sábado, 31 de março de 2012

SIGMUND FREUD



Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos.

domingo, 25 de março de 2012

NOTÍCIA DA SEMANA

CENTRO CULTURAL DE SÃO LOURENÇO



O Centro Cultural de São Lourenço em Almancil (Loulé), um dos ícones da cultura no Algarve ao longo das últimas três décadas e local de eleição do pintor e prémio Nobel da literatura Günter Grass, que ali expôs obras de pintura, vai encerrar por tempo indeterminado. Por ali passaram artistas plásticos contemporâneos, poetas e músicos, nacionais e estrangeiros, entre os quais se destacam José de Guimarães, João Cutileiro ou Antoni Tàpies. O Centro Cultural de São Lourenço foi fundado pelo casal franco-alemão Volker e Marie Huber, que se apaixonou pelo Algarve. O objetivo era que o espaço fosse um ponto de encontro e de partilha entre artistas, público e comunidade local.


DN -25.3.2012-

sábado, 24 de março de 2012

LENDAS DE PORTUGAL - XL PENAFIEL -

ARRIFANA E PENA FIEL


Protagoniza esta lenda uma das mais interessantes figuras de mulher da Idade Média peninsular, a condessa Mumadona Dias. Penafiel será topónimo derivado de castelo assente em rochas firmes ou recordará momentos trágicos da vida da condessa? Possivelmente a resposta certa estará naquela, mas romanticamente prefere-se esta. Sabemos, no entanto, que a 24/3/1770, D. José I decretou: "Hei por bem e me apraz, que a dita povoação de Arrifana de Sousa (...) fique criada em cidade com o nome de Penafiel." Vejamos.


Em tempos que lá vão, Penafiel era o nome de uma zona onde havia várias povoações, a mais importante das quais era Arrifana de Sousa, que chegou a ser cabeça de concelho por foral de D. Manuel I, em 1518. Mas, por volta de 950, Mumadona Dias, senhora daquelas e de muitas outras terras, já era viúva do conde Hermenegildo, que muito chorava. Frequentemente ia lamentar-se para junto do túmulo do marido, a quem gabava sempre os seus filhos mais novos, Nuno e Arriana, lamentando o espírito aventureiro dos quatro mais velhos. Bem, e na altura das partilhas, Mumadona beneficiou os seus filhos favoritos. No entanto, estes optaram por viver com a mãe, dizendo Nuno que só a morte os separaria, enquanto a irmã protestava que nunca se casaria.
Certo dia, Mumadona Dias foi visitada por um vizinho, Mendo de Sousa, fidalgo poderoso, que lhe disse mais ou menos assim: "Senhora, conheceis quem sou e o que valho. Ninguém se me pode comparar em poderio. E deveis considerar uma honra para a vossa casa que eu queria casar com a vossa filha Arrifana." Mumadona rectificou o nome da filha, Arriana. Mas durante a conversa da pretensão - aquilo nem era pedido!- sempre dizia Arrifana, por muito que fosse corrigido. A fidalga informou-o que a filha saberia escolher e ele queria que a mãe o impusesse...


Perante Arriana, Mendo de Sousa foi rejeitado. E sempre lhe chamava Arrifana!


Passados tempos, Nuno morreu de doença, passando Mumadona Dias e sua filha Arriana, cheias de saudades, a chorá-lo. E andavam sempre juntas naquela tristeza.


"Para todo o sempre, esta há-de ficar a ser a terra da nossa pena fiel!" dizia a fidalga.


"Sim, minha mãe, a pena fiel pelo nosso querido Nuno!", respondia, tristíssima, Arriana.


E assim nas voltas do tempo, lá se foram deste mundo mãe e filha, acabando D. Mendes de Sousa por ficar dono e senhor de mais aquelas terras. E, apesar de já estar muito velho e alquebrado, quando se enterraram as vizinhas e se apossou de tudo aquilo, ficou muito satisfeito e resmungou que, por fim, aquilo tudo era dele. Não casara com ele, mas era dono das suas terras. E deu-lhe o nome que mais gostava: Arrifana. "Serão as terras de Arrifana de Sousa!" E assim ficaram a chamar-se aquelas terras, até que D. José I, sabedor da lenda, lhes passou a dar o nome oficial e romântico de Penafiel.

terça-feira, 20 de março de 2012

NOTÍCIA DA SEMANA

EMPRESÁRIO SÍRIO FICOU POR CÁ E TORNOU-SE O REI DA SALSA

Há 13 anos, Ziad Barazi apaixonou-se pelo Alto Minho e trocou a Síria por Viana do Castelo, onde acabou por lançar o negócio de ervas aromáticas frescas que hoje emprega 26 pessoas para produzir quatro milhões de plantas. E o negócio, com cada planta ainda em vaso, não para de crescer. "Com o fator crise, a venda das ervas aromáticas poderá aumentar ainda mais. Estas ervas, depois de utilizadas e se forem bem tratadas, voltam a crescer, por isso os nossos vasos são acompanhados de um folheto explicativo sobre como as tratar para voltarem a ser utilizadas", começa por contar.

Nestes pequenos vasos seguem plantas como salsa, coentros, manjerico, orégãos, alecrim, funcho, hortelã, entre outras, à venda nas grandes superfícies nacionais e espanholas. A empresa Aromáticas Vivas estende-se por 44 hectares de campos na freguesia de Carreço, com estufas em vidro para otimizar os recursos energéticos.

Em todo o sistema de produção e estufas foram investidos mais de quatro milhões de Euro. "O sistema de rega permite irrigar e fertilizar ao mesmo tempo e a água que não é absorvida pelas plantas entra em recirculação para ser novamente utilizada, não havendo desperdício. O espaçamento dado às plantas é oito vezes maior que o sistema tradicional e que os estudos comprovam aumentar a qualidade das ervas", explica.

Não usa químicos. "Utilizamos predadores apenas biológicos que se alimentam de outras pragas e biocombustível para o aquecimento da estufa. Além disso, a colheita é feita manualmente", sublinha.

Ligação europeia
"Da semente para as lojas" é o lema da empresa Aromáticas Vivas, detida pela Swedeponic, a maior produtora de ervas aromáticas em vaso na Europa, única empresa com produção em vários países europeus, além de contar com uma faturação global superior a 400 milhões de Euro.

Ziad Barazi nasceu na Síria há 60 anos e em 1999 deslumbrou-se com o Alto Minho. Tudo aconteceu numa visita de trabalho à Galiza que teve passagem por Viana do Castelo, de onde já não saiu mais. Em Carreço lançou uma empresa de produção de flores naturais e, há dois anos, em parceria com sócios suecos, espanhóis e portugueses, iniciou o negócio das ervas aromáticas frescas.

Acabou por casar-se em Portugal e até já tem um filho nascido em Viana do Castelo.

A maior parte das ervas podem continuar a ser cultivadas, em vaso, no interior da habitação dos compradores, enquanto servem para a confeção de refeições no dia a dia.

Mas este cultivo doméstico implica alguns cuidados, como nunca regar diretamente na raiz, aconselha Ziad Barazi.

Além disso, a empresa aponta a curiosidade de, nos meses de verão, estas plantas suportam bem o serem transplantadas diretamente para o exterior ou o jardim lá de casa, enquanto continuam a crescer normalmente, tornando-se desta forma uma "aposta rentável" para todo o ano, garante e empresário sírio.


DN - 19.03.2012 -

domingo, 18 de março de 2012

FLOR-DE-PALHA

Nome popular: Sempre-viva; Flor-de-palha
Nome científico: Helichrysum bracteatum
Família: Compositae (Asteraceae)
Origem: Austrália.

A Sempre-viva é uma planta herbácea anual, que cresce de 0,7 a 1,2 m de altura, e folhas bastante delicadas. Suas flores são pequenas, mas bastante chamativas. Formadas na primavera, suas folhas são extremamente duráveis. É tolerante a temperaturas mais baixas, mas pode também ser cultivada em climas mais quentes.
Esta planta (nome científico é Helichrysum angustifolium), nasce na Ilha de Córsega, ilha conhecida como cidade natal de Napoleão, seu mais ilustre habitante. Conhecida também como Sempre viva ou Italienische Strohblume (flor de palha italiana).
Seu óleo essencial é um poderoso aliado nos tratamentos de pele antienvelhecimento, tanto que a L'Occitane possui uma linha de cremes feitos com óleo essencial orgânico de immortelle, exclusivos da marca. Esta planta possui qualidades altamente antisépticas, antiinflamatórias e cicatrizantes.
Também indicado para uso tópico em casos de flebites, psoríase e eczemas; sempre diluído em óleo carreador, que pode ser o óleo de semente de uva. Sempre testar aos poucos, tipo 10 ml de óleo carreador para 1 gota de óleo essencial de Immortelle.
O aroma da flor é fascinante e parece perene como a planta; e é tudo isto que o óleo essencial traz junto na sua energia. Ela é originária e cresce em abundância na Ilha de Córsega, mas vem bem em todo sul e centro da Europa. Cresce até 50 cm e gosta de terras áridas e perto do mar.
Além de todos os benefícios para a pele, ela traz indicações também para quadros de bronquite, reumatismo e gota.



Voltando a falar um pouco mais de Córsega, 1/3 da área desta ilha é protegida como parque nacional, onde seu belo litoral continua imune do "cimento". É quase despovoada (31 habitantes/km2 ). Por tudo isso, a Immortelle cresce livre e solta pelas pedras e campos arenosos da ilha.

sábado, 10 de março de 2012

BARBIE

A 9 de Março de 1959, um casal norte-americano, Ruth e Elliot Handler, mostrou numa feira de brinquedos em Nova Iorque a sua última criação: uma boneca com ar adolescente. Foi um sucesso e os primeiros exemplares custavam três dólares (cerca de dois euro). Contudo, a Mattel teve de pagar uma indemnização a uma fábrica de bonecas eróticas da Alemanha que reclamou que a Barbie era parecida com os seu modelos. E, 2012, é fabricada na China e no mundo vendem-se cerca de duas bonecas por segundo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher - 8 de Março

O Dia Internacional da Mulher é celebrado hoje em vários pontos do mundo, mas, segundo um estudo publicado no jornal britânico The Independent, os direitos e as perspectivas de realização pessoal e profissional das pessoas do sexo feminino variam consoante os países e, em alguns casos de forma surpreendente.
Segundo o jornal o melhor país para se ser mulher é a Islândia, pois é aquele que apresenta melhores indicadores de igualdade entre os géneros, em termos de representação política, na educação, saúde e emprego. No extremo oposto estão o Yemen e o Afeganistão.
Já no que respeita ao exercício de funções políticas o melhor sítio é, de acordo com o Independent, o Ruanda, a única nação onde a maioria dos elementos do parlamento são do sexo feminino. Mas é no Sri Lanka que as hipóteses de uma mulher ser chefe de Estado são maiores. Há 23 anos que as candidatas concorrem ao lugar cimeiro da hierarquia política do país.
A Tailândia e as Bahamas, por sua vez, oferecem boas oportunidades económicas às mulheres. O país do sudeste asiático é o que tem maior percentagem feminina na administração de empresas, enquanto as ilhas do Caribe estão no topo da lista mundial no que diz respeito à participação das mulheres na economia. Bem perto, nas Caraíbas estão os lugares ideais para as mulheres que se queiram dedicar à carreira de jornalista (45 por cento das notícias são escritas ou apresentadas por mulheres). Juízas, gestoras e legisladoras têm mais hipóteses de fazer carreira na Jamaica. Já o melhor sítio para uma mulher tirar um curso superior é o Qatar.
No campo familiar a Noruega é o país ideal para as mulheres serem mães, mas na hora de dar à luz a Grécia é a primeira escolha, onde o risco de se morrer durante o parto é de uma mulher em cada 31,800.
O Japão é o país com maior esperança média de vida para o sexo feminino, no entanto é na Dinamarca que as mulheres parecem aproveitar melhor a vida, o país onde têm mais tempo para o lazer.
O estudo refere ainda o melhor lugar para uma mulher deixar o marido: a ilha de Guam, que tem a taxa de divórcio mais alta do mundo.


Ana Tomás