quarta-feira, 30 de novembro de 2016

LENDAS DE PORTUGAL - 96ª - PONTE DE LIMA

D. SAPO E OS QUATRO ABADES

O fidalgo chamava-se D. Florentim Barreto, mas era conhecido por D. Sapo. Tinha a sua torre e o seu solar em Cardielos, Ponte de Lima. E possuía o abominável direito de pernada, seja de dormir a primeira noite com cada recém-casada dos seus territórios. Era um enxovalho para o povo de Cardielos, mas o fidalgo amparava-se numa data de outros poderosos fidalgos na corte. Arrogante e ruim, D. Sapo tinha aquele povo na mão.
No entanto, não há mal que sempre dure. E não durou a partir do momento em que um rapaz de Cardielos decidiu casar e não consentir que o D. Sapo lhe gozasse a noiva no dia do casamento. E quis levantar o povo, mas a reunião deu para o torto. Toda a gente receava, mais do que D. Sapo, as represálias do rei e dos amigos de D. Sapo.Então, o moço noivo sugeriu que uma representação se deslocasse à corte e procurasse ser recebida pelo monarca. E assim aconteceu.
"Majestade, viemos dar-lhe conhecimento do que se passa na nossa terra, em Cardielos. Há lá um sapo que tira a virgindade às raparigas casadoiras..." O rei sorriu daquela notícia que lhe pareceu ingénua. "E nós precisamos de Vossa Majestade  para nos autorizar em acabar com o peçonhento..."
Achando que era um divertido jogo, o rei disse ao secretário que escrevesse uma declaração. Nela dizia que autorizava o povo de Cardielos a acabar com o sapo que assim fazia. E assinou.
Regressados da corte, os homens de Cardielos armaram-se e lançaram-se contra o D. Sapo matando-o, destruindo-lhe o solar e a torre. Mas não tardou que ali se apresentassem os fidalgos amigos de D. Florentim com as suas tropas para vingarem aquele morte. Mas os de Cardielos recorreram ao rei, exibin do a carta que autorizava o extermínio do sapo. E o rei, sabedor do ocorrido, deu-lhes razão, mandou retirar de Cardielos os amigos do tiranete e protegeu aquela gente que, com expediente, soubera salvar-se das ruindades de D. Sapo.



domingo, 13 de novembro de 2016

IMMANUEL KANT


A amizade é semelhante a um bom café:
uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

1959 - QUENTINHAS E BEM REGADAS

A 11 de Novembro, com provas de vinhos, água-pé e castanhas, o país rende louvores a São Martinho. Um santo que, apesar de austero e abstémio, põe toda a gente a comer e beber em seu nome.
As castanhas assadas têm uma influência fundamental em quase todas as infâncias. Podemos preferi-las cruas, cozidas, em purés, recheios, na sopa, mas não há como as dos assadores de rua, com cheiro a fumo (diferente do cheiro a fumo de fogueira), para nos lembrar de que é quase Natal - mesmo que o "verão de São Martinho" traga calor.


A 11 de Novembro de 1959, dia de São Martinho, o "Diário de Notícias" publicava esta fotografia, referindo que os magustos, "segundo as normas clássicas, têm por base a castanha assado ou cozida, que à maravilha se casa com o néctar das cepas a fulgurar e a crepitar no bojo das canecas e das taças". É verdade, o repasto pede bebida para não embuchar.
"Em dia de São Martinho prova o teu vinho, assim proclama o adagiário que diz respeito a Novembro e assim a recomendação é cumprida, na generalidade, pelo vinicultor amador que se preza de ter vinha ou mesmo parreiral em quintelho".
Observações multisseculares mostraram aos produtores de vinho ser esta a época precisa para provar o produto, após a vindima, a pisa e a sazão do mosto. "Mas que isso ritualmente seja feito sob a égide do bom São Martinho, santo por de mais austero e abstémio, é que não se atina com facilidade."
Portugal é, atualmente, o segundo maior produtor mundial de castanha, depois da China, mas as ameaças climáticas e de pragas estão a colocar o negócio em risco.

Noticias Magazine


domingo, 6 de novembro de 2016

CICHORIUM INTYBUS

Cichorium intybus
Sinónimos
         Cichorium balearicum Porta

   
Cichorium byzantinum Clementi
         Cichorium caeruleum Gilib.




Cichorium intybus conhecida popularmente como chicória é uma erva bianual da família das Compositae, nativa da Europa e da Ásia posteriormente cultivada em todo o mundo, é utilizada na alimentação e como planta medicinal.

Outros nomes

Na culinária italiana é usada como salada.

Descrição

Sua altura varia entre 20cm e 50cm, tem talo cilíndrico, suas folhas são lanceoladasdos sinuosos, suas flores são de um azul vivo e reúnem-se sempre inflorescências abrindo-se sob forma de estrela e florescem da primavera até o Outono.

Fitoterapia

Popularmente é usada para tratar problemas hepáticos e também como tónico e depurativo do sangue e ainda como laxante.
As raízes torradas e moídas possuem propriedades tonificantes e são usadas como substituto do café, é hipoglicémico, aumenta a secreção biliar, hepatoprotetor, atua no glicogénio do fígado e promove a digestão.