Céu negro, noite cerrada. Para os pescadores ao largo de Taipei é o momento ideal para soltar as amarras e seguirem para alto-mar. Na escuridão, fazem nascer um claraõ de luz. Para atrair a atenção
dos peixes, os homens incendeiam um pau de bambu previamente regado com químicos, e a chama resultante funciona como íman para as sardinhas que circundam a pequena embarcação. Os cardumes agrupam-se e saltam da água, enquanto outros pescadores aproveitam para deitar uma rede ao mar e capturar a maior quantidade de peixe possível - entre três e quatro toneladas, por noite. A prática ancestral, conhecida como pesca do fogo sulfúrico, repete-se todas as noites. Seis horas passam os homens no mar, a trabalhar e a dar continuidade a uma prática já quase em extinção no país, e que aos olhos do governo local é vista como uma forma de arte a preservar.
Notícias Magazine-nº1258
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