Um grupo de cientistas do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) e do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR) encontrou pérolas em ostras do género Crassostrea.
O fenómeno é muito raro nesta família de bivalves, e algo que nunca tinha sido observado nos últimos dez anos em que este grupo se tem dedicado ao estudo destas espécies em Portugal.
Em mais de 750 ostras apanhadas em vários locais no Algarve, como a Ria de Alvor, a Ria Formosa e o rio Guadiana, foram encontradas pérolas em dois exemplares.
Num deles havia quatro pérolas com um diâmetro inferior a 2 milímetros e no outro foi descoberta uma pérola com uma dimensão razoável - cerca de 5 milímetros de diâmetro e 190 miligramas de peso.
Este fenómeno é frequente noutras espécies de bivalves, como as ostras perlíferas da família Pteriidae, podendo as pérolas atingir um elevado valor comercial.
As pérolas são produzidas por moluscos bivalves, resultando de uma reação defensiva do hospedeiro a corpos estranhos, tais como parasitas ou partículas inertes.
O corpo estranho é coberto por várias camadas constituídas essencialmente por carbonato de cálcio sob a forma de cristais de aragonite.
A investigação do IPIMAR e do CCMAR foi efetuada no âmbito dos projetos Seafare e Sharebiotech, apoiados pelo Programa de Cooperação Territorial Europeia Interreg Espaço Atlântico.
domingo, 8 de janeiro de 2012
NOTÍCIA DA SEMANA
UMAS PÉROLAS DE OSTRAS NO ALGARVE
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