Ele chama-se francelho e é um pequeno falcão migratório que outrora nidificava nos centros de vilas e cidades em habitações abandonadas, paredes e muros de taipa ou até mesmo na torre das igrejas. Ela, a abetarda, é uma ave de grande porte da qual não restam mais de mil exemplares em Portugal.
Francelhos e abetardas são espécies globalmente ameaçadas, estando incluídas no conjunto de aves cuja conservação é considerada prioritária na União Europeia. O mesmo sucede com o sisão, o tartaranhão-caçador e o cortiçol-de-barriga-preta, espécies emblemáticas que correm o risco de um dia desaparecerem para sempre.
Por enquanto, com jeitinho, ainda se deixam ver nos campos do Alentejo.
As Zonas de Proteção Especial (ZPE) de aves existentes no Alentejo são Castro Verde, Vale do Guadiana, Torre da Bolsa (Elvas) ou Mourão/Moura/Barrancos. Criadas pela Diretiva Aves, da União Europeia, as ZPE são áreas onde a atividade humana é limitada para garantir a sobrevivência e reprodução de espécies ameaçadas.
A situação é mais dramática no caso das abetardas, não só porque o número de exemplares é já muito reduzido mas também porque são aves que dificilmente toleram a aproximação de pessoas. No caso do francelho, há muito que o pequeno falcão foi "expulso" do centro das cidades. Apenas em locais como Mértola ou Olivença continua a nidificar.
DN - 15.06.2014-
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