As pessoas nascem plantas, arbustos do caminho
São auroras no horizonte,
Ervas despontando no emaranhado do destino.
Das flores saem alguns, que embelezam a vida
E assim nascem poetas w outros sábios,
Sábios dos próprios seres
Do labirinto dos saberes.
Outros são sebes, silvados silvestres,
Como encruzilhada do mundo.
Vão e vêm num rompante
Neste recanto fecundo.
Outros são restolhos da floresta
Agruras da existência,
São como pontas perdidas
Da nossa sã convivência.
Mas eu sou como uma árvore, eu sou.
Sou reto, sou de semblante duro e frio,
Mas com este aspecto não dobro
As vicissitudes do caminho.
Sou como uma árvore, eu sou.
Do brilho dos lírios das estepes,
Dos cereais da savana e sua imensidade,
Nas veredas e nos mangais
São o aflorar de prazeres
Da nossa diversidade.
Mas eu sou como uma árvore, eu sou
Trave do meu ser, oásis do meu bem-querer
Assim seja o meu desejo.
Sou como uma árvore, eu sou.
José António Monteiro
sábado, 8 de dezembro de 2012
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