quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 85ª - MONCHIQUE

O MANTO DE SANTO ANTÓNIO

Santo António protagoniza muitas lendas da terra portuguesa. E como se elas não bastassem, alguns gestos ganham foros lendários. Como aquele no tempo de D. Afonso VI, em que, a 24 de Janeiro de 1668, num singular alvará, Santo António era alistado como soldado no 22º Regimento de Infantaria de Lagos. Mais tarde, a 12 de Setembro de 1683, D. Pedro II promoveu o referido soldado ao posto honorífico de capitão!


Pois à entrada de uma pequena aldeia da Serra de Monchique há um nicho com uma imagem de Santo António, envergando um manto azul, azul bem do céu, bordado a ouro e cercado por flores. O que estará por trás disto? Pois, uma lenda.
E nessa aldeiazinha vivia uma rapariga que que cumpriu a promessa. Casada com um homem mais velho, começou a notar que ele a tratava mal. Discutiam muito e ele esteve a ponta da bater-lhe, mão o fazendo porque ela se disse grávida. E teve uma menina.Mas continuaram a discutir. E tinha a criança 8 anos quando foi ao nicho rezar a Santo António para que desse um jeito lá em casa. Prometeu-lhe flores para o nicho. Surgiu-lhe então um mendigo que lhe pediu de comer. Levou-o a casa e a mãe recebeu-o bem, mas o pai resmungou. Mas foi a senhora preparar-lhe uma refeição, acompanhada da filha. O marido ficou na sala e o mendigo falou-lhe de paz, de amor na família e aconselhou-o a ir ajudar a  mulher. Ele foi e entenderam-se naquele preparativo. Ao voltarem à sala, o homem desaparecera mas no lugar de cada estava uma reprodução da imagem do nicho. Correndo o milagre, a partir daí não faltaram nunca flores no nicho.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

BIOMBOS BÁRBAROS



A chegada de portugueses ao Japão no século XVI está na origem dos biombos nanban, peças de arte nipónicas que representam os "Bárbaros do Sul" e podem atingir, em leilão, quatro a cinco milhões de euro.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

A CEIA DO EUNUCO



Castram-se os galos em março, alimentam-se a grão e couves para dezembro. Nas mesas de Natal do Vale do Sousa, as famílias sentam-se em volta do capão.
Foi o manjar dos reis e é uma iguaria rara, protegida por produtores e cozinheiros e, agora, também por Certificação Europeia. O passado tornou uma ave eunuca o orgulho de Freamunde.
O capão é castrado aos 3 meses, alimentado 70% a grão e 30% a couve. E tem de andar ao ar livre. Corta-se-lhe a crista e as barbas, "para perder a vaidade". Assim já não se faz às galinhas. Vive para comer e dormir.
Um terço dos capões morre durante a castração, efetuada a sangue-frio. É também isso que o torna caro, 50 a 60 euro por seis quilos de carne. "E isto é trabalho de mulheres, que aos homens mete pena tirar os testículos ao galo".
O capão à Freamunde é tradição tão enraizada que, em 2001, Raimundo Durão decidiu criar-lhe uma confraria. São 24 confrades, empenhados em preservar a tradição.
E também se conta a lenda do eunuco:
Nos tempos romanos, um consul chamado Caio Cânio, cansado da perda do sono por causa do cantar dos galos, conseguiu fazer aprovar uma lei impeditiva da existência destas aves na região.
O povo, pobre e faminto, lembrou-se de capar os bichos, tirando-lhes o pio mas guardando a carne.
E foi aí que se percebeu que a castidade tornava o animal mais gordo, opulento e tenro do que as outras aves.
A história cabe no domínio da lenda mas, em 1719, D. João V instituiu oficialmente a Feira dos Capões por decrete régio.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

8 DE DEZEMBRO - IMACULADA CONCEIÇÃO - PADROEIRA DE PORTUGAL




Nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646 declarou o rei D. João IV que tomava a Virgem Nossa Senhora da Conceição por padroeira do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de cinquenta cruzados de ouro. Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus. 
Não foi D. João IV o primeiro monarca português que colocou o reino sob a protecção da Virgem, apenas tornou permanente uma devoção, a que os nossos reis se acolheram algumas vezes em momentos críticos para a pátria. D. João I punha nas portas da capital a inscrição louvando a Virgem, e erigia o convento da Batalha a Nossa Senhora, como o seu esforçado companheiro D. Nuno Alvares Pereira levantava a Santa Maria o convento do Carmo. Foi por provisão de 25 de março do referido ano de 1646 que se mandou tomar por padroeira do Reino Nossa Senhora da Conceição. Comemorando este facto cunharam-se umas medalhas de ouro de 22 quilates, com o peso de 12 oitavas, e outras semelhantes mas de prata, com o peso de uma onça, as quais foram depois admitidas por lei como moedas correntes, as de ouro por 12$000 réis e as de prata por 600 réis. Segundo diz Lopes Fernandes, na sua Memória das medalhas, etc., consta do registo da Casa da Moeda de Lisboa, liv. 1, pag. 256, v. que António Routier foi mandado vir de França, trazendo um engenho para lavrar as ditas medalhas, as quais se tornaram excessivamente raras, e as que aquele autor numismata viu cunhadas foram as reproduzidas na mesma Casa da Moeda no tempo de D. Pedro II. Acham-se também estampadas na Historia Genealógica, tomo IV, tábua EE. A descrição é a seguinte: JOANNES IIII, D. G. PORTUGALIAE ET ALGARBIAE REX – Cruz da ordem de Cristo, e no centro as armas portuguesas. Reverso: TUTELARIS RE­GNI – Imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre o globo e a meia lua, com a data de 1648, e; nos lados o sol, o espelho, o horto, a casa de ouro, a fonte selada e arca do santuário. 

O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854, pela bula Ineffabilis. A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI  sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa crença antes de ser dogma. Em 8 de dezembro de 1904 lançou-se em Lisboa solenemente a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário da definição do dogma. Ao acto, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da actual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589.

domingo, 6 de dezembro de 2015

A LENDA DE SÃO NICOLAU

Nicolau, filho de cristãos abastados, nasceu na segunda metade do século III, em Patara, uma cidade portuária muito movimentada.
Conta-se que foi desde muito cedo que Nicolau se mostrou generoso. Uma das histórias mais conhecidas relata a de um comerciante falido que tinha três filhas e que, perante a sua precária situação, não tendo dote para casar bem as suas filhas, estava tentado a prostituí-las. Quando Nicolau soube disso, passou junto da casa do comerciante e atirou um saco de ouro e prata pela janela aberta, que caiu junto da lareira, perto de umas meias que estavam a secar. Assim, o comerciante pôde preparar o enxoval da filha mais velha e casá-la. Nicolau fez o mesmo para as outras duas filhas do comerciante, assim que estas atingiram a maturidade.
Quando os pais de Nicolau morreram, o tio aconselhou-o a viajar até à Terra Santa. Durante a viagem, deu-se uma violenta tempestade que acalmou rapidamente assim que Nicolau começou a rezar (foi por isso que tornou também o padroeiro dos marinheiros e dos mercadores). Ao voltar de viagem, decidiu ir morar para Myra (sudoeste da Ásia menor), doando todos os seus bens e vivendo na pobreza.
Quando o bispo de Myra da altura morreu, os anciões da cidade não sabiam quem nomear para bispo, colocando a decisão na vontade de Deus. Na noite seguinte, o ancião mais velho sonhou com Deus que lhe disse que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte, seria o novo bispo de Myra. Nicolau costumava levantar-se cedo para lá rezar e foi assim que, sendo o primeiro homem a entrar na igreja naquele dia, se tornou bispo de Myra.

S. Nicolau faleceu a 6 de Dezembro de 342 (meados do século IV) e os seus restos mortais foram levados, em 1807, para a cidade de Bari, em Itália. É actualmente um dos santos mais populares entre os cristãos.
S. Nicolau tornou-se numa tradição em toda a Europa. É conhecido como figura lendária que distribui prendas na época do Natal. Originalmente, a festa de S. Nicolau era celebrada a 6 de Dezembro, com a entrega de presentes. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, apesar de ser retirada pela igreja católica do calendário oficial em 1969, ficou associado pelos cristãos ao dia de Natal (25 de Dezembro)
A imagem que temos, hoje em dia, do Pai Natal é a de um homem velhinho e simpático, de aspecto gorducho, barba branca e vestido de vermelho, que conduz um trenó puxado por renas, que esta carregado de prendas e voa, através dos céus, na véspera de Natal, para distribuir as prendas de natal. O Pai Natal passa por cada uma das casas de todas as crianças bem comportadas, entrando pela chaminé, e depositando os presentes nas árvores de Natal ou meias penduradas na lareira. Esta imagem, tal como hoje a vemos, teve origem num poema de Clement Clark More, um ministro episcopal, intitulado de “Um relato da visita de S. Nicolau”, que este escreveu para as suas filhas. Este poema foi publicado por uma senhora chamada Harriet Butler, que tomou conhecimento do poema através dos filhos de More e o levou ao editor do Jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, publicando-o no Natal de 1823, sem fazer referência ao seu autor. Só em 1844 é que Clement C. More reclamou a autoria desse poema.
Hoje em dia, na época do Natal, é costume as crianças, de vários pontos do mundo, escreverem uma carta ao S. Nicolau, agora conhecido como Pai natal, onde registam as suas prendas preferidas. Nesta época, também se decora a árvore de Natal e se enfeita a casa com outras decorações natalícias. Também são enviados postais desejando Boas Festas aos amigos e familiares.

Actualmente, Há quem atribuía à época de Natal um significado meramente consumista. Outros, vêem o Pai Natal como o espírito da bondade, da oferta. Os cristãos associam-no à lenda do antigo santo, representando a generosidade para com o outro.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ACÓNITO NAPELLUS

Classificação científica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ranunculales
Família: Ranunculaceae
Género: Aconitum
Espécie: Aconitum Napellus



O acónito  (Aconitum napellus) é uma planta venenosa, pertencente à família Ranunculaceae muito utilizada em fármacos homeopáticos.
Possui raízes tuberosas e caule ereto, com flores azuis na forma de um elmo. O fruto é uma vesícula.
Os sintomas do envenenamento por sua causa são salivação excessiva, falta de ar, tremores e aceleração dos batimentos cardíacos. Apenas 10 gramas de raíz constituem uma dose letal para o ser humano.
É uma planta vivaz que pode atingir até 1,5 metros de altura, tem folhas verde-escuras, palmeadas e recortadas, flores azuis, raramente brancas, e raiz fusiforme. Dá-se bem nas regiões montanhosas, é medicinal e costuma cultivar-se também em jardins, como planta ornamental.
Todas as suas variedades são venenosas quando a semente já está madura. O Aconitum napellus, comum em terrenos úmidos, cultiva-se muito em jardins. Todas as partes da planta são muito venenosas em virtude de possuírem alcalóides distintos.
Outras espécies de acônito existentes em Espanha e Portugal são a erva toira (A. anthora), ou acônito da saúde, e o matalobos (A. lycoctonum), de flor amarela.
Também pode ser receitado pelo seu Médico para o tratamento da ansiedade, mas só com o conhecimento do Médico.


sábado, 28 de novembro de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 84ª - ALIJÓ

OS SINOS TROCADOS

Quem tiver o ouvido afinado para a música poderá entender esta lenda melhor que ninguém. Bastar-lhe-á jornadear até ao Alto Douro, ao concelho de Alijó, e visitar as aldeias de Carlão e de Ribalonga. E quando repicarem os sinos, logo perceberão que o primeiro clama por Ribalonga e o deste por Carlão. Mas, o que se passa?
É que os sinos foram trocados numa oficina do consertos em Braga e o comodismo dos homens não consentiu na reparação do erro. "O serviço é o mesmo", terá comentado uma voz. E assim ficou.
Os sinos é que estão desgostosos e lamentam a sua sorte! Verificarão que hoje estão afinados, aliás a lenda diz-nos que já antes do episódio que vamos narrar eram afinadíssimos. Ora virá-lo quando o repicavam, puxando os rapazes a corda, era sinal de força! No entanto, os sinos fartam-se, racham, envelhecem, quase como as pessoas.Pelo menos alguns. E aconteceu isso a ambos os sinos das duas aldeias. Na oficina de Braga, como se disse, puseram-nos como novos, mas trocaram-nos. Após ligeira discussão inicial, concordaram as partes que o fundamental era que repicassem. E isso fazem-no, ainda que de som trocado. E assim continuam hoje, que ninguém os repôs nas torres de origem...
E há outra lenda, a da Nossa Senhora da Boa Morte do Pópulo. Pois diz que Nossa Senhora, achando que a freguesia de Vila Verde era uma aldeiazinha agradável, em que podia viver, andou até  ao cabeço conhecido como das Bilheiras, para ficar com outra perspectiva. Porém, ao ouvir como discutiam entre si as mulheres na fonte, fugiu para o Pópulo!
No entanto, podemos conhecer ainda uma outra lenda de Ribalonga, referente ao seu lugar de Santa Ana. Pois neste lugar há uma fraga enorme, rectangular, tendo na parte superior três sulcos, o da cabeça, o do tronco e o dos membros de uma pessoa. A voz do povo, essa mesma voz que escreve as lendas, linha a linha, diz que esses sinais foram ali deixados por Santa Ana, quando andava em peregrinação aos Lugares Santos.
Pois a lenda faz-nos saber que Santa Ana, cansadíssima, não vendo outro sítio
 para se deitar, aproveitou aquela fraga. E a pedra tornou-se então mole para ficar mais confortável, tornando mesmo a forma do seu corpo. E no dia seguinte, logo ao amanhecer, repostas as forças, meteu-se a santa a caminho. Do texto da lenda não consta que alguém a visse, mas quer-nos cá parecer que testemunha deve ter havido, doutro modo...

Pois, saindo a santa, pela fraga começaram a passar as pessoas que iam para os seus trabalhos, reparando nos sulcos, ficaram admiradas. Alguns voltaram a Ribalonga dar a notícia. E logo ali se juntaram umas dezenas de pessoas a discutir o fenómeno. Como é que chegaram à conclusão de que fora Santa Ana, de quem eram devotos? Não se sabe. Testemunha que não quis declará-lo? De qualquer modo, aquele monte onde está a fraga ficou a ser conhecido como Monte de Santa Ana.


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

CURIOSIDADES SOBRE O CAFÉ

1) Descoberta do café
Acredita-se que o café foi descoberto no século 9, quando um pastor de cabras percebeu que os seus animais ficaram mais excitados, após terem comido algumas bagas vermelhas de uma árvore. Este pastor levou os frutos a um santo muçulmano que as conseguiu transformar em bebida, o café dos dias hoje.
2) Origem da palavra café
A palavra “café” vem do árabe “qahwah”, que está relacionada com a palavra vinho. A palavra turca para o café, kahve, é derivada da palavra árabe e está relacionada com a palavra café.  Outros estudiosos acreditam que a palavra é de Kaffa, região da Etiópia onde se acredita que o café tenha sido originado.
3) Primeira casa de café
A primeira loja a comercializar o café como bebida foi inaugurada em 1475, em Constantinopla (na recente Istambul).
4) Consumo de café mundial
Em todo o mundo são consumidas mais de 500 biliões de chávenas de café por ano, sendo a bebida mais popular de sempre. É também a mais negociada mundialmente! consumidas mais de 500 biliões de chávenas de café por ano, sendo a bebida mais popular de sempre.
5) 30% da água é usada em café
Na América do Norte, 30% da água da torneira é utilizada para preparar chávenas de café!
6) Café é saudável para o cérebro e nervos
Uma pesquisa realizada demonstrou que o café pode diminuir o declínio cognitivo e ainda doenças neurodegenerativas. Os Turcos até chamam às suas lojas de café de “escolas para sábios”!
7) O café é benéfico para várias doenças
Vários estudos mostraram que o consumo moderado de café reduz substancialmente o risco de Doença de Alzheimer, Parkinson, cirrose no fígado, gota, doenças cardíacas e ainda a diabetes tipo 2.
8) Café contra a depressão
Um estudo realizado em 2011, demonstrou que as mulheres que consomem até 3 chávenas de café por dia, tinham 15% menos probabilidades de sofrer de depressão, por um período de 10 anos, relativamente a outras que apenas bebiam uma chávena de café por semana.
9) Café contra o câncro da próstata
Estudos mostraram que os homens que bebem seis ou mais chávenas de café diárias diminuem o risco de desenvolver câncro da próstata em 20%!
10) O café contém antioxidantes
Várias pesquisas constataram que o café contém antioxidantes, que ajudam a prevenir os radicais livre das células que nos são prejudiciais. Uma porção de mirtilos, framboesas ou laranjas têm a mesma quantidade de antioxidantes que 250 ml de café!
11) Café mais caro do mundo
O café mais caro do mundo é vendido na Indonésia e é feito a partir de grãos de café que foram parcialmente mastigados, digeridos e excretados por um animal semelhante à doninha. Esses grãos são vendidos a mais de 600 dólares cada quilo e uma chávena pode custar até 50 dólares!
12) Cada planta produz até 2 quilos de grãos de café
A planta do café demora cerca de 3 a 4 anos para amadurecer e produz de 1 a 2 quilos de grãos de café por colheita.
13) Comércio do café emprega milhões de pessoas
Acredita-se que existam cerca de 25 milhões de empregados em todo o mundo, ligados ao negócio e comercialização do café.
14) Curiosidades sobre a Starbucks
A conhecida loja de cafés Starbucks faturou em 2010 quase 11 biliões de dólares, nas suas 16850 lojas espalhadas por todo o mundo. Eles oferecem aos seus clientes mais de 87 mil combinações possíveis com esta famosa bebida.
15) Café mais forte e mais fraco
Os grãos de café mais claros são os que têm mais cafeína. Contrariamente, são os graus mais escuros que têm menos cafeína. Contrariamente, são os graus mais escuros que têm menos cafeína.









quarta-feira, 11 de novembro de 2015

11 DE NOVEMBRO - DIA DE SÃO MARTINHO


São Martinho, ou Martinho de Tours, nasceu em cerca de 316 na antiga cidade de Savaria na Panónia, uma antiga província na fronteira do Império Romano, na atual Hungria. Filho de um comandante romano, cresceu na região de Pavia, em Itália, no seio de uma família pagã. Criado para seguir a carreira militar, foi convocado para o exército romano quando tinha quinze anos, viajando por todo o Império Romano do Ocidente.
Apesar de ter recebido uma educação pagã, foi em adolescente que Martinho descobriu o Cristianismo. Mas foi só mais tarde, em 356, depois de ter abandonado o exército que foi batizado. Tornou-se discípulo de Santo Hilário, bispo de Poitiers (na zona oeste da atual França), que o ordenou diácono e presbítero, regressando de seguida a Panónia, onde converteu a mãe. Mudou-se depois para Milão, de onde terá sido expulso juntamente com Santo Hilário. Isolado, terá passado algum tempo na ilha da Galinária, ao largo da costa italiana.
De volta à Gália, foi perto de Poitiers que fundou o mais antigo mosteiro conhecido na Europa, na região de Ligugé. Conhecido pelos seus milagres, o santo atraía multidões. Foi ordenado bispo de Tours em 371 e fundou o mosteiro de Marmoutier, na margem do rio Loire, onde vivia na reclusão. Pregador incansável, foi também o fundador das primeiras igrejas rurais na região da Gália, onde atendia tanto ricos como pobres. Morreu a oito de novembro de 397 em Candes e foi sepultado a onze de novembro em Tours, local de intensa peregrinação desde o século V.
É na data do seu enterro, três dias depois de ter morrido em Candes, que se comemora o dia que lhe é dedicado. Acredita-se que, na véspera e no dia das comemorações, o tempo melhora e o sol aparece. O acontecimento é conhecido pelo “verão de São Martinho” e é muitas vezes associado à conhecida lenda de São Martinho.

domingo, 8 de novembro de 2015

CINCO - CHAGAS (TROPAEOLUM MAJUS L.)


Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Tropaeolaceae
Género: Tropaeolum
Espécie: Tropaeolum Majus L.



Cinco-chagas (Tropaeolum majus L., conhecido também por vários nomes, como capuchinha, capuchinho, mastruço-do-peru,flor-de-sangue, flor-de-chagas, chagas, nastúrcio, agrião-do-méxico, chaguinha, capucine, agrião-da-índia e mastruço) é uma planta da família dos Tropaeolaceae.
Com um pequeno porte, cinco-chagas é uma herbácea com aromas, de ramos rasteiros e retorcidos. Possui flores que vão da cor vermelha a branca e que podem ser usadas na culinária. Comem-se seus frutos em conservas . O seu fruto é mais preferido pelas maritacas.
De nome científico Tropaeolum majus, mas mais vulgarmente conhecida como capuchinha ou chagas, esta é uma espécie que se supõe ser originária da América do Sul, provavelmente da região andina que abrange os territórios que vão da Bolívia à Colômbia. Contudo, encontra-se naturalizada em muitos outros locais do globo, desde a América do Norte à Austrália, passando pelo continente europeu e Macaronésia (ilhas atlânticas, nomeadamente Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde).
Esta espécie pertence à família Tropaeolaceae a qual se divide em três géneros, um dos quais é o Tropaeolum, com cerca de 80 espécies, que inclui a Tropaeolum majus. Aparentemente a Tropaeolum majuscomeçou por ser uma planta cultivada e foi em tempos bastante apreciada em jardins. Perdida a popularidade e a preferência como planta ornamental, quis ainda assim, continuar a ser útil, ultrapassou barreiras e naturalizou-se em espaços não confinados. Hoje em dia pode ver-se esta espécie crescendo de forma espontânea, na proximidade dos campos de cultivo, sendo aproveitada pelos agricultores para proteger as suas plantações pois ela serve de hospedeira a certas pragas e repele outras.
Na generalidade, esta espécie floresce e frutifica durante a primavera e o verão. Contudo adapta-se com tanta facilidade a certos tipos de climas que pode florescer durante a maior parte do ano, frequentemente assumindo um comportamento invasor. Nestes casos é conveniente tomar medidas que controlem a expansão da planta.
Noutras regiões esta espécie é muito apreciada e cultivada, não só pelas suas flores mas também pelas folhas pois ambas são comestíveis. Podem confecionar-se deliciosas saladas frias tanto com as folhas como com as flores as quais também se usam na decoração da finalização dos pratos. Não só são decorativas como também exalam um aroma agradável e muito característico. O sabor é ligeiramente apimentado.
Tropaeolum majus tem também excelentes propriedades terapêuticas, podendo ser utilizadas todas as partes da planta, excepto a raiz. A planta é muito rica em vitamina C e tem propriedades bactericidas, digestivas, sedativas e expetorantes, sendo indicada para problemas pulmonares e digestivos, escorbuto e afeções da pele. Porém nunca é demais lembrar que o consumo deve ser regrado pois todas as plantas têm o seu grau de toxicidade, sendo nocivas em caso de exagero.
A Tropaeolum majus é uma planta anual, herbácea, de hábito rastejante ou trepador, com guias que podem atingir 1 metro ou mais, providas de pecíolos foliares que funcionam como gavinhas. Os caules, de cor verde claro são carnudos, ocos e cilíndricos, sem pelos, de aspeto quase polido. A planta é pouco ramificada, sendo que geralmente só ramifica na base e não nos caules.
As folhas, de cor verde azulado, são numerosas, alternas, simples, de margens ligeiramente lobadas e onduladas; têm forma circular e ligam-se perpendicularmente ao caule através de um longo pecíolo, mais ou menos no centro do limbo; as veias são bem visíveis e irradiam do centro para o exterior da folha.
As flores, muito vistosas, são solitárias e crescem na axila das folhas, no topo de longos pedúnculos. Corola e cálice exibem tons de amarelo, laranja e vermelho e são lisas ou com manchas acastanhadas ou de cor púrpura.

No seu conjunto, as flores são compostas por 5 pétalas (corola), 5 sépalas (cálice) e órgãos reprodutivos masculinos e femininos funcionais.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 83ª - ALVAIÁZERE

UMA SINA DE SOFRIMENTO

Esta lenda conta-se em Maçãs de Dona Maria, cabeça de freguesia que fica a uma dúzia de quilómetros de Alvaiázere. Pois trata de uma linda rapariga que vivia com os seus pais, que eram lavradores remediados. E cada vez que a rapariga ia à talha buscar azeite, vivendo com  intensidade aquilo que ela julgava ser castigo, o estar na aldeia, via-se espelhada na superfície do azeite e dizia:
"Ai como eu sou tão bonita!"
E escutava uma voz a responder-lhe:
"É a tua sina!"
Tantas vezes aquilo lhe aconteceu, que não resistiu a contá-lo à mãe. E esta, intrigada, recomendou-lhe que interrogasse a voz sobre o que queria dizer, que sina, afinal, seria a sua.
E assim fez a rapariga, escutando:
"Vais ter duas filhas mas, depois, passarás sete anos de vida mundana..."
A rapariga ficou transita.  De quem seria a voz?
Na verdade, passados uns tempos, apareceu na aldeia um rapaz que era vizinho de outra terra, apaixonou-se pela jovem e pediu-lhe na,moro, tendo ela aceite. Muito honestamente, a mãe preveniu o rapaz do que se passava, mas ele, tão apanhado estava, que insistiu em casar e casaram mesmo.
E tudo estava a correr muito bem quando a rapariga, após ter tido duas filhas, abandonou o lar e foi para a cidade, caindo numa vida mundana. E assim passou sete anos, até que largou tudo e regressou à terra.
Ora foi precisamente a mãe a primeira pessoa conhecida que viu, estavam ambas ao pé da ponte. A mãe reconheceu-a e, zangada, dando-lhe um empurrão, exclamou:
"Andas por aqui, vagabunda?"
Caindo ao rio, a rapariga agarrou-se a uns salgueiros e salvou-se. Depois correu por uns campos fora, não se sabendo do seu destino.
Um dia, à porta do marido, que vivia com as filhas, bateu uma velhinha. As raparigas não sabiam quem era, mas tiveram muita pena dela e deixaram-na entrar. Deram-lhe de comer e passaram a tarde juntas, tendo a velha catado os piolhos às raparigas, lavando-lhes também as cabeças. Depois, quis ir-se embora, mas elas arranjaram-lhe lugar para ficar num barracão anexo. Ela lá acabou por aceitar.
O pai chegou à noite, jantou e deitou-se. Mas à tantas da madrugada acordou com uma estranha de nocturna! Foi ver o que era e entrou no barracão onde estava a velha. Mas a velha estava morta, deitado num caixão iluminado por centenas de velas acesas.

Conforme a lenda, a pobre mulher expiara os pecados marcados pela sua sina. E com os sofrimentos do corpo, acabara por ganhar o céu.

sábado, 17 de outubro de 2015

OUTONO - ÉPOCA DOS COGUMELOS

UM TESOURO PARA QUEM SABE ACHÁ-LO.



Despontam por todo o lado com as primeiras chuvas. Segundo o Observatório Agrícola, em Portugal estão indentificadas trezentas espécies de cogumelos. 
"Todos são comestíveis, alguns deles apenas uma vez", ironiza uma velha máxima micológica.
Ainda assim , fora de brincadeira, há pelo menos quarenta variedades aptas para o consumo humano sem efeitos secundários indesejáveis - estando aqueles que podem ser considerados "desejáveis" também excluídos -, listadas no guia que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas  disponibilizada online. 
Apesar da quantidade de informação disponível, a colheita por conta própria continua a ser pouco recomendável. Porém, um pouco por todo o país há associações micológicas a organizar saídas de campo com especialistas bem informados sobre estes tesouros do bosque. É só perguntar às pessoas certas.

evacoes - # 29


domingo, 11 de outubro de 2015

PASTILHAS ELÁSTICAS NA ARTE



17625 pastilhas elásticas não mastigadas foram a matéria-prima que o artista Rob Surettte escolheu para  fazer um retrato da cantora Taylor Swift, de quem é superfã. O resultado foi tão bom que o autor ganhou um concurso de arte do programa de bizarrias Ripley's Believe It Or Not e dois mil dólares (perto de 1800 euro).

domingo, 4 de outubro de 2015

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS - 4 DE OUTUBRO -

O Dia Mundial dos Animais é comemorado todos os anos em 4 de Outubro. Tudo começou em Florença, Itália em 1931, em uma convenção de ecologistas. Neste dia, a vida animal em todas as suas formas é celebrada, e eventos especiais são planejadas em locais por todo o mundo. O 4 de Outubro foi originalmente escolhido para o Dia Mundial dos Animais, porque é o dia da festa de São Francisco de Assis, um amante da natureza e padroeiro dos animais e do meio ambiente. Igrejas de todo o mundo reservam o domingo mais próximo da data para abençoar os animais.

Também o Jardim Zoológico de Lisboa aproveita este dia para mostrar as novas crias das chitas (cinco) e dos órix-de-cimitarra (duas) aos visitantes.


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

DROLSOPYLLUM LUSITANICUM

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Drosophyllaceae
Género: Drosophyllum
Espécie: D. Lusitanicum


Drosophyllum lusitanicum, vulgarmente conhecido como pinheiro-orvalhado é o nome de uma espécie de planta carnívora da família Drosophyllaceae.
Drosophyllum lusitanicum é uma planta popular entre colecionadores, uma vez que é o único representante de seu gênero,Drosophyllum. Ela também é significativamente diferente das outras na medida em que as plantas carnívoras habita climas mais secos.
Distribuição
Unicamente se encontra em Portugal, sudoeste da Espanha e norte de Marrocos. Em Portugal encontra-se em toda a zona litoral ocidental. Em Espanha encontra-se nas províncias de Ciudad RealCádizMálagaCáceresBadajoz e Ceuta.
Cultivo

Infelizmente, esta planta tem uma má reputação de ser difícil crescer e manter. O principal problema é que os métodos de cultivo utilizados para outras plantas carnívoros pântano são letais para Drosophyllum. Os desafios específicos com o cultivo Drosophyllum incluem: sementes de germinação lenta, perturbação da raiz é frequentemente mortal e as plantas são propensas à podridão radicular.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

LENDAS DE PORTUGAL - 82ª - BAIÃO

FREI COMILÃO E O MOLEIRO

Entre comer e rezar, aquele frade do mosteiro de Ansede, Baião, inclinava-se pela primeira das práticas. Reinava João III e, se para o coro era o último, para o refeitório era o primeiro! E quando lhe ralhavam respondia:
"Muito comer, pouco rezar e nunca pecar leva a alma a bom lugar..."
E, um dia, os frades de Ansede decidiram ir comer uma boa merenda a Oliveira, mas evitaram dizê-lo a Frei Comilão. Porém, o nosso frade tinha um sexto sentido, e foi o primeiro a pôr-se a caminho.
Bem, Frei Comilão chegou junto do rio e não viu barca que o levasse para a outra margem, pelo que estendeu a sua capa sobre as águas e navegou, sendo o primeiro a chegar a Oliveira. E imaginem o espanto dos outros frades ao porem na relva a toalha das iguarias, dando de caras com Frei Comilão que sorria como quem dizia:
"Muito comer, pouco rezar..."
E como ainda há tempo, ouçam mais esta. Um moleiro foi nadar para ao Ovil, num poço entre os penedos do lugar do Giraldo. E quando quis sair da água, uma força oculta puxou-o e foi parar ao riquíssimo palácio de uma moura encantada! Ali esteve dois dias acordado e sem fome, queria ir-se embora, mas não podia.  Lembrou-se, então, de rezar um padre-nosso ao contrário, fórmula boa para quebrar alguns encantos. E resultou.
Os amigos já andavam à procura dele e contou-lhes o sucedido. Os outros revistaram o poço e não encontraram  palácio nenhum, chamando-lhe mentiroso. E ele disse que iria lá buscar uma prova. E foi, trazendo uma barra de ouro. Logo uma rapariga quis casar com ele, mas depois zangou-se dizendo que afinal ele não era. 

Ele desafiou-a a ir com ele ao palácio, mas ela teve medo. Tiveram dois filhos e um deles, chegando a adulto pediu ao pai que lhe comprasse um cavalo para correr mundo à busca de fortuna. O pai comprou também dois leões. E ele meteu-se a caminho, chegando a uma terra onde havia uma mata. Nessa mata havia uma bicha de sete cabeças que comia pessoas. Todos os dias se sacrificava gente daquela terra, até que calhou a vez à filha do rei. E quando o rapaz ia passar ao pé da mata viu uma linda menina a chorar. Não sabia que era a princesa, mas ela contou-lhe o que se passava. Ele agarrou nela e foi enfrentar a serpente. Ajudado pelos leões cortou as sete cabeças e as respectivas línguas embrulhando estas num pedaço de vestido da princesa. Depois despediu-se da jovem dizendo que mais tarde daria notícias. O rei ficou muito contente e deu uma grande   festa dizendo que casaria a princesa com o salvador. Um embusteiro encontrou as cabeças e levou-as ao rei. A princesa dizia que não era ele, mas o rei julgava que ela mentia. O filho do moleiro pegou na sua trouxa e foi ao palácio real. O rei não o queria receber, mas ela arranjou maneira de mostrar que às cabeças faltavam as línguas que ele ali tinha embrulhadas num bocado do vestido da princesa. E casou com ele. O outro irmão esse ficou como o pai  mais um moleiro do rio Ovil.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

50 CABELEIRAS

50 é o número de cabeleiras que a Liga Portuguesa contra o Cancro vai disponibilizar aos doentes oncológicos que necessitam, resultado das doações de cabelo e de um investimento de 20 mil euro. A instituição explica que de momento já não precisa de mais cabelo natural, uma vez que as 50 são suficientes para colmatar as necessidades dos doentes oncológicos apoiados pela LPCC e o objetivo é que sejam reutilizadas ao longo do tempo.



Notícias Magazine - 27.9.2015 -