Fonte Benémola ocupa uma área de 392 hectares, entre as freguesias de Querença e Tôr do concelho de Loulé, pertencendo ao Barrocal algarvio. A riqueza do local provém da água que corre todo o ano na ribeira de Menalva. Estudos biológicos, atestam que a ribeira é a fonte de vida do ecossistema local, o qual alberga 300 espécies de flora e 100 espécies de aves identificadas.
Entre as espécies arbóreas e arbustivas identificam-se espécies pouco comuns em outros locais do Barrocal algarvio, sendo exemplo os choupos, freixos, loendros, salgueiros, silvados e canaviais. Juntando a tudo isto, como se de uma receita de culinária se tratasse, o local é temperado pelos cheiros típicos do Algarve, provenientes do alecrim e do rosmaninho.
Sendo albergue de várias espécies de aves, a Fonte Benémola é um local importante na anilhagem de aves, para estudo da interação entre as aves residentes e as migratórias. De todas as espécies, as mais observadas são os guarda-rios, os papa-figos, as garças e os rouxinóis No entanto, o animal de destaque é a lontra, da qual existem vestígios ao longo da ribeira, mas sendo a sua atividade noctívaga a observação é difícil
Em 24 de julho de 2008, foi publicado em Decreto-Lei a atribuição do título Paisagem Protegida ao local de Fonte Benémola. Esta atribuição visa a preservação do ecossistema e assegura a sua gestão sustentável pela Câmara Municipal de Loulé, em parceria com outras entidades, contrariando futuras pressões urbanísticas e controlando a poluição do curso de água.
Uma visita à Fonte Benémola faz-se por um caminho pedestre de 4,5 quilómetros, a partir da Estrada Municipal 524 nas direção de Querença, demarcado e ladeado por Azinheiras e Medronheiros, onde se pode sentir os aromas dos campos, visualizar a típica paisagem rochosa do barrocal e saborear um ou outro medronho, que se vá colhendo. Junto à ribeira existe uma zona de merendas, onde o visitante pode descansar à sombra da árvores, escutar o chilrear dos pássaros e do curso da água, libertando a mente de problemas.
Dica - 10.4.2014 - Marco Pedro
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