Circunscrito à moldura da
janela,
Vai o quadro do dia já a
meio,
Potes de azul derramam-se
na tela
E o sol a rir-se, a rir,
bate-lhe em cheio.
Que inundação! Por cima de
quintais,
Sobre telhados, torres,
parreiras,
É o céu, é o céu azul
demais!
Aflita, a aldeia acorre: e
o ar atira
O gesso, a cal, chapões de
claridade,
A ver se a cor deslava, o
azul se atira.
Que superabundância – a
claridade!
E eu visto a bata de
escaiolador.
E eu sou espátula, pincel,
pintor.
E eu já não sei o que faça
a tanta cor.
Emiliano Guerreiro
2 comentários:
Olá minha amiga!
Há anos que não venho ao blog
O seu continua maravilhoso!
Parabéns!
Gosto muito...
Beijinho.
Herminia de Lurdes
Muito obrigada amiga! Visite nios mais vezes! Beijinhos
Werngard
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