Trago na alma o nosso fado
Fado da paz que eu inventei!
Fado da sorte, fado da lei
Eu te saúdo com agrado.
Fado negro, fado amigo
Como pecador peço perdão
Fado da vontade, da paixão
Fado da fé, doce abrigo.
É para mim sempre encanto
Como jardim de jasmim e rosas!
Nas horas calmas e saudosas
Pelo fado suspiro e canto.
Fado novo, brilhante ideia
Fado gemido pelas gargantas
Gritos d'amor, saudades tantas
Almas soltas, mulher alheia!
Fado amante, delirante
Fado, travo a maresia!
Taverna, marujos, folia
Sou do fado a cada instante!
António Henrique
sábado, 25 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
NOTÍCIA DA SEMANA
Novo mapa de Vénus revela passado com mares e vulcões
Um mapa do pólo sul de Vénus, feito por uma sonda com instrumentos de leitura de infravermelhos, revela que este planeta foi em tempos muito mais parecido com a Terra. os cientistas da Universidade de Münster e do Centro Aerospacial Alemão, em Berlim, acreditam que possa ter tido um oceano, placas tectónicas e vulcões.
A conclusão parte da análise de milhares de imagens individuais tiradas pela Venus Express com o "Virtis", um instrumento que capta a radiação infravermelha emitida pela superfície do planeta a noite. As diferentes temperaturas registadas permitem identificar a composição das diferentes rochas.
Os cientistas acreditam assim que os planaltos de Phoebe e Alpha Regio, que no mapa surgem com uma cor mais clara, são feitos de rochas graníticas. Na Terra, o granito forma-se a partir de rochas mais antigas, de basalto, que são empurradas para o interior do planeta graças ao movimento da tectónica de placas. A água é outro ingrediente essencial. Os granitos surgem à superfície graças às erupções vulcânicas.
"Se há granito em Vénus, deve ter havido um oceano e placas tectónicas, no passado", disse Nills Müller, responsável pelo mapeamento. "Não é uma prova, mas é consistente com a teorias já avançadas. O que podemos dizer actualmente é que as rochas do planalto parecem diferentes de outras locais".
Os cientistas só poderão ter certeza de que são rochas graníticas enviando uma sonda para os planaltos de Vénus. Nas décadas de 1970 e 1980, oito sondas russas aterraram no planeta, mas encontraram apenas rochas basálticas. A água que havia há muito que se evaporou para o espaço.
Em relação à actividade vulcânica, que não foi detectada pela sonda europeia, os cientistas não afastam a hipótese de esta ainda acontecer em pequenas dimensões. A temperatura varia entre os 3 e os 20 graus centígrados, o que revela que em princípio não há rios de lava activos, mas áreas de rocha mais escura indicam que podem ter existido até há pouco tempo.
Sonda mostra mais sobre o nosso vizinhoLançada em Novembro de 2005 a partir do cosmódromo russo de Baikonur, no Casaquistão, a sonda europeia "Venus Express" chegou à órbita deste planeta em Abril de 2006. O seu objectivo é ajudar a compreender melhor como é que Vénus evoluiu de forma tão diferente da Terra nos últimos quatro milhões de anos, sendo tão semelhante em tamanho, massa e composição. A distância dos planetas em relação ao Sol não explica todas as diferenças. A sonda, desenvolvida a partir de tecnologia que já tinha sido utilizada na "Mars Express", revelou dados importantes sobre a atmosfera de Vénus, como a presença de relâmpagos eléctricos nas nuvens de ácido sulfúrico deste planeta. O funcionamento da sonda ficou em 220 milhões de euros.
Diário de Notícias -16.07.2009-
sexta-feira, 17 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
LENDAS DE PORTUGAL - IX - SINTRA
A cova encantada ou a casa da moura Zaida
Na Serra de Sintra, perto do Castelo dos Mouros, existe uma rocha com um corte que a tradição diz marcar entrada para uma cova que tem comunicação com o castelo. É conhecida pela Cova da Moura ou a Cova Encantada e está ligada a uma lenda do tempo em que os mouros dominavam Sintra e os cristãos nela faziam frequentes incursões. Num dos combates, foi feito prisioneiro um cavaleiro nobre por quem Zaida, a filha do alcaide, se apaixonou. Dia após dia, Zaida visitava o nobre cavaleiro até que chegou a hora da sua libertação, através do pagamento de um resgate. O cavaleiro apaixonado pediu a Zaida para fugir com ele mas Zaida recusou, pedindo-lhe para nunca mais a esquecer. O nobre cavaleiro voltou para a sua família mas uma grande tristeza ensombrava os seus dias. Tentou esquecer Zaida nos campos de batalha, mas após muitas noites de insónia decidiu atacar de novo o castelo de Sintra. Foi durante esse combate que os dois enamorados se abraçaram, mas a sorte ou o azar quis que o nobre cavaleiro tombasse ferido. Zaida arrastou o seu amado, através de uma passagem secreta, até uma sala escondida nas grutas e, enquanto enchia uma bilha de água numa nascente próxima para levar ao seu amado, foi atingida por uma seta e caiu ferida. O cavaleiro cristão juntou-se ao corpo da sua amada e os dois sangues misturaram-se, sendo ambos encontrados mais tarde já sem vida. Desde então, em certas noites de luar, aparece junto à cova uma formosa donzela vestida de branco com uma bilha que enche de água para depois desaparecer na noite após um doloroso gemido...
sábado, 11 de julho de 2009
NOTÍCIA DA SEMANA
Portugueses pioneiros em estudo da cafeína no Alzheimer
Um estudo publicado esta semana no Journal of Alzheimer Disease mostra que uma dose de cafeína equivalente a cinco chávenas diárias de café permite reduzir significativamente, no cérebro e no sangue de ratos idosos com Alzheimer, os níveis da proteína ligada à doença, diminuindo também os seus sintomas. Este é só o último de uma série de estudos nesta área, que se iniciaram no final da década de 90, pela mão de dois portugueses: Luís Maia e Alexandre Mendonça. Um pioneirismos que tem uma história e cujo futuro parece promissor.
Psicólogo de formação, Luís Maia decidiu fazer no final da década de 90 um mestrado diferente. Rumou à Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e foi aceite no mestrado de neurociências. Sob a orientação de Alexandre Mendonça, neurologista e especialista em doenças neurodegenerativas no Hospital de Sta. Maria, em Lisboa, o hoje professor e investigador da Universidade da Beira Interior lançou-se numa investigação que acabou por um abrir um novo caminho.
"Em 1999 saiu um artigo de cientistas norte-americanos, no qual se relatava um efeito neuro- protector da nicotina na doença de Parkinson", contou ao DN Luís Maia. Por essa altura, estavam também a ser desenvolvidos estudos para se perceber que factores poderiam ser neuro- protectores no envelhecimento. As xantinas, substâncias-primas da cafeína, tinham bons resultados em ensaios clínicos, em alguns países, e deste contexto surgiu a ideia de estudar a cafeína -um dos produtos "mais consumidos no mundo", sublinha Luís Maia-, em relação à doença de Alzheimer. "Lembrámo-nos de trabalhar com os doentes do Serviço de neurologia do Hospital de Sta. Maria, olhando para a sua história de vida, e tentar perceber se a cafeína podia ser isolada como factor neuro-protector da doença", conta.
A pergunta era arriscada e o resultado poderia ter sido negativo. Mas o que aconteceu foi o contrário. "Utilizámos uma metodologia muito refinada, o estudo de caso-controlo emparelhado", explica o psicólogo.
Durante um ano, foram avaliados 72 doentes de Alzheimer e comparados com 72 pessoas saudáveis com características de género, sociodemográficas, de idade e de escolaridade idênticas. "Para encontrarmos as pessoas tivemos de contactar mais de 150", lembra o investigador.
Os resultados compensaram. Comparando a ingestão de café dos doentes nos 20 anos que antecederam o diagnóstico, com o mesmo período nas pessoas saudáveis, e também haviam ingerido mais do dobro do café no primeiro período considerado, e quase o quádruplo no segundo. Conclusão: quem não consome café tem um risco acrescido em 40% de desenvolver a doença de Alzheimer.
Estava aberto caminho a novos estudos. Alexandre Mendonça continua a desenvolver investigação na área. Luís Maia continua a trabalhar em doenças neurodegenerativas. Mas, cafeína, só nas duas a três chávenas que bebe todos os dias.
Mais de 30 citações internacionais
Luís Maia e Alexandre Mendonça não ficaram surpreendidos por a sua investigação mostrar o efeito protector da cafeína na doença de Alzheimer. A boa surpresa foi outra: "Os dados mostraram que a cafeína era o único factor estatisticamente significativo nessa protecção", conta Luís Maia. Em 2001, os investigadores decidiram publicar os resultados, mas a primeira submissão não correu bem. "Enviamos o artigo para uma revista americana. Disseram-nos que os resultados eram fantásticos mas que se levantavam dúvidas". O European Journal of Neurology, "a melhor revista cientifica europeia na área", como sublinha o psicólogo, é que não teve dúvidas, e publicou o artigo em 2002. Sete anos depois, ele tem mais de 30 citações internacionais e os seus resultados foram confirmados experimentalmente por outros grupos no mundo.
Diário de Notícias -11.07.2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
GERBERA
Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Gerbera
A Gerbera é um género de plantas herbáceas ornamentais pertencente à família das Asteraceae (ou Compostas), a mesma do girassol e das margaridas, cultivada em grandes quantidades pela sua flor muito apreciada em arranjos ornamentais e como planta decorativa de exteriores nas regiões de clima temperado de ambos os hemisférios. Em 1737 o naturalista holandês Jan Frederic Gronovius atribuiu o nome Gerbera ao género, em homenagem a Traugott Gerber, um médico e naturalista alemão que trabalhou na Rússia. O nome vulgar gerbera, ou gérbera, é aplicado indistintamente às espécies do género e às suas flores, as quais são em geral comercializadas sob aquela designação, muitas vezes seguida de uma indicação específica ou varietal (por exemplo gerbera-do-transvaal, ou gerbera-púrpura).Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Gerbera
Características:
O género Gerbera inclui cerca de 30 espécies de plantas herbáceas perenes da família das Compostas, dotadas de folhas basais, e flores reunidas em capítulos solitários e multifloros com cerca de 10 cm de diâmetro, intensamente coloridos. O fruto é um aquénio acicular.
As espécies de Gerbera apresentam um grande capítulo, com floretas bi-labiadas de cor amarelo, laranja, branco, rosa ou vermelho. O capítulo. que aparenta ser uma única flor, é na realidade composto (daí o nome ainda utilizado para a família) por centenas de flores individuais, cuja morfologia varia de acordo com a sua posição no conjunto.
O género Gerbera tem grande interesse comercial, sendo a gerbera a quinta flor de corte mais vendida, só sendo ultrapassada em volume pela rosa, o cravo, o crisântemo e a tulipa.
As espécies deste género são também utilizadas como organismo experimental em estudos de floração e de desenvolvimento meristemático da flor. As gerberas contém derivados naturais da cumarina com interesse fitoquímico e de controlo biológico.
Origem:
O género Gerbera ocorre naturalmente na América do Sul, África, Madagáscar e na Ásia tropical. A primeira descrição botânica foi publicada por Joseph Dalton Hooker no Curtis Botanical Magazine de 1889, descrevendo a gerbera jamesonii, uma espécie sul-africana hoje conhecida por gerbera-do-transvaal ou margarida-do-transvaal.
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