sexta-feira, 30 de julho de 2010

RECADO AOS AMIGOS DISTANTES

Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.

Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.

Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.

Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.

Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança.

Cecília Meireles

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um violino no Fado - Natalia Juskiewicz

Natalia Juskiewicz nasceu na Polónia. Ela faz o violino "chorar" o nosso Fado.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Abóbora
Um segredinho revelado.Alguns anos atrás, um meu ex-professor me mostrou uma análise de sangue; o que eu vi me deixou impressionado. Os cinco principais parâmetros do sangue, ou seja: ureia, colesterol, glicemia, lipídeos e triglicerídeos apresentavam valores que, em muito excediam os níveis permitidos.
Comentei que a pessoa com aqueles índices já deveria estar morta ou, se estava viva, isto seria apenas por teimosia.
O professor, então, mostrou o nome do paciente que, até então, tinha sido ocultado pela sua mão. O paciente era ele mesmo!Fiquei estupefacto! E comentei: "Mas como? E o que você fez?". Com um sorriso, ele me apresentou a folha de uma outra análise, dizendo: "Agora, olhe esta, compare os valores dos parâmetros e veja as datas".Foi o que eu fiz. Os valores dos parâmetros estavam nitidamente dentro das faixas recomendadas, o sangue estava perfeito, impecável, mas a surpresa aumentou, quando olhei as datas; a diferença era de apenas um mês (entre as duas análises da mesma pessoa)!Perguntei: "Como conseguiu isso? Isso é, literalmente, um milagre!" Calmamente, ele respondeu que o milagre se deveu a seu médico, que lhe sugeriu um tratamento obtido de outro médico amigo. Este tratamento foi utilizado por mim mesmo, várias vezes, com impressionantes resultados. Aproximadamente, uma vez por ano, faço análise de meu sangue e, se algum dos parâmetros estiver apresentando tendência ao desarranjo, volto imediatamente a repetir esse processo. Sugiro que você o experimento.
Aqui está o SEGREDO: Semanalmente, por 4 semanas, compre, na feira ou em supermercado, pedaços de abóbora. Não deve ser a abóbora moranga e sim a abóbora grande, que costuma ser usada para fazer doce. Diariamente, descasque 100 gramas de abóbora, coloque os pedaços no liquidificador, junto com água (SÓ ÁGUA!), e bata bem, fazendo uma vitamina de abóbora com água. Tome essa vitamina em jejum, 15 a 20 minutos antes do desjejum (café da manhã). Faça isso durante um mês, toda vez que o seu sangue precisar ser corrigido. Poderá controlar o resultado, fazendo uma análise antes e outra depois do tratamento com a abóbora. De acordo com o médico, não há qualquer contra-indicação o, por tratar-se apenas de um vegetal natural e água (não se usa açúcar!).O professor, excelente engenheiro químico, estudou a abóbora para saber qual ou quais ingredientes activos ela contém e concluiu, pelo menos parcialmente, que nela está presente um solvente do colesterol de baixo peso molecular : o colesterol mais nocivo e perigoso - LDL .Durante a primeira semana, a urina apresenta grande quantidade de colesterol LDL (de baixo peso molecular), o que se traduz em limpeza das artérias, inclusive as cerebrais, incrementando, assim, a memória da pessoa.
Há apenas um inconveniente: o sabor da abóbora crua não é muito agradável! Nada mais. Porém, há um detalhe importante: nem a abóbora, nem a água poderão ir para a geladeira, porque a refrigeração destrói os ingredientes activos da vitamina. Esta é a razão de ter que comprar, semanalmente, a abóbora, pois, fora da geladeira, ela se estraga rapidamente.
Referência: Salvatore de Salvo e Mara Teresa de Salvo, Novos Segredos da Boa Saúde, Editado pela Biblioteca 24x7 (www.biblioteca24x7. com.br ), São Paulo-SP, Novembro 2008.

domingo, 25 de julho de 2010

NOTÍCIA DA SEMANA

Último 2 cavalos foi produzido em Portugal há 20 anos


Vinte anos depois da saída de produção, o mítico 2 cavalos é hoje uma peça de colecção com encontros um pouco por todo o mundo. Foi na fábrica portuguesa de Mangualde que se fabricaram os últimos e, ontem, os bicavaleiros voltaram à localidade para assinalar a efeméride. A paixão pelo automóvel francês continua viva, por ser considerado um carro "algo barulhento, mas económico e muito confortável", resume Laurinda Santos, que conduz um modelo de 1988. O último foi produzido a 27 de Julho de 1990, na fábrica de Mangualde. A data está a ser assinalada com uma concentração que junta 80 bicavalistas que vieram de Portugal e Espanha.


"Passados estes anos todos, aguenta-se bem", diz Dario Mendonça, de Almada, que habitualmente passeia o 2 cavalos "em raids". "Grandes viagens, porque estes são automóveis económicos", adianta José Reis, de Moimenta da Beira, que conduz um de 1960.

DN -25.07.2010-

quinta-feira, 22 de julho de 2010

LENDAS DE PORTUGAL - XXI - ALJEZUR

As Santas Cabeças

Na ponta mais ocidental do Algarve, aí está o concelho de Aljezur. Da sua antiguidade dão notícia, achados arqueológicos do paleolítico e elementos da cultura mirense (4.000 AC), para além de descobertas de cerâmica grega. Pois na Igreja Matriz desta vila estão depositadas duas caveiras conhecidos como Santas Cabeças. Um pouco de todo a região ali afluem grupos de pessoas, padecendo de mordeduras de cães e de outros animais, dores de cabeça e de dentes, males de coração e outros. Procuram lenitivo, cura. E aquelas relíquias são veneradas e dizem-nas milagrosas. E a história vem do tempo do rei D. Manuel I e do bispo do Algarve D. Fernando Coutinho. Pois então existiam no espaço geográfico deste concelho dois lavradores, João Galego e Pedro Galego, pai e filho, reconhecidamente trabalhadores, bondosos e justos. Porém, a fama deles cresceu quando começou a constar que apenas com o hálito curavam os doentes que junto deles acudiam. E deles restam a lenda e as Santas Cabeças de Aljezur, que continuam a ser veneradas.
Mais recuada no tempo é a lenda da tomada do Castelo de Aljezur, que, como a vila, foi fundado no século X pelos árabes. A conquista cristã ocorreu exactamente no dia 24 de Junho de 1249, reinado D. Afonso III. Numa operação que começou muito de madrugada, cavaleiros do Ordem Militar de Santiago, comandados pelo seu Mestre D. Paio Peres Correia, usaram um estratagema, contando com a traição - inconsciente? - de uma moura apaixonada.
A lenda começa no ano anterior ao da conquista quando a moura Mareares, que tinha amores com um cavaleiro cristão, lhe contou que a 24 de Junho os árabes não faltavam ao Banho Sagrado na Praia da Amoreira. Ora essa informação teve grande importância militar, pois, chegando aquele dia no ano seguinte, os cavaleiros camuflaram-se com arbustos e, enquanto os guerreiros árabes se banhavam na longínqua praia, os guerreiros da Ordem de Santiago entraram no castelo.
O castelo seria tomado ao romper da Alva e logo ajoelharam para agradecer a vitória a Deus e a Nossa Senhora da Alva, ficando esta, e até hoje, como padroeira de Aljezur. Diz-se que a sogra do alcaide, uma velha cega, com a sua neta pela mão, andava a passear pelas muralhas àquelas horas do romper do dia. E a movimentação dos guerreiros cristãos abrigados nas ramagens chamou a atenção da menina, que perguntou:

"Ó avó, as árvores também andam?"
E, mais a meio da manhã, quando os árabes regressavam ao castelo, após o banho ritual, foram surpreendidos e presos pelos homens de D. Paio, que os mandou acorrentar e levar para a zona sul do castelo. Aí, impiedosamente, o mestre de Santiago mandou decapitá-los, ficando o local a denominar-se Degoladouro, sendo depois as suas cabeças lançadas para a zona norte, para um sítio ainda hoje chamado Cabeças!

sábado, 17 de julho de 2010

INDIRA GANDHI

Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas e as que ficam com os louros.
Procure ficar no primeiro grupo: há menos competição lá.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

HORTÊNSIA

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Comales
Família: Hydrangeaceae
Género: Hydrangea

A Hortênsia ou Hidrangea é uma planta de folhas largas da família Hydrangeaceae, pertencente ao género Hydrangea, L.. Nos Açores é considerada invasora e perigosa para a flora nativa. Nas montanhas podem-se observar de longe como que "muros" coloridos de Hortênsias, o que impressiona os turistas pelo efeito. No sul do Brasil, estado do Rio Grande do Sul, existe uma região denominada "Região das Hortênsias", caracterizada pelo ajardinamento de casas e rodovias com esta espécie. Gramado, cidade mais representativa desta região turística, tem a Hortênsia como sua flor símbolo. Em função da altitude e do clima ameno, a Hortênsia está extremamente difundida em Campos do Jordão. As hortênsias possuem um princípio activo, o glicosídeo cianogênico, hidrangina, que as torna venenosas. Este veneno causa cianose, convulsões, dor abdominal, flacidez muscular, letargia, vómitos e coma. A cor das flores de Hortênsia depende muito do pH do solo: solos ácidos produzem flores azuis, solos alcalinos dão origem a variedades rosa.

sábado, 3 de julho de 2010

TARZAN - As muitas caras do Homem-Macaco

Pouco tempo depois da publicação das primeiras aventuras de Tarzan escritas por Edgar Rice Burroughs, o cinema, então ainda mudo, chamou a personagem ao seu domínio. Entre 1918 e os nossos dias, já foram feitos quase 90 filmes com o nome do Homem-Macaco no título, incluindo animações como o Tarzan da Walt Disney, de 1999.

Tarzan fez também várias aparições na televisão. O primeiro Tarzan do cinema foi Elmo Lincoln, em Tarzan of the Apes (1918), embora os coca-bichinhos aleguem que na verdade foi Gordon Griffith, que personifica o herói das selvas quando jovem no mesmo filme. Lincoln voltaria a ser Tarzan por mais duas vezes. Antes de Johnny Weismüller ter chegado à personagem em 1932, e tornado Tarzan universalmente rentável, o Homem-Macaco foi interpretado por nomes como Gene Polar, Frank Merrill ou James Pierce. Buster "Flash Gordon" Crabbe também foi Tarzan durante a vigência de Weissmüller no papel, aproveitando uma série de confusões legais relacionadas com os direitos da personagem para cinema.

O pós-Weissmüller teve Tarzans como Lex Barker, Gordon Scott, Ron Ely ou Mike Henry. Mais próximo de nós, Tarzan foi personificado por Miles O'Keefe (Tarzan, o Homem-Macaca, de 1981, com Bo Derek), Christopher Lambert (Greystoke, de 1984) e Casper Van Dien (Tarzan e a Cidade Perdida, de 1998).


JOHNNY WEISSMÜLLER (1904-1984)


Aos nove anos, Johnny Weissmüller contraiu poliomielite. O médica que o tratou sugeriu aos pais que o pequeno Johnny começasse a praticar natação para combater a doença. Já curado, Weissmüller continuou a nadar, o que o ajudou a conseguir um emprego como salva-vidas. Foi descoberto pelo instrutor de natação William Bacharach, que o treinou e o pôs a ganhar títulos nos EUA. Para poder competir na equipa olímpica americana nos Jogos olímpicos de Paris, em 1924, Weissmüller teve que obter um passaporte americano, já que não tinha nascido em solo dos EUA, onde chegou com os pais, oriundos da Áustria-Hungria, aos sete meses (com o nome de Janos Weissmüller). Uma vez conseguido o documento, Weissmüller pôde seguir para Paris com o resto da equipa de natação. Lá ganhou três medalhas de ouro e uma de bronze (esta no Polo Aquático). Quatro anos mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Amsterdão, o futuro intérprete de Tarzan arrebatou mais duas medalhas de ouro na natação. Nos EUA, Johnny Weissmüller ganhou 52 campeonatos nacionais e estabeleceu 67 recordes mundiais. O gosto que o campeão de natação e actor tinha em nadar era tanto, que quando se mudou para Bel Air, Weissmüller pediu a um famoso arquitecto que lhe desenhasse uma casa rodeada por uma enorme piscina serpenteante.