Iniciativa: Universidade Sénior reclama "Tesouro de Chão de Lamas"
Cidadãos querem reaver tesouro vendido a Madrid
As peças estão em exposição no Museu Arqueológico desde 1922
Moedas do período romano e seis peças de ourivesaria arcaica, dos séculos II e I a.C., de prata, atribuídas aos lusitanos. É este conjunto, conhecido como o "Tesouro de Chão de Lamas", que a Universidade Sénior de Miranda do Corvo quer ver de regresso a Portugal.
O tesouro foi encontrado na aldeia de Chão de Lamas, do concelho de Miranda do Corvo, em 1913 e desde 1922 que está em exposição no Museu Arqueológico Nacional em Madrid.
Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa, reconhece o valor do tesouro e defende que se regressar para Portugal, deverá ser integrado na colecção existente na instituição que dirige, "que tem uma das mais importantes colecções de ourivesaria arcaica de toda a Europa".
Considerando "legítima e até saudável" a reivindicação da Universidade Sénior de Miranda do Corvo, Luís Raposo reconhece que, "do ponto de vista jurídico será muito difícil reclamar o regresso a Portugal das peças".
O responsável lembra que, neste caso em concreto, não houve uma usurpação indevida do conjunto. No início dos anos 20 de século XX, quando o proprietário quis vender o tesouro, o Estado português não se terá mostrado interessado na sua compra. Daí a venda ao museu espanhol.
No entanto, os cerca de 85 estudantes da Universidade Sénior estão apostados em fazer regressar a Portugal o espólio. E para angariarem mais apoios para a sua causa, agendaram para dia 27 uma palestra de arqueologia, na Universidade de Coimbra. No dia 8 de Abril deslocam-se à Assembleia da República onde devem ser recebidos pelos grupos parlamentares. Está também já marcada uma ida ao museu madrileno.
Cidadãos querem reaver tesouro vendido a Madrid
As peças estão em exposição no Museu Arqueológico desde 1922
Moedas do período romano e seis peças de ourivesaria arcaica, dos séculos II e I a.C., de prata, atribuídas aos lusitanos. É este conjunto, conhecido como o "Tesouro de Chão de Lamas", que a Universidade Sénior de Miranda do Corvo quer ver de regresso a Portugal.
O tesouro foi encontrado na aldeia de Chão de Lamas, do concelho de Miranda do Corvo, em 1913 e desde 1922 que está em exposição no Museu Arqueológico Nacional em Madrid.
Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa, reconhece o valor do tesouro e defende que se regressar para Portugal, deverá ser integrado na colecção existente na instituição que dirige, "que tem uma das mais importantes colecções de ourivesaria arcaica de toda a Europa".
Considerando "legítima e até saudável" a reivindicação da Universidade Sénior de Miranda do Corvo, Luís Raposo reconhece que, "do ponto de vista jurídico será muito difícil reclamar o regresso a Portugal das peças".
O responsável lembra que, neste caso em concreto, não houve uma usurpação indevida do conjunto. No início dos anos 20 de século XX, quando o proprietário quis vender o tesouro, o Estado português não se terá mostrado interessado na sua compra. Daí a venda ao museu espanhol.
No entanto, os cerca de 85 estudantes da Universidade Sénior estão apostados em fazer regressar a Portugal o espólio. E para angariarem mais apoios para a sua causa, agendaram para dia 27 uma palestra de arqueologia, na Universidade de Coimbra. No dia 8 de Abril deslocam-se à Assembleia da República onde devem ser recebidos pelos grupos parlamentares. Está também já marcada uma ida ao museu madrileno.
Outras peças portuguesas no estrangeiro
O "Tesouro de Chão de Lamas" não é o único que se encontra fora do País.
O Museu Britânico em Londres e o Museu das Antiguidades Nacionais de França em Paris, são dois outros exemplos onde se podem admirar peças valiosas descobertas em Portugal. A xorca (espécie de colar) de ouro da Penha verde, recolhida na serra de Sintra no final do século XIX, encontra-se desde o início do século XX em exposição no Museu Britânico. Uma outra peça de ourivesaria arcaica, o denominado "colar de Coimbra", em ouro, também foi vendido e os portugueses, para o verem, têm de se deslocar a Paris. Situações deste género dificilmente aconteceriam hoje em dia. A legislação actual impede que peças classificadas do ponto de vista patrimonial e cultural sejam exportadas para fora do país de origem.
Diário de Notícias - 5.03.2009-
1 comentário:
Sempre em cima do acontecimento!..
Quando venho aqui, sempre aprendo algo...
beijinho.
H. Lurdes
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