Express foi desenvolvido com a parceria da Indian Railways e visita, essencialmente, as áreas rurais do país que apresentam escassez de recursos e instalações de saúde. 
No interior do comboio há sete carruagens com instalações médicas e equipamentos tecnológicos de última geração. para responder às necessidades de todos os pacientes.
O comboio solidário que percorre a Índia conta com 191 projectos e já se tornou uma referência internacional para outros países que pretendem criar projectos semelhantes, como a China e a África Central.

Notícias Magazine Nº 1352

domingo, 1 de abril de 2018

LÍRIO-DO-VALE

Classificação científica:
Reino: Plantae
Subreino: Tracheobionta
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Subclasse: Liliidae
Ordem: Asparagales
Família: Ruscaceae
Género: Convallaria
Espécie: Convallaria Majalis




Convallaria majalis , conhecida pelo nome comum de lírio-do-vale, é uma espécie de erva nativa da Europa da família das convalariáceas. Tais lírios chegam a medir até 30 cm. Também são conhecidos pelos nomes populaes de campainhas, lírio-de-nossa-senhora, convalária, flor-de-maio, lírio-convale, mugué, muguet, muguete e muguete-do-vale. Embora venenosa, é cultivada como ornamental por suas flores que surgem no mês de maio.