domingo, 27 de maio de 2012

LENDAS DE PORTUGAL - XLII ALCOCHETE -

QUANTO A COMIDA QUER O SAL ...

Cada filha era uma formosura e o rei quis saber quanto elas gostavam dele. Juntou-as e fez-lhes a pergunta. A mais velha, sabendo que o pai gostava de palavras bonitas, respondeu:
"Amo tanto o meu pai como a luz cintilante das estrelas!"
O rei ficou contente e voltou-se para a filha do meio, que lhe disse:
"Meu pai, amo-o tanto como ao raio da lua cheia que se reflecte nas águas do mar!"
Muito agradado pela maneira como a filha falara, aguardou a resposta da mais nova:
"Quero tanto a meu pai quanto a comida quer o sal..."
Já o rei não gostou nada desta resposta e, colérico, ordenou:
"Filha ingrata, sai do palácio!"
Muito triste, a princesinha foi-se embora, levando consigo apenas o anel que comprovava a sua qualidade. Atravessou todo o reino, percorreu outro e outro, até que chegou a um reino longínquo. Aí ouviu um arauto proclamar que estavam a querer contratar uma ajudante de cozinha para o palácio real. E a princesinha conseguiu que lhe dessem esse lugar. E ali, humildemente, fez o que nunca fizera na vida, lavando panelas, descascando batatas, aprendendo a cozinhar.
Ora quando o jovem rei desse reino fez anos, a princesinha fez um bolo e meteu dentro o seu anel. E ele, ao abrir o bolo encontrou-o e logo viu que pertencia a pessoa real. Chamou logo o mordomo principal do palácio e ordenou-lhe que descobrisse a quem pertencia o anel. Depois de algumas investigações, levaram-lhe a ajudante de cozinha.
O rei ficou admirado com a beleza da menina e perguntou-lhe quem era. Ela contou ao rei como ali tinha ido parar. Mas tanto como a história o impressionou, o monarca apaixonou-se pela linda menina e pediu-a em casamento, o que ela aceitou.
Anunciando o noivado, fizeram-se os convites. Seria um grande banquete na véspera do casamento e que toda a comida fosse bem temperada excepto para um lugar, onde seria servida sem sal, destinando-se este lugar ao rei pai da princesinha. E quando chegou a altura do repasto, todos comiam satisfeitos excepto o pai da jovem, que fazia caretas a cada garfada. Por fim, deixou de comer. Como lhe perguntassem se não gostava das iguarias, respondeu, relutante:
"A minha comida não tem pitada de sal..."
O rei que ia casar com a filha dele observou:
"Mas não foi Vossa majestade que repudiou uma filha por lhe ter dito que lhe queria tanto quanto a comida quer o sal?!
O rei caiu em si e compreendeu que tinha sido extremamente injusto com a filha que, afinal de contas, tanto o amava!
Apareceu então a princesa e pai e filha abraçaram-se. Então, ele, porque gostava muito do pai, logo ali lhe perdoou.. E lá se fez o casamento e os dois reinos ficaram amigos.

domingo, 20 de maio de 2012

RIA FORMOSA - PROJETO RIO PROMOVE IDEIAS SUSTENTÁVEIS EM TAVIRA/ALGARVE

A salicórnia, uma erva que cresce espontaneamente nas salinas e que é hoje elemento indispensável nas saladas gourmet em países como a Bélgica, é o exemplo que mais depressa acode à memória de Sebastião Ferreira de Almeida para falar de desenvolvimento local sustentável. "O seu cultivo em salinas abandonadas ajuda a regenerar o ecossistema, contribuindo ao mesmo tempo para o desenvolvimento local da comunidade, como mostrou a investigadora Erika   Santos, do Instituto Superior Dom Afonso III, em Loulé, que está a estudar a planta", diz o jovem da Associação Chão de Gente que promove o Projeto Rio na região algarvia de Tavira, juntamente com o centro de Ciência Viva da cidade e a câmara municipal local.
Trata-se de uma série de debates, encontros e ações que pretendem juntar todos os atores locais para encontrar formas de promover mais atividades produtivas em prol da comunidade e do ambiente - a cultura da salicórnia parece uma bela hipótese. Mariscadores, aquicultores ou agricultores, investigadores e estudantes da Universidade do Algarve e de outras escolas superiores da região, decisores políticos e cidadãos em geral estão por isso convocados para estes encontros do rio, que têm início já no próximo fim de semana, na biblioteca da cidade. Identificar interesses comuns, caminhos possíveis de renovação local e formas mais adequadas de concretizar atividades económicas e produtivas é o objetivo final.
"O Projeto Rio foi um dos 70 de várias cidades europeias que ganharam um concurso do programa europeu Places", explicou o coordenador do projeto José Manuel do Carmo, do Centro de Ciência Viva de Tavira, sublinhando que "os contactos com os autores locais e comunidades já se iniciaram". O Projeto Rio já está a correr.
Mariscos, salina e ecossistemas
Levar aos produtores locais novos conhecimentos científicos que lhes permitam melhorar as atividades na Ria Formosa, na produção de sal ou de marisco, é uma das pedras de toque do projeto.
Cultivar laranjas e outros citrinos
Os pomares são imagem dos vales onde corre o rio Séqua, que se torna Gilão ao chegar à ponte romana da cidade de Tavira. Esta é uma das atividades que se mantém forte na região, apesar de algum declínio nos últimos anos. O Projeto Rio também quer dar aqui um contributo.
 Paisagens serranas para dinamizar
A desertificação da serra e do Barrocal extinguiu ali a agricultura. Este é um dos temas em debate. Segundo Miguel Carmo, da Associação Chão de gente, a ideia é tentar perceber de que forma é possível renova essa atividade na região para produzir riqueza de forma sustentável.

DN -20.05.2012-

terça-feira, 15 de maio de 2012

PETÚNIA

Classificação científica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Petunia



Petúnia é um género botânico pertencente à família Solanaceae. Petúnia significa "flor vermelha" na língua dos índios Tupi. É originária de locais tropicais e sub-tropicais da América do Sul. A maioria das petúnias que se encontram em jardins são híbridas. As petúnias são herbáceas anuais (Petunia x hybrida) e atingem 15 a 30 cm de altura. A planta prefere estar exposta ao Sol. Floresce na primavera e verão e podem apresentar-se nas cores: vermelha, azul, rosa, laranja, salmão, púrpura e branca.

Seu principal pigmento é uma antocianida denominada petunidina, que tem seu nome derivado da palavra Petúnia, sendo um corante presente em algumas outras flores e frutas.

Petúnia pode ser um nome próprio de menina.

sábado, 12 de maio de 2012

MARIE CURIE


Nada na vida é para ser temido, somente compreendido.
Agora é a hora de compreender mais, para temer menos.

terça-feira, 8 de maio de 2012

RIR É O MELHOR REMÉDIO

Uma senhora de meia-idade teve um ataque de coração e foi parar ao hospital.
Na mesa de operações, quase às portas da morte, vê Deus e pergunta:
- Já está na minha altura?
Deus responde:
- Ainda não. Tens mais 43 anos, 2 meses e 8 dias de vida.
Depois de recuperar, a senhora decide ficar no Hospital e fazer uma lipoaspiração, algumas cirurgias plásticas, um facelift,...
Como tinha ainda alguns anos de vida, achou que poderia ficar ainda bonita e gozar o resto dos seus dias.
Quando saiu do Hospital, ao atravessar a rua, foi atropelada por uma ambulância e morreu.
A senhora, furiosa, ao encontrar-se com Deus, pergunta-lhe:
- Então, eu não tinha mais de 40 anos de vida? Porque que é que não me desviastes do caminho da ambulância?
Deus responde:
- Porra! Eras tu? Nem te conheci!!!!



domingo, 6 de maio de 2012

IMAGEM DO DIA

A lua cheia de sábado aparentava ser 14% maior do que é normal e cerca de 30% mais brilhante do que é usual em outras luas cheias. Este fenómeno repete-se anualmente e vai voltar verificar-se no próximo dia 23 de Junho de 2013.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

FALCÕES NASCEM EM FLOREIRA DE APARTAMENO ÀS PORTAS DE LISBOA

Foi no "tablet" do pai que Maria assistiu, pouco depois das 11 horas de ontem, aos primeiros minutos de vida do primeiro rebento de Margarida e Zuzu - dois falcões que, no início de abril, elegeram para ninho a floreira pendurada na janela do quarto da criança de cinco anos, num apartamento às portas de Lisboa. O nome foi escolhido logo depois. "Se for rapaz, chama-se João!", atirou a menina, ao mesmo tempo que, no Facebook, se sucediam os comentários dos muitos internautas que, graças à câmara de filmar instalada por Pedro Cotter, presenciaram o momento.
"É engraçado. Eu já tinha perdido a esperança", confessou Pedro Cotter,poucos minutos após João ter  nascido e consciente de que, apesar de terem sido postos sete ovos, poderia não ter nascido qualquer cria.
A sua tranquilidade contrastava com o entusiasmo da filha, que, até à hora de fecho desta edição,viu nascer dois pequenos falcões - o nome do segundo é Miguel -, sempre através do "tablet".
A imposição não é um capricho.
Assustadiços, os falcões são rápidos a fugir de quem se aproxima da janela, embora já se tenham habituado à brincadeiras de Maria. Margarida, a fêmea, é mais brincalhona do que Zuzu, o macho, "mais tímido" por natureza. Nenhum deles tem contacto direto com a menina que, para preservar o ninho, se viu obrigada a mudar de quarto quando os novos "vizinhos" foram encontrados.

A descoberta aconteceu a 5 de abril e foi protagonizada pela empregada doméstica. "A dona Fátima disse que eu tinha ali umas cordornizes", contou, entre risos, Pedro Cotter, lembrando, que, na altura, até houve quem dissesse que eram ovos da Páscoa, dada a proximidade da festividade, celebrada no domingo seguinte.
A curiosidade levou-o a instalar a câmara de filmar e a emitir 24 horas por dia o direto de um processo que a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves considera "normal", mas que acabou por ter uma mediatização inesperada.
 "A intenção era mostrar aos amigos", conta o dono da casa, que já recusou muitos pedidos de visita - uma consequência do fenómeno em que a transmissão contínua e em direto na Internet do ninho se tornou. De resto, é graças a essa funcionalidade de que Pedro Cotter tem conseguido acompanhar ao detalhe toda a evolução.
"A casa tem sempre gente. Eu muitas vezes não estou", confidenciou, sem esconder que é com frequência que consulta o telemóvel para ver o que se passa na floreira. E, poucos minutos antes de João ver a luz do dia pela primeira vez, confessava que, o mais provável, era que qualquer seguidor no Facebook soubesse antes dele de um nascimento. Os factos deram-lhe razão.

Link: http://falcao.novidades-de-encantar.pt/

DN -2.5.2012-

terça-feira, 1 de maio de 2012

1º DE MAIO NO ALGARVE

Festejar a Primavera, a Natureza e a abundância

Dia de Maio é dia de festa. Os festejos populares que o assinalam estão bastante enraizados na população algarvia, e incluem saídas para o campo, piqueniques, caracoladas, danças e cantares.


A tradição manda “Atacar o Maio” comendo figos secos condimentados com erva-doce, acompanhados com aguardente de medronho. Ao final da manhã, o destino é o campo para o indispensável piquenique. Em algumas localidades há actuação de bandas de música e ranchos folclóricos, como em Alte, Alcoutim, Odeleite, Paderne, Monchique e Albufeira.

Festa do M: M de Mel, M de Milho, M de Medronho. Desta feliz conjugação resulta uma outra festa tradicional que se realiza no primeiro dia do mês de Maio, em Monchique, rica nestes produtos. Nada como fazer uma visita para experimentar as especialidades acabadinhas de sair das mãos das doceiras.

Nos três primeiros dias de Maio, é também tradição arranjarem-se grandes bonecos de trapos, enfeitá-los e colocá-los em cima do telhado ou no jardim; chamam-se “Maios” ou “Maias”, consoante o sexo representado. Estes bonecos personificam a Primavera e a fecundidade, e a origem desta tradição estará em certos costumes da Roma pagã, ligados ao culto da natureza.