Magali Jaskiewicz escolheu o tradicional vestido branco para o seu casamento. A noiva, de 26 anos, chegou à Câmara Municipal de Dommary-Baroncourt, no Leste de França, num carro de luxo. Ali esperava-a o autarca, Christophe Caput. Um apelido que significa "morte" em alemão e só veio acrescentar à morbidez do momento. É que o noivo, Jonathan George, morreu há um ano num acidente e só esteve presente em fotografia. Esta estranha união cumpriu os requisitos legais e teve mesmo a bênção do Presidente Nicolas Sarkozy.
A lei francesa dá, de facto,a possibilidade de realizar um casamento com alguém que já morreu quando o óbito veio impedir uma união consistente. Magali e Jonathan marcaram o casamento a 25 de Novembro de 2008, dois dias antes de o noivo faleceu num acidente mortal.
O casamento não deixou de se realizar, mesmo que o noivo só surgisse sorridente numa fotografia e, claro, na tatuagem que a noiva tem no antebraço direito, feita em sua memória.
Com a expressão "até que a morte nos separa" claramente desadequada, Magali não deixou, contudo, de beijar o noivo -ou a sua fotografia-, num dos momentos mais emocionantes da cerimónia. "Tínhamos sonhado os dois com este momento. Espero que ele tenha gostado da cerimónia, onde quer que se encontre", afirmou Magali aos jornalistas que se juntaram à porta da Câmara de Dommary-Baroncourt, atraídos pelo insólito casamento. "É uma cerimónia alegre e triste ao mesmo tempo", admitiu Magali.
DN - 20.11.2009-
Nota: Caput esvreve-se em alemão: kaputt e significa: avariado, estragado, partido, cansado.
Escrevem as Vossas opiniões sobre este casamento. Eu acho simplesmente ridículo e macabro!
Werngard
3 comentários:
Não deixa de ser uma situação insólita, no entanto é fácil fazer críticas de fora. Resta saber como reagiríamos se nos encontrássemos na posição desta noiva, brutalmente assolada por tão devastadoras notícias! Bjs/Teresa
Além de ser uma situação totalmente insólita,estou completamente em desacordo com uma cerimónia que deixou de ter cabimento, mas como supostamente vivemos em democracia e a democracia dá para pano para mangas não vou alongar-me mais.
Maria Helena
Que dizer? Simplesmente macabro,a situação sendo totalmente insólita, deixa-nos a pensar, na matéria de que somos feitos, é no minimo uma cena de manicómio puro, com todo o respeito que a noiva nos possa merecer.
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